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Camila Cabello POV

Nos separamos por falta de ar, o beijo foi inegavelmente gostoso, Lauren realmente sabe o que faz. Estávamos ofegantes e ela afastou-se um pouco do meu corpo, me olhando com aqueles olhos verdes, intensos, que pareciam perfurar fundo em minha alma, me causando arrepios, me inebriando. Nunca pensei que em sentir atração por Lauren, mas ultimamente é o que vem acontecendo e eu não sabia explicar o porquê, e tinha medo que estragasse nossa amizade.

Mas hoje foi realmente impressionante.

- Precisamos voltar. - Falou, com sua voz mais rouca que o habitual.

- Vamos. - Peguei o vinho e nós saímos daquele cubículo. Voltando e vendo Dinah e Normani derrotadas pelo álcool, estavam dormindo em cima da mesa. Rimos um pouco e nos olhamos em um clima mais leve.

- Dinah! Normani! - Lauren Chamou e nem sinal de vida das duas, eu já estava começando a ficar com medo, vivas estavam, ainda bem.

Depois de mais gritos, as duas se levantaram atordoados e muito bêbadas, eu já não me sentia mais bêbada, na verdade tinha me embriagado pela segunda vez, mas não de álcool e sim do beijo maravilho que Lauren tinha me dado.

Eu nunca imaginei beijá-la, não até uns dias quando sem querer, fiz isso no canto de seus lábios e só com isso senti a maciez deles e quis mais daquilo.

Fazemos as garotas irem para cama e fomos tomar banho, todos os quartos tinham banheiro, eu não podia parar de pensar em seu toque, no quanto eu a queria para valer hoje. Queria me descobrir com ela, somente nós duas, queria tocar seu corpo, ser tocada. Eu não sabia se era a necessidade e atração falando mais alto ou era algo mais, porém apostava na atração.

- Camz, Dinah está pedindo uma toalha. - Eu estava sentada na cama após um banho, meus cabelos precisavam ser penteados, entreguei uma toalha a Lauren, pedindo a ela que voltasse aqui depois, por mais que não fizéssemos nada, queria passar um pouco de tempo com Lauren.

Vesti uma uma blusa larga e uma calcinha e só. Lauren entrou no meu quarto, seu cheiro de banho recém tomado invadiu o local.

- Penteia meu cabelo? - Entreguei uma escova para ela, Lauren pegou em meus ombros e me fez virar de costas para ela, estávamos sentadas na minha cama. Penteava meus cabelos com um extremo cuidado e delicadeza, me causando arrepios bons. Depois que ela terminou, eu virei meu corpo para encará-la, baguncei um pouco meus cabelos e os joguei para o lado, nos olhamos com certa intensidade.

- Deveríamos conversar sobre o beijo. - Falei, Lauren não parava um segundo de me encarar, me vi perdendo a batalha quando desviei os olhar para sua boca.

- O que você quer falar? - Sua mão se apoiou na cama, eu observava cada mínimo movimento que ela fazia.

- Já tinha feito isso antes? - Me referi a beijar mulheres.

- Você quer tirar suas próprias conclusões? - Me surpreendi com suas palavras, me causaram um arrepio pela espinha, seu corpo se inclinou em direção ao meu, não me afastei.

- Como eu posso fazer isso? - Eu sabia a resposta e ela me deu a resposta. Tomou meus lábios com os seus. Logo nossas línguas se encontraram, em um beijo aprofundado e... Diferente de todos os outros, era lento, quente, familiar, cuidadoso... Confortável, totalmente aconchegante, me passava sensações que nunca achei que existissem, fazia com que eu quisesse beijá-la para sempre.

Era Lauren ali.

Lauren.

Sem que eu me desse conta, nossos corpos encaixaram-se perfeitamente em cima da cama, Lauren se mantinha entre minhas pernas, beijando meus lábios com posse. Tocou minha cintura, apertando-à. Ela parecia saber exatamente o que fazia, estava tão segura de como fazer, me passava a confiança necessária para que eu simplesmente fechasse os olhos e deixasse que ela fizesse de mim o que quisesse.

Isso nunca tinha me acontecido.

Esse tipo de entrega com uma confiança exorbitante.

- Você já fez isso. - Sussurrei. Aquilo era uma afirmação minha, eu tinha certeza. Lauren desceu seus beijos molhados e carinhosos para meu pescoço, enquanto passava a mão quente em minha coxa, causando arrepios de todos os lados, em todo meu corpo, me excitando, fazendo-me gemer baixinho seu nome.

Ela não me respondeu. Tirou minha blusa sem que eu ao menos pensasse no que ela estava fazendo, eram tantas sensações e eu estava tão entregue, tão entregue.

- Tire. - Pedi. Eu queria seu corpo sem nada sobre o meu, precisava daquele contato com ela.

Lauren.

Ela tirou a roupa, me fazendo babar com a visão de seu corpo nu em cima do meu, voltamos a nos beijar, perdidas em sensações e carícias.

Era calmo, sem pressa, era diferente de tudo que eu já tinha vivido. Nós fazemos amor, estávamos fazendo amor. Eu sabia, sentia e via em seus olhos o quanto seu carinho e preocupação com minhas expressões eram nítidas, ela prestava atenção em mim como ninguém nunca fez, sua determinação em me dar prazer era clara, mas junto a isso tinha outra coisa que ela estava me dando e eu não tinha resposta clara para isso ainda.

Gemi um pouco mais alto quando ela finalmente deixou meu corpo tenso quando me penetrou com seus dedos, tenso de prazer, eu era incapaz de ter pensamentos coerentes quando ela começou com sua lentidão deliciosa, fazendo eu me familiarizar-se com sua invasão, sempre calando meus gemidos com sua boca quente sobre a minha. Nossos corpos eram sincronizados um com o outro, eram ligados, como se precisassem um do outro para mover-se.

Queria ela mais perto, queria mais dela. Gemia seu nome se ela deixava de me calar por mais de dois segundos. Suas investidas cada vez mais fortes e rápidas. Me levando a loucura. Nunca tinha sido assim.

Foram minutos alucinantes, cheios de significados, cheios de palavras não ditas, cheios de... Sentimentos. Ela fazia de uma forma que me fazia não querer nada mais que aquilo, fazia-me sentir, me preenchia verdadeiramente. Tudo que eu sabia fazer era chamar por ela, escutando seu respiração alterada, a minha muito mais, mordeu meu lábio inferior e aumentou seus movimentos. Não conseguia mais segurar meu gemido, a abracei forte, era tão carnal, entretanto muito mais sentimental. Não demorou muito até que eu chegasse no meu ápice, tentando abafar meus gritos com seu beijo.

Depois disso, eu não lembro de mais nada, acabei adormecendo em seus braços. Me mantiveram quente, protegida, sua respiração veio de alguma forma para minha nuca, fazendo com que eu me tranquilizasse pelo simples fato dela estar ali, quase nos fundindo em uma só, me dando a segurança que eu precisava para fechar os olhos e me entregar a escuridão do cansaço. 

Amor Não CorrespondidoOnde histórias criam vida. Descubra agora