capítulo 2

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Elle

Passei o dia anterior me sentindo perseguida, com certeza tinha percebido o mestre-espião me seguindo para todo lado e eu sabia o porquê, mas custava ser mais discreto? Não consegui fazer metade das minha tarefas por causa disso.
- Querida, você está bem? - Abefr perguntou enquanto eu fechava o zíper da jaqueta de couro.
- Sim, só uma sensação. - Respondi me levantando rapidamente.
- Isso não é bom, ou é?
Sensações, esse é meu poder, posso pressentir coisas importantes que estão prestes a acontecer. Só que dessa vez não pude identificar o que seriam, estava desconfortável mas ao mesmo tempo feliz e com um pouco de raiva.
Sai da tenda com Abefr, me deparei com o Grão senhor, o mestre-espião e o general conversando, nenhum deles parecia feliz.
- Quero testar seus soldados. - Exclamou o mestre espião.
- Faça isso, todos estão preparados para qualquer situação. - O general respondeu.
Rhysand olhava um pouco afastado com certeza sabia onde isso iria acabar, mas não se deu ao trabalho de intervir.
- Trarei alguns dos melhores para...
- Não, eu quero ela. - Ele disse apontando para mim.
Eu, fui escolhida em meio a todo um exército para lutar contra um dos feéricos mais poderosos da história.
- Não, ela não está preparada para isso. - O general disse um pouco mais ranzinza que o normal.
- Ela faz parte do seu exército e se não está preparada para uma simples luta, significa que você não está fazendo um bom trabalho. - O Grão senhor se entrometeu pela primeira vez desde o início da conversa. - Ela escolhe, luta ou não?
Recebi o olhar ameaçador do general. Ele queria que eu recusasse, mas não daria a ele essa satisfação.
- Eu vou. - Respondi abrindo a jaqueta, fiquei apenas com uma blusa preta de manga comprida que colava em todo meu corpo.
Alguém que não pude identificar me entregou uma adaga, não era o que costumava usar mas dava pro gasto.
Me posicionei na arena logo após o controlador de sombras, ele atacou, desviei a tempo de segurar seu braço e obriga-lo a largar a adaga que usava.
Suspiros de surpresa ecoaram por todos os lados.
Ele tentou me derrubar o que me obrigou a soltar a adaga, mas ele não esperava que eu fizesse o mesmo, passei meus pés por trás dos dele em sua tentativa de me impedir dei uma cambalhota pelo chão, peguei uma das adagas e rapidamente a coloquei no pescoço do espião.
Ele levantou os braços em rendição.
Abaixei a faca e ajeitei minha postura.
- Boa luta. - o Grão senhor me comprimentou ao se aproximar.
- Obrigada. Se me dão licença preciso voltar a meus afazeres.
Sai rapidamente, se ficasse ali por mais tempo não sei se conseguiria manter a postura, afinal quem conseguiria após perceber que o mestre-espião do grão senhor, é seu parceiro.

Esse capítulo foi curto porque fiquei sem ideias. Foi mal.

Corte de esperança e desesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora