corda no pereço, dedo no gatilho

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Novamente se encontrava naquela situação, sentado na sacada, tragando um cigarro que roubara de seu pai, enquanto ouvia os gritos raivoso de seus progenitores.

O motivo? Nem mesmo ele sabia, seu pai havia voltado bêbado novamente, e como sempre, começou a despejar xingamentos e agressões sobre sua mãe.

E novamente, as feridas já cicatrizadas  em seus braços, se tornaram tão atraentes e tentadoras, sentia uma enorme vontade de abri-las, e simplesmente deixá-las sangrar, até que o sono da morte o alcançasse.

Mas, para sua infelicidade, não tinha coragem suficiente para cometer tal ato, era fraco demais. Deitou-se na cama, sentindo os lençóis gelados envolverem seu corpo, junto a leve brisa do vento que adentra-ra pela janela, trazendo com sigo o cheiro da chuva, fechou os olhos cansados, se permitindo dormir.

[...]

O sol já havia surgido, fazendo com que seus feixes de luz transpassassem a fina cortina, sentindo o calor em sua pele, o garoto de rosto inexpressivo se cabelos bicolores se levantou.

Não queria acordar, não queria mais viver aquela vida, já estava cansado daquilo, entretanto, não é como se tivesse muitas opções.

Se dirigiu até o banheiro, onde fez sua higiene pessoal, de volta ao quarto vestiu sua farda e apanhou sua mochila, abriu a porta do quarto e desceu as escadas.

Como já era de se esperar, a sala e a cozinha estavam uma completa desordem, móveis jogados no chão, garrafas de cerveja quebradas e muito mais. 

- o que você quer moleque? - perguntou sua mãe visível mente irritada - o que veio estragar desta vez!? - 

- bom dia mãe - disse com a cabeça baixa - sobre o que a senhora e o papai estavam discutindo ontem? - 

- SOBRE O QUE VOCÊ ACHA!!?? - disse se aproximando do mais novo, segurando seu rosto com firmeza para que a olhasse nós olhos - VOCÊ FALHOU DE NOVO!! - completou desferindo um tapa na face do bicolor, ela se referia aos jogos esportivos que havia participado, havia ficado em segundo lugar o que não agradou nem um pouco seu pai.

- perdão mãe - respondeu com a voz fraca.

- desculpas não iram te deixar mais forte, agora suma da minha frente - fez uma leve reverência a sua mãe, deixando o local logo em seguida.

Aproveitou que a escola era perto de sua casa para ir a pé, aproveitou também o baixo fluxo de pessoas na rua e se permitiu chorar.

Conforme se aproximava da escola, o fluxo de pessoas e carros nas ruas e calçadas aumentava, limpou as lágrimas com as costas das mãos, tomando certo cuidado para que não fosse visto.

Adentrou no prédio se dirigindo a sua sala onde foi recebido por Midoriya - bom dia Todoroki- kun - disse sorrindo como sempre.   - bom dia Midoriya - respondeu sorrindo fraco

Andou até a sua carteira sendo acompanhado por Midoriya, logo Lida e Uraraka se juntaram a eles, onde ficaram conversando até que o sinal tocasse indicando o início da aula.

Aizawa entrou na classe e, quase que automaticamente, todos se dirigiram aos seus lugares ficando em total silêncio.-

 - eu irei passar para vocês uma simulação do que seria um TCC, quero que façam um resumo não só do aprenderam este ano, mas sim de tudo que aprenderam desde o primário - assim que  disse isso toda a sala ficou completamente desanimada. - entretanto, como eu sou um ótimo professor, vou permitir que façam em dupla - a sala ainda estava completamente desolada pela ideia de fazer um TCC desde o primário, mas a notícia de que teriam um parceiro para ajudar pareceu animar um pouco as coisas.

Mas é claro que essa pouca alegria durou pouco - não fiquem tão animados, pois quem irá formar as duplas sou eu - e toda a alegria foi embora.

Aizawa começou a ditar as duplas, e como já era de se esperar, Todoroki não iria formar dupla com Midoriya, muito pelo contrário iria formar dupla com Bakugou.

Após ouvir isso, perdeu completamente as esperanças de ter um final de semana um pouco mais calmo, até porque só o simples fato de Bakugou estar envolvido já é um sinal claro de que a paz não reinaria no ambiente.

Le't me dieOnde histórias criam vida. Descubra agora