Touch me, don't be shy

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Uraraka se permitiu demorar no banho. Ensinada desde pequena a não desperdiçar água ou luz, sentia que sempre estava levando tempo demais no banho se divagasse muito. Mas hoje não, hoje ela queria apenas sentir a água correr por seu rosto inchado pelo choro e desabar em lágrimas. Sentada no chão do box, a moça pensava nos últimos acontecimentos. Havia se passado apenas um dia que deixara Katsuki presenciar uma de suas crises existenciais e sentia um tremendo aperto no peito sempre que recordava da cordialidade do moço. Katsuki nunca agiu assim com ninguém, o que faz dela alguém digna de sua atenção?

Não importava quantas vezes pensasse sobre isso, a única resposta plausível era: Katsuki estava a fim dela. Mas isso era impossível não era? Pensava a moça, o que poderia haver de atraente em si que chamara tanto a atenção do loiro?

Quando Uraraka parou para pensar melhor, entendeu que se não fosse o comportamento explosivo e a leviandade ao tratar os outros, Katsuki poderia ser sim um rapaz atraente para ela. Ochako pensou na aparência física de seu colega e se surpreendeu ao concluir que Katsuki Bakugou era um grande pedaço de mau caminho. O rapaz era realmente bonito de uma forma selvagem. Os cabelos bagunçados, o corpo muito bem desenhado pelas horas incessantes de treino constante lhe atribuía fisionomia de um verdadeiro homem atraente. A moça assustou-se ao passar a mão entre suas pernas e constatar que vertia de sua intimidade liquida viscoso e pegajoso em abundância. Ainda sentada no box, a moça pensou que talvez não fosse tão ruim assim pensar em Kacchan nessas horas, seria seu segredinho, ninguém nunca saberia. Afinal de contas, quantas vezes não se tocara pensando em Deku-kun e ninguém nem se quer desconfiava.

A moça inclinou-se ao toco, sentindo seus dedos acariciar sua intimidade dolorida. A lubrificação se derramava entre suas pernas sempre que seus dedos entravam pelo buraco quente e úmido de seu sexo. Uraraka sentiu as ondas quentes de eletricidade proporcionadas pelo prazer do contato correr todo seu corpo. Ao dar atenção especial para seu ponto de prazer, a morena pensou em Kacchan e em como suas mãos fortes a envolveram no dia anterior. Começando os movimentos circulares, a intensidade do prazer era insuportável. A moça mordeu seu lábio inferior para evitar que gemesse alto de mais. Ela desejava ardentemente ser tocada pelo loiro, então o imaginou ali, entre suas pernas, investindo contra seu quadril molhado. Fechou os olhos para imaginar melhor suas feições, como devia ser o rosto perfeito de Katsuki enquanto fodia? Pensou a moça já enlouquecida pelo prazer. Sua mão livre apertou um de seus avantajados seios, imaginando que o toque de Katsuki podia causar as mais deliciosas sensações em seu corpo. Era diferente de quando pensava em Deku, seus pensamentos rondavam obscenos em sua cabeça. Pensou em quantas posições o loiro podia lhe comer naquele banheiro, e quando se imaginou contra a parede do box, sentindo seu rosto roçar no vidro por causa das estocadas do rapaz, Uraraka gozou em seus dedos.

Deitada em sua cama, Ochako constatou o óbvio: estava inevitavelmente atraída por Katsuki.

[...]

A noite caia silenciosa para além da janela aberta do quarto de Katsuki. O loiro olhava as estrelas sem muito se ater ao cintilar bonito das mesmas, seus pensamentos estavam no andar de baixo. Mais precisamente no quarto de Uraraka. Katsuki pensava em como ela estava, se havia se recuperado do episódio do dia anterior. Quando se ateve à lembrança de seu corpo quente contra o seu, estremeceu um pouco. Ele se questionava quando foi que começou a nutrir esse sentimento estranho por Uraraka e concluiu que foi na comemoração de fim de ano. Ela estava linda no vestido de festa rosa, lembrou-se de sentir certo rubor quando a mesma se abaixou perto dele para conversar com alguma amiga, seu decote avantajado deu total visão de seus seios fartos. O rapaz disfarçou o embaraço tomando mais um gole de sua bebida, tentando desviar o olhar.

A madrugada já dava seus primeiros sinais frios e cálidos quando Katsuki entendeu que seria inútil dormir. Não por estar preocupado ou por não ter sono, mas porque havia aquele incomodo entre suas pernas, de baixo do calção esportivo preto que usava de pijama. Ao passar sua mão na virilha viu o quão duro estava seu membro apenas ao lembrar-se do decote de Uraraka.

"Merda" sussurrou o loiro contemplando sua total falta de controle sobre seu corpo. "Maldita Uraraka" ainda sussurrava o rapaz, mas dessa vez com sua mão dentro do calção, acariciando lentamente seu pau duro e pulsando. Os movimentos contínuos e lentos deixavam Katsuki impaciente, sentiu necessidade de se livrar da única peça de roupa que vestia para ter mais liberdade ao se masturbar. Sentado, recostado na parede ao lado da cama, Katsuki se concentrou na imagem de Uraraka treinando, em como seu rosto tensionado lhe transmitia um certo sex appeal, em como seus seios grandes pareciam deliciosos por baixo daquele vestido rosa inocente demais. Os movimentos de sua mão se intensificaram e o rapaz desejou que sua mão fosse a boca de Uraraka, quente e úmida, arrastando sua língua por todo seu pau duro, brincando com a sua cabeça como se fosse um pirulito. Inocente demais, indecente demais. Quando gozou pensou em como devia ser delicioso comer aquela buceta, que certamente devia ser deliciosa e inchada.

"Merda!" praguejou novamente o loiro. "Maldita Uraraka".

Lost The Game (Kacchako)Onde histórias criam vida. Descubra agora