Capítulo 34

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(um mês depois)

M

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As minhas mãos estavam suando. Eu sabia que tinha que fazer isso o mais rápido possível. Mas eu não tinha a menor ideia de como fazê-lo. Enquanto eu pensava sobre isso, as horas iam passando...

"Matt. Você vai se atrasar." disse Shawn, olhando no relógio.

"Eu sei. Eu estou pensando em que roupa eu vou usar." menti.

"Então é melhor você ir logo." disse Jack Johnson.

Subi as escadas correndo. Eu sabia o que eu iria usar, é claro. O mesmo terno que eu tinha usado no nosso primeiro encontro. Eu não sabia se ela iria lembrar dele, pois já se passaram quase seis anos, mas eu tinha esperaça de que ela reconhecesse.

Troquei de roupa rapidamente e fui ao banheiro pentear o cabelo. Eu não faia isso com muita frequência, mas hoje era um dia diferente. Espero que não ocorra como da última vez.

Matthew Espinosa: Passando aí em dez minutos.

Mandei a mensagem e desci as escadas. Todos os meninos estavam mexendo no celular, menos Johnson, que estava falando com Clary no celular.

"Okay. Eu tenho que ir. Uhum. Também te amo." Jack disse no telefone e desligou.

"Eu já vou, pessoal." anuncei, pegando as chaves do carro.

"Que horas você volta?" perguntou Gilinsky.

"Que horas são?" perguntei. Hayes mostrou o seu relógio, que marcava sete e meia. "Por volta das onze."

"Okay. Boa sorte!" respondeu G. Os meninos me deram 'boa sorte' e eu saí de casa.

O caminho de casa até a casa de Ana não era demorado. Não eram nem cinco minutos. Liguei o rádio e estava tocando Uptown Funk.

"I'm too hot. Make a dragon wanna retire, man." cantei com a música. Ana saiu de casa e, quando me viu, acenou e sorriu. Ela abriu a porta do carro. "You're too hot." mudei a letra, apontando para Ana. Ela riu e entrou no carro.

"Aonde vamos?" ela perguntou. "Ou você não vai me falar de novo?"

"Vamos a um restaurante chique." respondi. "E você está linda."

"Obrigada." ela sorriu. Ela olhou para mim "Pensa que eu não reconheceria?"

"Reconhecer o que?" perguntei, olhando para a rua.

"O seu terno." disse Ana. "É o mesmo que você usou no nosso primeiro encontro."

"Você reconheceu? Como assim, se passaram quase seis anos! Eu pensava que você nem se lembraria!" disse, surpreso.

"Bem... eu tenho uma memória boa." disse ela, rindo.

"E eu também lembrei da sua cor." disse. Ela estava usando um vestido amarelo e preto. "São as mesmas que você usou no nosso primeiro encontro."

"Como você... Eu nem me lembrava disso! Foi total coincidência!" Ana disse, rindo ainda mais. "Sério, eu não me lembrava disso."

"Eu também tenho boa memória." disse. "Chegamos." estacionei o carro.

Entramos no restaurante. Eu tinha feito uma reserva para nós.

"Uma reserva para dois." disse.

"Qual seria o nome de vocês?" perguntou a moça da entrada.

"Senhor e senhora Espinosa." respondi. Vi com o canto do olho que Ana sorriu.

A mulher pediu para seguirmos ela. Damos uma volta completa no restaurante, mas eu sabia que aquilo iria valer a pena, afinal, eu reservei os dois melhores lugares do restaurante.

"Aqui está a sua mesa, sr. e sra. Espinosa." disse a mulher. "Os cardápios estão aqui."

"Obrigado." disse e ela saiu.

"Então... O que você tem para me dizer?" perguntou Ana.

"Como assim?"

"Senhora Espinosa?" Ela perguntou.

"É... Eu achei que ficaria legal." respondi.

"Eu adorei como ficou." disse ela, sorrindo. Agradeci aos deuses que ela não achou ruim.

"Então o que você vai querer?" perguntei, olhando para o cardápio.

Fizemos os nossos pedidos e esperamos eles chegarem. Eu estava ficando cada vez mais nervoso a cada minuto que se passava. Eu sabia que não deveria ficar tanto assim, pois já tinha feito isso uma vez, mas ainda me assustava. Só o pensamento dela negar já doía.

Quando a comida chegou, comemos conversando e rindo. Quando estávamos pronto para ir embora, Ana se levantou da mesa, me dando a hora perfeita para fazer o que estava planejando. Ajoelhei-me na sua frente.

"Matthew, o que você está fazendo?" perguntou ela.

Sentia que todas as pessoas do restaurante estavam olhando para a gente.

"Eu queria saber se você pode me dar o prazer de ser a minha namorada." disse, tirando a caixinha preta do meu bolso. Abri ela e olhei para Ana, que estava sem palavras. "E dessa vez, vamos tentar fazer durar mais do que um dia."

"O que você acha que eu vou responder?" ela perguntou, me fazendo congelar.

"Sim?" arrisquei.

"Você acertou." ela disse, fazendo o meu coração amolecer. "Sim, sr. Espinosa, eu aceito ser a sua namorada."

Coloquei o anel no dedo dela. Ficava perfeito, como eu imaginava. As pessoas do restaurante começaram a aplaudir. Ela me ajudou a me levantar e me abraçou correndo. A abracei de volta, já que eu não podia fazer outra coisa. Esse era um dos melhores momentos da minha vida. Fiz uma lista mental e percebi que, dos cinco melhores momentos da minha vida, Ana estava relacionada a três deles.

Ela nos separou e fomos andando até o carro. Abri a porta do carro para ela e Ana entrou. Fechei a porta e dei a volta no carro. Após entrar, Ana me puxou e me deu um beijo longo, que eu retribuí.

"Eu não queria fazer isso enquanto todos do restaurante estavam olhando." disse ela.

Beijei-a de novo e liguei o motor. Ao chegar na sua casa, Ana me deu um beijo de despedida.

"Obrigada." ela disse.

"Pelo que?" perguntei. "Eu era quem deveria estar agradecendo. Você, a menina mais perfeita do mundo, é a minha namorada. Eu poderia gritar para a rua inteira ouvir, se não fosse tão tarde."

"Obrigada por ser o melhor namorado no mundo." ela disse.

Entrei no carro e saí andando. Percebi que Ana ainda não tinha entrado em casa, então fiz o que tinha dito.

"EU ESTOU NAMORANDO A MENINA MAIS PERFEITA DO MUNDO!" gritei para toda a rua ouvir. Olhei pelo espelho do carro e Ana estava rindo muito. Acenei para ela e virei a esquina.

~em casa~

"Como foi?" perguntou Carter.

"Mais perfeito impossível." disse.

"Que bom. Eu ou avisando, eu quero ser o padrinho o seu primeiro menino." disse ele.

"Eu não tenho certeza se Ana vai deixar..."

"Eu sou o guarda de vocês!" disse Carter. "Eu tenho todo o direito de ser o padrinho!"

"Eu vou ver com ela..." disse, rindo.

Ficamos conversando um pouco. Sabia que era tarde, mas eu não ligava. Sabia que, quando eu dormisse, eu sonharia com outra coisa, mas eu queria sonhar com o que aconteceu hoje, o que aconteceu no dia do parque. E eu só poderia fazer essas coisas enquanto estava acordado, já que a minha mente não me obedece. Pensando nisso, acabei dormindo no sofá, mesmo. O que eu menos imaginava aconteceu. Eu estava sonhando com Ana.

Um amor, dois continentes. - MagCon Boys fanfic.Onde histórias criam vida. Descubra agora