Meu nome é...

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12 de Fevereiro de 2000

Sebastian pov:

— O'Connel, de todos os seu projetos esse é o mais absurdo que você já apresentou. - O senhor Miles falava de forma debochada enquanto eu batia o pequeno controle em minha mão de forma frenética, uma mania que não agradava muita gente, tinha acabado de apresentar meu novo projeto para eles e essa não era bem a reação que esperava.

— Eu sei que parece loucura mas se os senhores dessem uma chance ao meu projeto, facilitaria a vida de todo mundo. - Tentava ser convincente enquanto olhava para os três homens em minha frente. - Imaginem, poderíamos os mandar para Chernobyl e poderiam supervisionar tudo, poderíamos ter versões para os lares e não nos preocuparmos mais em erguer um dedo para nada. - Falava enquanto andava de um lado para o outro sempre os olhando. - Seria um avanço na tecnologia, tão grande que qualquer um sentiria inveja do nosso governo e se tentassem algo, teríamos os andróides para nos ajudar e ir para a batalha em nosso lugar. - Os homens em minha frente se entreolharam e o senhor Morgan se volta para mim.

— Senhor O'Connel, é muito arriscado esse seu projeto, precisamos pensar sobre o assunto. - Assenti um tanto que decepcionado mas não tinha mais o que eu pudesse fazer, precisava da aprovação deles para seguir com o projeto.

— Daremos a resposta logo pela manhã. - Me informou o senhor Smith.

— Certo, um bom final de tarde para os senhores. - Sorri minimamente dando um aceno de cabeça, agora era controlar a ansiedade até a resposta chegar.

[...]

Que maldita dor nas costas, me estico a escutando estralar e retiro meus sapatos na porta após fecha-la com o pé mesmo, ando de forma preguiçosa até o sofá e solto a caixa em minhas mãos sobre a mesa de centro e minha maleta ao meu lado, me afundo no sofá respirando fundo no silêncio de minha casa, em seguida sinto minha barriga roncar e faço uma careta por meu momento de relaxamento tenha sido interrompido. Me levanto e ando até a minha cozinha, vou até a geladeira e abro o freezer tirando uma lasanha congelada que tinha guardado, que não demorei para tirá-la da embalagem e colocar no micro-ondas. Preciso sair mais e comprar umas verduras, meu organismo já deve estar pedindo socorro.

[...]

— Quente, quente, quente. - Falo repetidas vezes enquanto segurava a embalagem da lasanha e corria com a mesma até o balcão, devia ter usado um pano. Bufei baixo e me sentei me servindo um pouco e dando a primeira garfada, aproveitei para tomar um banho e pegar um caderno e lápis, como poderia ser o androide?! Homem ou mulher? Tinha que ser perfeito, nada de exterminador do futuro. Como mais um pouco e pego o lápis fazendo alguns rabiscos mas sempre arrancava as folhas e as amassava jogando no chão, coisa que eu não deveria pois sou eu que limpo mas foco, vamos pensar, pensar, certo, irei fazer uma mulher. Jovem e delicada, nada sensual demais mas quase como uma boneca mas sem exagero. Vou precisar ler muitas revistas para poder fazer a garota ideal, larguei o lápis respirando fundo e passei minhas mãos sobre meu rosto antes de apertar meus olhos, preciso fazer meus óculos novos logo.

[...]

— Bom dia, Sebastian. - Escuto a voz de Lilian e me viro parando de andar e a olho enquanto bebia meu café. - Não parece que teve uma noite boa.

— Fiquei até tarde organizando meu novo projeto, coisa que eu não deveria ter feito já que alguém quebrou os meus óculos. - Levantei minhas sobrancelhas a olhando e a vejo revirar os olhos.

— Vai me crucificar até quando? Foi um acidente. - Ela reclamou, percebi que a mesma estava usando uma saia preta e uma camisa branca, ambas social, seu cabelo castanho estava solto por algum milagre.

Blue Blood¹ - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora