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Hoje não tem culto, só amanhã. marquei com as meninas de ir pra casa da Karlla, tá toda machucada por conta da correria no baile. A Bia foi ferimentos leves, karllinha que teve prejuízo maior mesmo.

Coloquei uma jardineira jeans clara e uma regata por baixo. Fiz um rabo de cavalo, peguei meu celular e minha carteira. Sai do quarto.

_ Tô indo lá na Karlla, vó.

Marluce: Tá, cuidado. Já tá tudo tranquilo por aí?

_ Desde cedo. parece nem que teve nada na madrugada.

Marluce: Sempre é assim. Ele vem, fazem o estrago e depois saem. - negou com a cabeça. Peguei minha chave e sai de casa. Não vai ter nem carona da Lau, pois ela tem moto e mora na rua de cima, mas está na casa da sogra, só depois vai aparecer lá.

Por onde eu andava, alguém falava comigo ou eu falava com alguém. Conheço muita gente e muita gente me conhece. É duro morar em favela/comunidade mas eu não tenho vontade nenhuma de sair daqui.

Varoa da igreja: Paz do senhor, varoa! - disse uma conhecida da igreja passando por mim.

_ Paz do senhor, irmã!

Varoa da igreja: Esse macacão aí em, tá curto em. - disse num tom de brincadeira, mas não gostei.

_ Se preocupa não, Deus não liga pras nossas vestes. mas se incomoda com a gente tomando conta da vida de alguém. - ela ficou toda sem graça. Olha, não dou essas liberdade pra senhor ninguém. E minha jardineira nem curta é, oh raça.

Meu celular vibrou, olhei e era uma mensagem do Adriano e a primeira do dia, desde que ele saiu lá de casa, ele não tinha mandado nada.

Adriano .

"Mais tarde vou mandar um meno levar o remédio aí na tua casa" - meu Deus, esqueci desse detalhe.

Enviado: Quero ninguém na minha porta me entregando pílula. E não precisa comprar, vou passar pela farmácia agora e vou comprar.

"ue. tu n quer ngm na tua porta entregando remédio pq com certeza tem vergonha do que vão pensar. mas aí em ir em farmácia comprar o bglh n tem né."

De volta ao mundão 🍂 (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora