Capítulo Único

1.5K 155 77
                                    

DRACO [23:30]:

Ei, baby. Vamos nos ver hoje?

HERMIONE [23:32]:

Não.

Não me mande mais mensagens.

Já terminamos isso.

DRACO [23:32]:

Vamos, baby...

Sinto sua falta.

HERMIONE[23:32]:

Pare.

DRACO [23:33]:

Desculpe.

...

HERMIONE [23:50]:

Porra, eu odeio TANTO você.

DRACO [23:50]:

Eu sabia que você sente minha falta também.

HERMIONE [23:51]:

Eu nem deveria estar te mandando mensagens, Draco.

Você acaba comigo todas as vezes!

DRACO [23:52]:

Você sabe que eu te amo, baby.

HERMIONE [23:54]:

Eu te odeio. Pra sempre. Toda vez que meu coração dói, eu odeio você.

DRACO [23:55]:

Eu não consigo odiá-la.

Mas faz sentido que me odeie.

HERMIONE [23:56]:

Vai desistir agora?

DRACO [23:56]:

Nunca, baby.

...

HERMIONE [03:45]:

Deixei a porta aberta.

DRACO [03:45]:

Chego em dez minutos.

...

Lá estava eu, pronta para errar. De novo. Com a mesma pessoa, com o mesmo erro, com a mesma promessa de que era a última vez. Mesmo sabendo que não era a última vez. Que aquilo acabaria doendo de novo. E ainda assim, dentro do meu peito, parecia valer a pena.

Eu costumava ter mais controle sobre o meu pudor antes dele. Costumava pensar que havia coisas que eu nunca, jamais faria.

Então veio Draco, arrancando todos os pudores. Todas as questões. Não deixando nada, apenas as mãos dele em mim. Dentro da minha memória, dentro do meu peito, dentro dos meus sonhos. E eu não conseguia resistir quando ele estava ali, balançando na minha frente a oferta de tê-lo. Ainda que nunca durasse mais do que uma noite. Na manhã seguinte, ele estava com ela de novo. A noiva falsa. A noiva que seu pai escolheu. E mesmo que ela soubesse sobre nós, mesmo que ela nunca se importasse porque também tinha seus casos, ainda doía vê-lo com ela. Logo após de passar a noite inteira dizendo que me amava. Acabava comigo. Todas as malditas vezes.

Ele sempre vinha com um sorriso tão bonito. Como se não se importasse com nada além daquela noite, nada que o esperava fora da minha casa. Éramos nós dois e o mundo estava fora da equação.

Só mais uma mentira.

Ele tinha vários tipos de mentiras quando sorria. Uma mentira que dizia estar tudo bem. Uma curva de seus lábios para dizer que nada o incomodava. Um sorriso completo quando estava com ela, e nunca era genuíno. Me matava vê-lo deslizando a mão na cintura dela. Me matava vê-la olhar para ele como se o conhecesse. Todos os gestos me matavam. Eu sentia como se estivesse morrendo. E ao mesmo tempo que ele era a causa, era também o remédio.

Frozen - Dramione OneshotOnde histórias criam vida. Descubra agora