Um amor, dois continentes. - MagCon Boys fanfic.

Capítulo 37 (FINAL)

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N

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Entrei no quarto de Matthew. Eu não tinha a mínima ideia de como ele reagiria. Ele ficaria bravo pelos meninos me deixarem entrar antes deles? Ele estaria feliz sendo eu a primeira pessoa que ele vê depois de uma longa cirugia? Ele jogaria coisas em mim, como o vaso que estava ao lado da cama? Os meus pensamentos estavam sem sentido, mas isso era porque nós tivemos um... desentendimento.

Matt estava deitado na cama. Seus olhos estavam fechados. Os médicos não disseram que ele estava acordado? Sentei-me na cadeira que estava ao lado da maca. Ele parecia um anjo quando estava dormindo. Matthew era o anjo que caiu na minha frente. Eu entenderia se ele quisesse terminar o nosso namoro, já que eu sempre achei que ele fosse muito bom para mim. Mas isso não quer dizer que eu ficaria com o coração quebrado em mais pedaços do que fosse possível contar.

Peguei a mão dele, que pendia para fora da cama. Ela estava toda ralada e arranhada. Larguei-a imediatamente, pensando que ele poderia sentir dor quando eu tocasse nela. Matthew tinha o rosto todo arranhado, como se uma brincadeira com o seu gato não tivesse dado certa. Ele parecia tão frágil e inocente. Todos nós sabemos que isso provavelmente não é verdade.

Ele foi abrindo os olhos lentamente. Levantei-me correndo da cadeira, pois estava ficando com medo de sua reação.

"Matt..." fiquei sem voz no meio da frase. Ele não respondeu nada. Ele ficou me olhando, como se eu fosse alguma doida. "Você está bem?"

"Sim." ele gemeu.

"Está sentindo muitas dores?" perguntei, nervosa.

"É... mais ou menos." ele respondeu, tentando ficar sentado. Ele gemeu de dor e deitou-se novamente. "Sim, estou sentindo dores."

"Como você capotou o carro?" perguntei, sentando-me novamente. Ele não parecia muito agressivo no momento.

"Eu não sei... eu não me lembro." ele disse.

Soltei, involuntariamente, um suspiro de alívio. Ele não se lembrava do motivo dele ter capotado. Então queria dizer que ele não se lembrava do que tinha acontecido depois.

"Eu sinto muito." disse. "Não foi culpa minha"

"Culpa do que?"

"Do... uhm... Nada." me levantei da cadeira. "Eu acho que os meninos estão querendo te ver."

"Okay." ele respondeu.

Cheguei bem perto dele e lhe dei um beijo em sua bochecha.

"Eu tenho que ir." dirigi-me para a porta.

"Descupe pela pergunta." Matt começou. "Mas quem é você?"

"Pare de brincadeira, Matt." disse, sentindo o desespero tomar conta de mim.

"Eu não estou brincando." ele falou de volta. "Qual é o seu nome?"

"Eu sou..." os meus olhos se encheram de lágrimas. "Eu era a sua namorada."

Saí correndo do quarto para a sala de espera. Sentia o líquido quente escorrendo pelas minhas bochechas. Senti a pior dor que eu jamais tinha sentido na minha vida inteira. Era como Augusto Waters diz. O meu pior medo é ser esquecido.

Quando cheguei à sala de espera, os meninos estavam sentados, me esperando voltar. Quando Emma me viu chegando, ela correu para mim.

"O que..." ela perguntou. Emma me puxou para um abraço. "O que aconteceu?"

"Ele não... e-ele não se lem-lembra de nada. Matt não se lembra do que aconteceu entre nós." estava soluçando enquanto falava. Os meninos estavam em volta, querendo saber o que tinha acontecido.