Prólogo
No seu sexto ano em Hogwarts, foram dadas a Draco Malfoy duas missões. Draco, ao contrario do que pensavam todos, nunca quis aquilo, e sempre soube que não conseguiria.
Por esse motivo ele foi atrás de Severus Snape pedir ajuda.
Ao ouvir Dumbledore lhe dizer para continuar trabalhando no armário sumidouro como lhe fora ordenado, Draco achou que talvez as pessoas tivessem razão e a idade tivesse começado a afetá-lo.
Mais tarde, Draco teve certeza que a idade estava afetando Dumbledore quando foi chamado em seu escritório junto com Harry Potter. O diretor lhes disse para conversarem, ambos estavam passando por muita coisa, e provavelmente lhes faria bem.
Harry achou que Draco iria gritar e se recusar. Então o choque foi tremendamente maior quando Malfoy lhe estendeu a mão. E ao contrário da primeira vez, no trem, ele aceitou.
Os garotos não confiavam um no outro no começo. Eles faziam isso por obrigação.
Até Harry ver Draco torcendo por ele durante o jogo contra a corvinal. E ficou tão perturbado que não viu o balaço vindo em sua direção.
Naquela noite mais tarde, Draco foi visitar Harry na enfermaria.
Depois disso as coisas foram diferentes. Os horários livres eram quase todos passados juntos no fundo da biblioteca onde ninguém iria os ver. Os apelidos já não soavam ofensivos como antes. E as vezes eles até conseguiam esquecer que o mundo estava desmoronando aos poucos.
As vezes tarde da noite eles se esgueiravam pelos corredores de Hogwarts em baixo da capa da invisibilidade até a cozinha. Harry contou para Draco sobre o mapa do maroto e Draco contou a Harry que queria se tornar um medibruxo.
Depois de todas as aulas com Dumbledore, Harry encontrava Draco e lhe contava tudo. Draco percebeu que Dumbledore não estava contando tudo para Harry, mas achou que não deveria falar.
Toda manhã que sucedia um pesadelo, Draco contava a Harry. Ele se lamentava pela oclumência não poder impedir sua mente de criar sonhos ruins. E falava como odiou cada dia que passou em casa naquele verão quando tudo o que podia ouvir eram gritos.
Uma tarde na sala precisa, o armário levou um pássaro vivo, e lhe trouxe de volta morto. Era um motivo estúpido para deixar Draco naquele estado. Mas era a gota final que precisava para que seu copo transbordasse.
Como espião, Draco tinha que continuar com as missões que lhe foram dadas, continuar usando a máscara que sempre usou, tinha que se esconder e tinha que fingir. Era sufocante. Ele se perguntou se Severus se sentia do mesmo modo.
Ninguém nunca realmente saberia o que há de melhor em Draco. Ninguém exceto uma pessoa.
Draco viu, pelo reflexo no espelho, Harry parado na entrada do banheiro. Draco se virou e eles apenas se encaram por longos minutos, até Harry começar a se aproximar.
Harry estava beijando Draco.
Draco olhou para Harry que pareceu ter caído em realização do que acabara de fazer. Harry pediu desculpas e disse que não deveria ter feito aquilo. Então correu.
Draco voltou a chorar.
No dia seguinte, Harry abordou Draco na frente da sala precisa. Draco tentou parecer irritado, mas Harry podia ouvir a tristeza na sua voz. Draco lhe mandou esquecer o que aconteceu. Esquecer tudo.
Harry nunca esqueceu.
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I'll just tell him to forget the whole thing.
FanfictionDraco lhe mandou esquecer o que aconteceu. Esquecer tudo. Harry nunca esqueceu.