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Estou sentada no meu quarto de bobeira quando entra uma coruja voando pela janela e me entrega uma carta:

A Carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!

Sou uma bruxa, puro sangue, meu pai Oliver Magnus Storani, tem um importante cargo no Ministério da Magia e tenho todos os privilégios que alguém da minha classe pode ter.

Pego a carta, abro e desço lendo para minha mãe ouvir:

- Prezada senhorita Aylla Sophie Storani, temos o prazer de informar que vossa senhoria tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

- Por Merlin! Sua carta chegou! O que vai querer de presente?

- Ainda não sei.

- Draco deve ter recebido a dele também, vamos até lá, Cissa deve estar tão orgulhosa quanto eu.

Revirei meus olhos, nós éramos vizinhos dos Malfoy, eles também era sangue puro e tinham um filho da minha idade, minha mãe era amiga da senhora Narcisa Malfoy, mas eu não suportava Draco e nós dois íamos para Hogwarts.

Todas às vezes que mamãe ia visitá-la me levava e eu era obrigada a "brincar" com Draco:

- Não quero ir.

- Tudo bem, vamos então comemorar com seus pratos favoritos.

Sorri com a ideia e chamei Ykkie, nosso elfo doméstico:

- Sim minha senhora

- Quero fatias de frango com purê, torta de abóbora, torta de limão.

- Sim senhorita, Ykkie vai preparar.

Ele fez uma reverência e saiu, voltei a ler minha carta:

- Ei! Isso não é justo!

- O que foi minha querida?

- Alunos do primeiro ano não podem ter a própria vassoura.

- São as regras.

- Mas eu quero!

- Vamos esperar seu pai chegar e resolvemos isso.

Fiquei tranquila, pois tudo o que eu pedia, papai me dava.

Depois de comer eu fiquei deitada no Jardim, fazendo magia, meus pais não me proibiam de usar minha magia, pois essa regra de não usar fora da escola a partir do momento em que eu fosse aluna, foi algo que não consegui mudar.

**********

Chegou o dia de ir ao Beco Diagonal comprar meu material, eu estava empolgada e ao mesmo tempo frustrada, porque por mais que eu tivesse chorado, esperniado e gritado, meu pai não conseguiu mudar a regra para eu levar minha vassoura, eu teria que descontar isso em alguém.

Entramos na loja da Madame Malkin e havia uma garota provando algumas roupas:

- Olá querida, qual escola?

- Hogwarts!

Respondi de cabeça erguida, ela me mandou subir no banco do lado da garota, pois iria tirar minha medidas:

- Oi sou Susana Bones, também estou indo para Hogwarts.

Olhei a garota de cima a baixo e respondi:

- Sou Aylla Storani.

Me virei para frente, não queria conversar, mas a garota insistiu:

- Seu pai trabalha no Ministério, não é?

- Sim, ele trabalha.

- Meu pai também, acho que eles se conhecem e você acha que....

- Desculpe, mas estou com dor de cabeça.

Falei colocando fim na conversa, ela deu um sorriso sem graça, mas não liguei.

Uma senhora voltou dos fundos da loja e dispensou a garota:

- Prontinho minha querida, pode voltar daqui a pouco que tudo estará separado e embalado:

- Obrigada, tchau Aylla, nos vemos em Hogwarts.

Só acenei para ela e a senhora começou as tirar minhas medidas.

Depois de tudo comprado voltamos para casa eu estava exausta e só queria dormir.

**********

Estou na plataforma 9¾ com meus pais, e os Malfoy estão com a gente, depois do último apito eu e Draco entramos no trem, não nos suportamos, só que não queríamos ficar sozinhos, por essa razão demos uma trégua:

- Você sabia que Harry Potter está indo para Hogwarts também?

- Sabia.

Harry Potter era um garoto muito famoso, pois sobreviveu ao ataque do bruxo mais poderoso e das Trevas, mas eu não estava nem aí para Harry Potter, diferente de muitos que não viam a hora de conhecê-lo. Ridículo!

- Aylla, por que não se importa pela história de Harry Potter?

- Porque ele tem uma história trágica, odeio tragédia, e os pais deles se sacrificaram para salvá-lo, mas qual pai não faria isso? Os meus fariam.

Draco ficou calado, acho que eu mexi em alguma ferida, só que não quis me aprofundar.

Quando chegamos no Castelo a professora que se apresentou como Minerva McGonagall, nos mandou aguardar e Draco quis se aproximar de Harry, eu assisti a sua humilhação, pois Harry o rejeitou.

Como era de se esperar fui para Sonserina e depois de um generoso jantar nos levaram para o salão comunal da casa, lá Draco expôs toda sua raiva:

- Quem ele pensa que é para falar comigo daquele jeito?

- Quem você pensa que é? - Afinei minha voz e o imitei - Eu sou Draco, Draco Malfoy, não vai querer ser amigo da pessoa errada.

- Cala a boca Aylla!

- Você foi patético Draco, simplesmente patético!

- Garota, sua...

Ele veio na minha direção, estava furioso:

- Que foi? Você bate em mulher, Malfoy?

- É claro que não....

- Mas eu sim.

Uma garota com cara de bulldog falou:

- É? E quem é você? A cadelinha do Draco?

- Ora sua...

- O que está acontecendo aqui?

O monitor chefe chegou acabando com a discussão:

- Nada demais, só nos conhecendo.

Falei e dei um sorrisinho para a garota:

- É melhor vocês irem dormir, amanhã terão tempo para isso.

Draco se aproximou de mim e falou no meu ouvido:

- É melhor não ser inimiga de Pansy, vocês vão dividir o dormitório.

O empurrei e saí indo para meu dormitório, eu estava satisfeita, agora teria mais um para eu poder testar os limites, estudar em Hogwarts seria divertido.

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