Eu Te Amo

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Boa leitura! :)
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POV Brittany

Apesar de estar tendo uma conversa agradável com Quinn, e o jeito que ela fala comigo me faz esquecer facilmente que as coisas não estão boas no momento, mas já esgotei a minha capacidade de brincar disso com ela. Fico grata por ela ter me ajudado a depressão e o temor por Santana, mesmo que foi só por alguns minutos, falando de sexo e conversando como costumávamos fazer.

Não consigo mais. Só quero voltar para o hospital e ficar com ela.

Quinn e eu pegamos o caminho de volta para o hospital, entramos juntas e pegamos o elevador.

- Espero que já tenham terminado - digo nervosa. Fico olhando para minha imagem borrada no reflexo da porta do elevador.

Sinto a mão de Quinn pegando a minha. Olho para o lado e vejo que ela está sorrindo com ternura.

A porta do elevador se abre e nós andamos pelo corredor.

Marley e Maribel estão vindo ao nosso encontro. A expressão das duas faz meu coração acelerar. Ele está batendo tão forte que eu preciso colocar a mão no peito para não deixá-lo sair de dentro de mim. Aperto a mão de Quinn com tanta força que sou capaz de quebrá-la a qualquer momento, mas ela na se importa.

Quando Marley e Maribel ficam frente a frente conosco, vejo as lágrimas rolarem pelo seu rosto e não acho que ela seria capaz de segura-las. Maribel me abraça e diz tremendo.

- Santana entrou em coma... os médicos acham que ela não vai resistir.

Eu me afasto dela.

Olho ao redor, alguns rostos olhando para mim. Qualquer barulho, da recepcionista digitando, das enfermeiras correndo, das pessoas passando por nós no corredor, tudo desaparece em um instante, tudo que consigo escutar é meu coração batendo ainda muito acelerado.

Sinto a mão de Quinn tentando pegar a minha, mas a afasto automaticamente e continuo a cambalear para trás, com as mãos ainda apertadas no coração tentando impedi-lo de pular para fora do meu peito. Não consigo respirar... Não consigo respirar. Vejo os olhos de Marley cheios de lágrimas, me olhando profundamente, não consigo olhar para ela por muito tempo, então desvio meu olhar, não consigo suportar olhar para ela.

Maribel me olha ainda chorando muito, mexe em sua bolsa, com suas mãos tremulas ela tira um envelope. Ela se aproxima de mim com cuidado, pega minhas duas mãos e coloca o envelope sobre elas.

- Santana queria que eu te entregasse isso se alguma coisa acontecesse com ela - ela dobra meus dedos sobre o envelope, usando os seus. Não baixo meus olhos, continuo olhando para ela, com lágrimas encharcando meu rosto.

Não consigo respirar... Não consigo respirar.

- Eu sinto muito - Maribel diz com a voz trêmula - Eu preciso ir embora - ela acaricia minhas mãos com ar maternal, depois coloca a mãos em meu rosto enxugando uma das milhares lágrimas que estão caindo - Você sempre será bem vinda na minha casa e na minha família. Por favor, lembre-se disso.

Ela quase caí e Marley passa o braço em sua cintura e a acompanha pelo corredor.

Fico ali parada no meio do corredor, algumas enfermeiras passam, mas desviam de mim. Sinto um vento leve batendo no meu rosto quando elas passam por mim. Levo uma eternidade para tomar coragem e olhar o envelope em minhas mãos. Estou tremendo muito. Meus dedos amassam a aba do envelope.

- Me deixa ajudar - ouço Quinn dizer, e estou fora demais de mim para protestar qualquer coisa. Ela tira o envelope das minhas mãos com cuidado e o abre para mim, desdobrando lentamente a carta que ele contém.

On the Road - Brittana Onde histórias criam vida. Descubra agora