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Observo a casa a minha frente enquanto soltou um suspiro, agarro as sacolas com as mercadorias que Dona Norma havia me pedido para comprar, aquela casa me trazia memórias demais, aliás foi um dos primeiros lugar que eu consegui chamar de casa mesmo não sendo minha casa. Sempre fui muito bem acolhida nesta família e acho que isso foi uma das minhas maiores dores durante o término.

Achei que eu deveria me afastar da família dela e por um tempo, eu o fiz, mas é difícil quando você se torna de casa mais difícil para eles do que para si mesmo. Me lembro das inúmeras vezes em que recusei passar a tarde tomando um café com Dona Norma e como isso afetou na minha relação com ela, não gosto nem de relembrar destes momentos.

Mas no fim isso serviu como algo, como um aprendizado que não devemos nos afastar daqueles que amamos e que são importantes para nós, aprendi que dava sim para equilibrar um as consequências de um término e com a relação com os familiares de seu ex.

Abro a porta lutando para que as sacolas não caiam e quebrem o que está dentro da sacola, assim que a mesma se abre me deparo com a cena mais fofa diante meus olhos, Jade está dormindo a boca levemente aberta e seus braços estão só redor de Olivia, nossa filha. Ela está agarrada a filha como se alguém pudesse pegá-la a qualquer momento, nossa filha está do mesmo modo que a mãe complemente apagada, ambas nem percebem minha chegada já que estão adormecidas.

Rapidamente vou para cozinha sem fazer barulho para acorda-las, senhora Thirlwall estava entre as panelas preparados pratos para está noite, eu amava a comida dela era uma das melhores que já havia comido em toda minha vida.

— O cheiro está ótimo! Desculpe a demora! Aqui está. — Coloco as compras em cima da mesa em um lugar que não atrapalhe a mulher.

— Obrigada querida! — Ela se aproxima e beija minha bochecha, sorrio bobamente ao ver que ela veste um avental, o avental que Olivia a deu em um dos seus aniversários — Por um instante achei que não viria.

— Não! Eu nunca faltaria, sogrinha, apenas o trânsito que estava uma loucura.

Sogrinha, este apelido ainda permanece mesmo que ela não seja minha sogra de fato, mas o costume de chama lá assim ainda existe. E por incrível que pareça ela não se importa com este apelido parece até gostar do mesmo.

— Realmente! Karl também irá demorar um pouco a chegar.

— A senhora quer ajuda aqui na cozinha? Não quero ser uma nora imprestável para a senhora.

— Capaz menina, você nunca será imprestável. Ao contrário você é muito prestativa, desta vez eu irei recusar a ajuda, estou acabando.

— Você tem certeza? — Questiono com os olhos pidões e ela facilmente compreende, ela saberia que eu sou um caos na cozinha e que na maior parte permaneço pegando comida escondido.

— Tenho sim, você já me ajudou no mercado, vá lá e descanse! — Estou prestes a abrir a boca para retrucar, mas recebo uma paulada em minha testa, a senhora ri — Você merece descanso, aliás estão de férias e você tem que recarregar as energias para a próxima turnê.

Concordo com a cabeça sabendo que se discordasse apanharia mais uma vez, ela se volta a cozinha e a atenção as panelas enquanto cantarola uma música que desconheço.

Decido fazer o que ela mandou ir para sala descansar, quando chego lá Jade e Olivia estão no mesmo lugar como se não tivessem se movido, tiro uma foto daquele momento para guardar de recordação.

Retorno minha atenção ao filme que passa na TV, posso ver Jade se remexer prestes a acordar, volto minha atenção a tv fingindo que segundos atrás eu não estava a observando

A Second Chance,Maybe? (Jerrie)Onde histórias criam vida. Descubra agora