O urso e o coelho (Romance Gay)

poderia ser culpa do vinho, mas não é !

Coelho

( revisado)

Já estavam quase na metade do mês do inverno. Sky havia se curado por completo, nada mais estava machucado em si.
A muleta? Sky havia devolvido para Arthur.
Ele estava curado!
Poderia em breve voltar para a sua casa e rever sua família que tanto amava.
Mas, mesmo amando sua família, pensar na possibilidade de ir embora e deixar Átika o fazia ficar triste.

Seu coração doía ao pensar nisso. Uma onda de tristeza o atingia e, no mesmo sentido, um temor de perda crescia cada vez mais em seu peito.

Sky gostava da companhia do urso negro. Gostava quando Átika agia gentil com ele, como cuidou em não feri-lo. Como o irrita e como consegue ser extremamente lindo quando está falando ou explicando algo. Ou até mesmo ser bobo quando fita apenas seu olhar carinhoso no coelho branco.

Sky, desde que percebera esses sentimentos em si, não sabia exatamente o que era. Mas durante todos os dias, apenas crescia e crescia cada vez mais.
Ele não sabia exatamente o que seria. Era difícil saber. Nunca havia sentido algo assim antes por ninguém, seja uma fêmea ou um macho.
Sky nunca sentiu atração por ninguém... a não ser apenas por um urso "árvore" que terminou se tornando um ponto muito admirável e belo aos olhos do saltitante.

Sky está debruçado sobre as grades de madeira que cercavam a área à frente da casa. Sky olhava ao longe a neve cair e se juntar em cima das árvores, com já um bom tanto de neve em si.

— Sky? — Arthur havia chamado o coelho.

— O que? — respondeu calmo o coelho.

— Irei ter que sair. O líder me mandou uma mensagem pelo mesmo pássaro do outro dia. Ele solicita que eu vá até sua casa. Acho que o seu filhote está febril... então irei demorar — explicou o lobo enquanto se aprontava para sua partida.

— Está tudo bem, Arthur. Pode ir... irei ficar bem — tentou ser calmo o coelho, mas essa era a segunda vez que estaria completamente sozinho em uma casa que, quando vazia, parecia ser enorme.

— Ele ainda não voltou, não é? — perguntou ao coelho, e Sky apenas concordou, olhando novamente para a neve.

— O que Átika tem na cabeça? Olha o horário! Está quase tarde da noite e ele ainda não retornou! Francamente... — o lobo suspirava exasperado com o comportamento do amigo.

— Está tudo bem, Arthur — sorriu Sky — pode ir, vou ficar bem, não se preocupe.

— Tem certeza? Não se sente tonto ou dolorido? — quis certificar o lobo.

— Estou bem, amigo, pode ir — acalmou o coelho.

— Está bem então, se acontecer qualquer coisa, apenas se esconda e tente entrar em contato com um de nós dois — Arthur se referia a ele e Átika. Sky apenas concordou novamente.

E assim o lobo se preparou e seguiu seu caminho. Sky acenava para a partida do lobo quando Arthur desapareceu de sua vista. Sky suspirou e desfez seu sorriso.

— Para falar a verdade... não estou nada bem... — Sky olhou derrotado para o chão, mas ergueu a cabeça, entrou na casa e pegou uma pequena manta para cobrir os ombros. Ficou ali fora esperando o retorno de Átika ou de Arthur.