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Por um único instante eu não vi o Adriano como o "mafioso, o gerente de várias bocas do complexo" eu vi o Adriano, um homem vulnerável. Aquele momento vi uma pessoa comum, sorriso e olhar puro, pena que a realidade é outra. Conversamos bastante, ele perguntou como minha vó estava e eu respondi. Ele disse que quando ficou sabendo ficou muito triste e o pensamento só ia em mim, pois sabe o quanto eu amo minha vó, mas ele não podia fazer nada, tá dependendo da mãe até pra ir no banheiro, mas ele sabia que eu ia vim, e ia fazer a parte que ele não podia ter feito antes: Estar ao meu lado e me fazendo esquecer um pouco das coisas.

Mafioso: E o comédia do teu novinho? tá te dando um suporte maneiro nesses teus dias dificies aí? - ele fez um cara de dor, não sei.

_ Tá sentindo dor, Adriano? quer que eu chame sua mãe?

Mafioso: Tô de boa, coisas leves. mas em, me responde pô.

_ Tá, tá sim. - eu acho que menti mais pra mim do que pra ele.

Mafioso: Tem certeza, yaya? - levantou as sobrancelhas.

_ Na primeira semana sim, ultimamente só pelo whatsapp mesmo, eu também estava com cabeça pra nada não.

Mafioso: Independente pô. tu querendo ou não, o cara tem que fazer questão, tem que fazer a parte do homem da relação. Esse garoto é um comédia em, sai dessa. - eu ri com o jeito que ele disse.

_ E tuas namoradas? cada semana é uma diferente - soltei uma risada. - vão vim te visitar não?

Mafioso: Tu me dando essa moral, preciso de mais ninguém não. - eu ri toda sem graça, é um bobo.

_ Tá ficando velho pra ficar com essas bobeiras em.

Mafioso: Papo de sujeito homem. Anota, filha. me valoriza em, qualquer dia posso ir de vez.

_ Você só fala merda, misericórdia. Vou lá tomar um café, depois volto. - ele assentiu. Levantei da cadeira e fui pra sala.

Arlete: Café já tá pronto. Ele tá sentindo alguma dor?

_ Tá, mas disse que tá de boa, coisas leves.

Arlete: Teimoso essa benção. - levantou e foi em direção o quarto.

Alice: Até que você combina com meu irmão, você seria a primeira que ele acertasse. Só arruma piranha maluca. - eu ri alto.

_ A cara do teu irmão mesmo, tudo farinha do mesmo saco.

Alice: Ele tem um coração bom e eu vejo um dia meu irmão sendo um homem de bem, eu confio na mudança de vida dele, mas só arruma gente que afunda ou não faz ele ter expectativa de vida.

_ É complicado... - eu por um momento lembrei do meu falecido pastor, não sei porque.

Alice: O amanhã pertence a Deus. - eu assenti.

De volta ao mundão 🍂 (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora