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Fabinho narrando.

Depois do culto peguei a etapa do lanche pra mim e pra coroa. Fiquei na mente com o que o pastor falou, fiquei cabreiro. Favela aqui tá tranquilona, mais cedo ou mais tarde deve dá ruim mermo, os canas tá um tempão sem perturbar, até estranho. mas é aquilo, fé em Deus sempre, jesus é o dono do lugar.

Os amigos tá perturbando pra nós ver a melhor forma e brotar na mangueira. queria ficar de base, mas é aquilo né, consigo não. Marquei de sair com os fiéis meia noite e meia daqui do complexo.

Vera: Tu vai pra onde, garoto? - perguntou minha mãe assim que me viu tirando uma foto todo arrumado pra postar no zap zap 

Fabinho: Esse é o baile da mangueira... - cantei indo pra cima dela.

Vera: Você não tem juízo, né? não viu o quê o pastor disse pra você não.

Fabinho: tá tranquilo mãe, mangueira o arrego é grande, lá os canas nem entram.

Vera: Vai não meu filho. Você nem vai pra igreja, o dia que vai, tem revelação e você ainda quer sair? sossega um pouco.

Fabinho: Mãe, relaxa. Deus tá comigo.

Vera: Não tô com uma sensação boa, Fábio Junior.

Fabinho: Tá falando isso só pra eu não sair, né. - dei risada. - Fica de boa.

Vera: Aí meu Deus, proteja meu filho.

Dei mais uma espirrada de perfume e fiquei esperando o parceiro vim me buscar de carro. Uns dez minutos depois ele mandou mensagem dizendo que estava me esperando. Peguei meus bagulhos e fui falar com a coroa, abri a porta do quarto e ela estava de joelhos orando.

Fabinho: Mãe tô indo lá. - ela levou um susto. Se levantou e veio até a mim.

Vera: Te amo meu filho, se cuida, tá.

Fabinho: Te amo também. Fé. - dei um beijo na testa dela e sai de cena

De volta ao mundão 🍂 (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora