30 - Horas antes

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Depois de conversar com Max eu apenas virei para o lado e capotei. 18:00 da tarde e eu estava dormindo igual uma pedra, dessa vez eu não sonharia... Sabe quando você tem aquele sono pesado? Não dava tempo nem de sonhar com certeza!

***
Acordei 21:15 da noite, já estava prevendo que dormiria tarde essa noite, liguei meu celular passando o olho em algumas coisas antes de me levanta, mensagem do meu pai perguntando se eu já comi, Instagram e Twitter... Respondi meu pai e me levantei, peguei a Xuxa que sempre ficava em meu pulso e amarrei meu cabelo.
Abri a porta do meu quarto imaginando o que eu faria uma hora dessas, desci as escadas e procurei algo para fazer...

Eu não estava com fome e muito menos com sede, eu tava mais pra uma pessoa totalmente entediada... Não tinha episódio novo da minha série e nem da fic que eu estava lendo... A que ponto cheguei? Meus olhos passearam pela sala e meu violão ainda estava do lado sofá, olhei pra ele e pensei "humm... Porquê não?"

O tirei da capa sem a maior criatividade pra continuar minha música, passei o dedo pelas cordas imaginando o que eu iria fazer... O que eu iria tocar?  Comecei a tocar uma música que eu já conhecia e uma das minhas preferidas de tocar no violão... "Daddy Issues - The Neighbourhood" era uma música suave de se tocar e me deixava muito confortável tocando ela.

Eu sempre gostei de ter minhas próprias interpretações quando ouvia as músicas... Eu ouvia a frase e gostava de pensar o que ela significava pra mim em alguma situação, minha imaginação fluía de mais quanto a música. Na música Daddy Issues existe uma parte em que é dito:

"Eu tentei escrever seu nome na chuva, mas a chuva nunca veio... Então eu fiz com o Sol"

Gosto de pensar que é como se a pessoa estivesse acostumada a sofrer por amor, e meio que já se prepara para o pior... Porém com essa pessoa que ele achou foi diferente! E ai percebeu que com essa pessoa o pior nunca veio e então ele aceitou... Eu tenho umas piras muito loucas, mas pra mim isso faz sentido! Pra você não?

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(10:40 da manhã/quarta feira / 17 de dezembro)

Me levantei ainda meio desnorteado... Indo para a minha rotina como de costume, ir ao banheiro, colocar o chinelo e descer a escadas... Esfreguei meus olhos tentando colocar os sentidos em ordem... Indo pra cozinha procurando o que iria tomar café, eu poderia comer a pizza de ontem né? Mas a verdade é que ninguém superava os meus pães de queijo! Nem a minha preguiça, peguei meu casaco que ficava no suporte atrás da porta e sai, ainda estava um pouco nublado e o sol aparecia aos poucos.

Algumas pessoas indo trabalhar, outras colocando o lixo pra fora, tudo muito normal por em quanto. Passando pela rua obviamente também passei em frente a casa de Lian, sua mãe estava saindo pra trabalhar ela me deu um Bom dia alegre e eu acenei de volta. Ela sempre saia essa hora mas eu não era acostumado a vê-la pois eu estava sempre dormindo...

Cheguei na padaria e o cheirinho de pão invadia meu nariz, o café e o achocolatado que paraíso... Pedi meus pães que queijo como de costume e vi o carteiro no balcão tomando um café, ele parecia bem disposto, vi também o senhor que vendia balões na praça... Impossível não reconhece-lo! Sai da padaria e indo de volta pra casa e com o melhor café da manhã de todo em minhas mãos.

***
Em quanto tomava café eu assistia os desenhos que passavam, e mesmo com a televisão ligada a casa ainda assim estava silenciosa, eu sentia falta dos meus pais nunca negaria... As vezes ficar sozinho consigo mesmo pode ser considerado um tormento na verdade.

Assim que acabei fui colocar minha xícara na pia, fui distraído por um barulho na lavanderia, torci para que não fosse um rato e peguei a vassoura... Como se fosse me defender né? Olhei atrás das plantas e não tinha nada, atrás dos produtos de limpeza e não havia nada, olhei atrás da máquina e havia algo ali, eu via olhos amarelos... Seria um bicho diferente, com a intenção de apenas assustar o bicho para que saísse dali bati a mão na máquina. Saiu dali um gato... Tomei um susto lógico não era comum entrar gatos dentro da minha casa.

Chamei o bichinho que agora estava atrás das plantas da minha mãe e ele veio bem devagar e acanhado. O peguei no colo e fui com ele até a porta o colocando no chão e ele por extinto natural apenas saiu correndo.

***
Em quanto ouvia a música e limpava a casa pensava em que roupa eu iria vestir para hoje a noite? Não poderia ser nada muito exagerado, eu não curtia nada disso! Assim que acabei fui pro meu quarto, e tudo que eu tinha arrumado iria aos ares agora, peguei minhas roupas e as joguei em cima da cama, fui no quarto da minha mãe peguei o espelho dela e levei para meu quarto, o apoiando na parede.

Já estava vendo que eu passaria bastante tempo aqui. Comecei com a roupa que eu mais usava: uma bermuda branca e minha blusa preta manga longa... E não! Já estava manjada e eu não queria.

Próximo! Outro Look! Minha calça Jeans preta e meu moletom preto... Naaah! Estava muito apagado. Eu trocava de roupa e trocava várias vezes porém parecia que tudo que estava ali eu já estava enjoado! Porém tinha algo que eu ainda não tinha usado... Era uma Jeans preta que meu pai havia me dado de aniversário e meu moletom Branco com a estampa atrás, de um violão com traços a lápis, e uma das mangas a frase "Eu não quero perder você agora"

Era uma frase da Música Mirros e seria essa mesma a minha roupa, e como de costume meu All Star preto. Agora era só esperar a hora e eu iria me encontrar com Lian... E novamente eu estava ansioso.

Eu Queria Ser A Heather...Onde histórias criam vida. Descubra agora