Prólogo

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O círculo está fechado... 

Alex abriu lentamente os olhos, com uma sensação de desconforto, como se toda a angustia se acumulasse no seu estomago, ele tentou se levantar da onde está, pois desnorteado, não se lembrava ao ser onde era tal lugar cavernoso, quando um barulho, como de sapo que se arrastava pelo chão, ele ouviu em sua direção, cada vez mais perto, varando o inexplicável, as paredes de pedra, que pareciam o esmagar lentamente, e o som a cada vez se tornava mais e mais insuportável, como uma marcha lenta que anunciava a sua morte, Alex fechou seus olhos, e se encolheu ao fundo da cela. O som parou, dedos, ou ao menos algo que pareciam dedos eram arrastados pelas grades da cela, como que tomado por um horror ancestral, Alex abriu os seus olhos, tomando de encontro os vários olhos da criatura, que parecia um ser saído da mente mais nefasta que em outrora passou pela Terra, Alex congelou, enquanto sentia a sua bile voltar pela garganta, a criatura então pus suas mãos deformadas e asquerosas sobre as grades, empurrando fortemente, enquanto sussurrava algo que Alex não entendia bem, a criatura se jogou ao chão, agoniando de dor, enquanto urrava como um boi que saiba que iria para o abatedouro; 

Hadga'sai asgoz foh... 

A coisa dizia, enquanto, Alex a observava, ele se levantou fitando os olhos de Alex, seus olhos negros que mais pareciam dois poços a muito esquecidos, a qual um fazendeiro abandona pois já não há mais agua, Alex fechou os seus olhos, fugindo do olhar da criatura, mas já não havia mais o que podia ser feito, a criatura, novamente voltou a empurrar as grades da cela, com tamanha força animalesca a qual nenhum outro ser humano, havia presenciado jamais, enquanto as grades pouco a pouco, iam se desgrudando das grandes pedras da qual a cela era feita, Alex abaixou os olhos, como um cão vagabundo esperando a morte, então as grades se romperam, e a coisa entrou com o seu corpo, que mais parecia um amontoado de carne podre viva, que andava, a coisa abriu sua boca, ao menos Alex achava que aquela era sua boca, e chegou perto de Alex, quando com um voz grotesca e desforme, como um touro tentando balbuciar algo, disse: 

O círculo, está fechado... 

Alex sentiu o gosto do sangue em sua boca, um gosto metálico, que jamais havia sentindo, em sua barriga, a criatura havia enterrado as suas mãos, fazendo as vísceras escorressem por seu colo, o chamado da morte, era certo, pensou Alex, ao ver o seu próprio interior, espalhado pelo chão, então ele fechou os seus olhos, esperando pelo seu próprio destino, então ele ouviu um coral a cantar como que celebrando a sua morte, então o nada, o vazio de todas as coisas, como se o tempo não existisse e não houvesse nada senão uma vaga lembrança de o quem era, e o que pretendia, Alex sentiu então um calor, por todo o seu corpo, um Ser colossal, que tomada a forma de uma mulher feita de luz apareceu em sua frente, e ao apontar o dedo para Alex tudo parou imediatamente.

A forma de RenlyOnde histórias criam vida. Descubra agora