O Despertar: Caos Sagrado - Capítulo Dahlia [FINALIZADO]

I - "Negação" [ATO I]

"...Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim..."

- João 14:6 -

[ATO I]

Estas nuvens avermelhadas e o som de choro sempre me lembram demais Aquela que era e já não é. Ninguém nasce sabendo de seu papel, mas todos temos um. O meu papel é viver para ver onde todas estas histórias culminam e onde se encontram... Eu vivo para contar o caminho que todos eles percorrem.

Esta é a história de uma Mulher e de como Ela conhece o que os seres da Terra chamam de Morte. Na verdade uma das várias faces da Morte... Há uma certa sabedoria irônica quando um humano diz que a Morte não é o fim, pois em verídico não é.

O início deste inescapável fato, o fim de todas as coisas, tem suas engrenagens movidas, em verdade, quando o despertar dela se sucedeu. Não me refiro ao despertar de um sono ou de um sonho, mas o despertar da aura, o despertar do seu "Verdadeiro Eu".

Ela inicialmente vivia ao Sul do Planeta Terra. Apesar do ser um lugar bonito e vasto, com mais de oito milhões de quilômetros de extensão, foi justamente na Cidade que chamam de Maravilhosa que nos encontramos.

A bala de uma arma humana, denominada de forma comum como Calibre 38, transpassou sua fronte e se alojou em determinado ponto no interior de seu crânio.

Lugar errado, na hora errada, numa enorme morada? Talvez... Para os Terrenos tais justificativas sejam plausíveis, reconfortantes. Afirmo, porém, não existir coincidência aos olhos da tão denominada Morte. Seja isso para o bem ou para o mal, tudo é como tem de ser na hora e no momento que deve ser.

Alta taxa de criminalidade e a estatística adicional de um assalto ocorrido no retorno para casa depois de um longo dia de trabalho: Aquele era seu momento e seu encontro marcado desde antes do início.