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Draco provocava Harry e eu provocava Draco, era bem divertido irritá-lo, Pansy havia ficado em segundo plano, porque todas as vezes em que eu fazia alguma coisa contra ela, Draco ficava super atencioso e eu não suportava isso.

Já fazia uns dias em que nada estranho havia acontecido, tirando o fato que Harry Potter era o "mais novo apanhador do século", mas como eu disse Harry Potter não me interessa.

Sentei para tomar meu café, estava um pouco atrasada:

- Bom dia, eu tentei te acordar.

- Tudo bem Tracey, acho que não estou muito bem, vou falar com a madame Promfey mais tarde.

Tomei um copo de chocolate e comi duas torradas.

Tracey me olhou estranhado, eu não era de comer muito, só que também não comia tão pouco assim.

- É melhor você ir agora falar com ela, está meio amarela.

- Talvez tenha razão. Te encontro na sala de aula.

Levantei e fui até a ala hospitalar:

- Bom dia madame Promfey.

- Bom dia querida, está tudo bem?

- Não sei ao certo, estou meio enjoada.

- Sente-se ali, vou te examinar.

Eu obedeci e sentei em uma das camas, ela trouxe algumas coisas e me examinou, depois constatou que era só uma pequena gripe junto com alguma coisa no estômago, me deu uma poção:

- Obrigada.

- Volte depois do almoço para tomar a segunda dose.

Saí de lá já me sentindo muito melhor, peguei meu material e fui para a sala do professor Flitwick, todos já estavam lá:

- Com licença professor, me atrasei pois estava na enfermaria.

- Sim, sim senhorita Storani, entre.

Entrei e me sentei entre Tracey e Draco, ele se virou e falou:

- Está tudo bem?

Por um momento acreditei que ele estava realmente preocupado comigo:

- Sim, está.

- Nem a madame Promfey conseguiu mudar essa cara?

- Idiota! - ele riu e me virei para minha amiga. - troca de lugar comigo.

- Por quê?

- Quer me ver socar a cara do Draco?

- Tudo bem, já entendi.

Trocamos de lugar e o professor deu início a aula, ele nos ensinou o feitiço Aquamenti, colocou na nossa frente uma pequena vasilha:

- Observem como é o movimento das mãos.

O professor fez o movimento e apontou a varinha para a vasilha:

- Aquamenti!

E um jato de água saiu da linda da varinha.

"Isso é particularmente interessante."

Ele mandou começar, testei duas vezes na vasilha e deu certo, olhei para o professor, ele estava concentrado ensinando Neville Longbotton, apontei minha varinha para Draco:

- Aquamenti!

Um jato de água o atingiu em cheio, antes que ele se desse conta de quem havia feito o feitiço eu caí na gargalhada:

- Des....desculpe...foi...foi...se....sem querer....

- Ora sua....

- Senhorita Storani! O que pensa que está fazendo?

- Desculpe professor...eu não fiz por quere....

- Fez sim!

- Claro que não, Draco, eu jamais iria te molhar assim.

- Tudo bem, tudo bem! Tome mais cuidado senhorita, e senhor Malfoy venha até aqui.

Draco se levantou e foi até o professor, ele apontou a varinha para Draco e disse "Quenterralopus" e Draco ficou seco.

Ele voltou para o lugar e  me encarou, dei um sorriso cínicopara ele:

- Pensei que você tivesse parado com isso.

- Oras Tracey, o que é a vida sem deixar Draco irritado?

Ela me ignorou e continuou a fazer seus feitiços, depois de um tempo o professor encerrou a aula e nos dispensou, sai junto com Tracey e Draco me alcançou no caminho e segurou meu braço:

- Isso não vai ficar assim Aylla, meu pai vai ficar sabendo disso.

Me aproximei dele deixando nosso rosto frente a frente:

- E Ele vai fazer o quê? Já se esqueceu que o meu pai é mais poderoso que o seu? Pois é acho que ele não fará nada.

Soltei meu braço e continuei meu caminho para a aula de Herbologia:

- Eu acho que essa briga de vocês dois ainda vai acabar mal.

- Enquanto isso não acontece, vou me divertindo.

Entramos na estufa e a professora Sprout deu início a aula, foi numa aula tranquila, sem nenhum incômodo e depois estávamos indo para o salão principal almoçar.

- Natal.

- O que tem?

- Vai para casa?

- Vou. Você não?

- Ainda não sei, meu pai disse que tem uma viagem para fazer, não sabe se chega a tempo.

- Tracey, se quiser pode passar o Natal em casa, meus pais não fariam objeção.

- Eu não sei...

- Ei, você é minha amiga, a única pessoa que tolera esse meu temperamento, eu sei que sou...Bem...não é sobre isso que estamos falando. Você é mais que bem vinda em casa.

- Obrigada. Vou mandar uma coruja para casa.

- Eu não deixaria minha amiga passar o Natal sozinha aqui na escola, é triste.

Tracey me agradeceu mais uma vez e começamos a comer.

Eu fiquei feliz com a ideia da minha única amiga passar o Natal comigo.

Este ano seria divertido, pois eu era a única criança na família, ter outra para dividir comigo os festejos.

Assim que acabou nossas aulas do dia corremos para o corujal, eu enviaria uma carta para meus pais e Tracey para os dela.

Depois ficamos ansiosas esperando a resposta e no sábado chegou, eles autorizaram e nós duas comemoramos e começamos a fazer nossos planos:

- Vamos poder ficar acordadas até tarde e comendo doces.

- Isso vai ser divertido.

- Vai mesmo! O que você gosta de comer no Natal? Vou mandar Ykkie fazer.

- Gosto de biscoito de gengibre.

- Eu também, vamos ter uma fornada só para nós duas.

- Podemos comprar doces na volta e comer nas noites.

- Boa ideia, uma noite de garotas com doces.

Eu estava feliz de verdade, tão feliz que me esqueci de Draco.

No dia de voltar para casa levantei cedo e terminei de arrumar minhas coisas e depois do café a gente foi para Hogsmead.

No trem ficamos longe de Draco, por pedido de Tracey, ela disse que assim a viagem seria tranquila sem nenhum atrito, concordei com ela porque eu estava feliz.

O meu Natal não poderia ser melhor esse ano e nada nem ninguém o estragaria.

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