𝐢𝐭'𝐬 𝐚𝐥𝐫𝐢𝐠𝐡𝐭

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AVISO: Suicídio e depressão, não leia se isso é um gatilho para você!

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AVISO: Suicídio e depressão, não leia se isso é um gatilho para você!

Como ele pôde ser tão estúpido?

Como ele pôde pensar que tudo ficaria bem depois da guerra? Como ele poderia pensar que Harry Potter o salvaria de seu passado sombrio?

Draco olhou para o céu estrelado da noite perto da Torre de Astronomia com um sorriso desamparado no rosto. Era realmente uma bela noite, Draco pensou. Mas não bonita o suficiente para Draco mudar sua decisão, infelizmente. Seus pensamentos viajaram para Harry Potter. Os primeiros meses quando ele voltou a Hogwarts para terminar seu Oitavo Ano foram agonizantes, já que ele era frequentemente xingado e era enfeitiçado em todos os lugares que ia, não importando o quanto tentasse se misturar com todos.

Ele deveria ter ido para Azkaban com seus pais. Mas Harry Potter falou em seus julgamentos, testemunhou por Draco e Narcissa. Mas não houve sorte para Lucius, já que ele tinha feito coisas cruéis muito mais do que os dois anteriores.

Narcissa nunca foi uma Comensal da Morte e ajudou Harry Potter quando ele enfrentou o Lord das Trevas, portanto, ela foi colocada em prisão domiciliar.

Quanto a Draco, Harry foi inflexível em não deixá-lo ser enviado para Azkaban. Draco ainda se lembrava do olhar furioso de Harry quando o Ministério disse que ele merecia estar na prisão. 

Ele é apenas um garoto. — Harry rosnou, sua poderosa magia descontrolada sacudindo a sala inteira. Um vidro explodiu. — Ele é apenas um garoto da minha idade que não teve escolha alternativa para salvar a si mesmo e sua família. Ele não teve escolha a não ser escolher o lado errado pelo motivo certo. Ele salvou minha vida assim como Narcissa fez quando fomos capturados. Ele recusou  admitir que era eu em sua mansão, apesar de saber disso. Se ele não fizesse o que fez, eu não teria saído de lá. Sua varinha salvou a todos nós. Sua varinha foi fiel a mim. — Harry pegou a varinha de Draco que ele pegou no dia em que foi capturado na Mansão. — Esta varinha exata derrotou Voldemort. Se você for inteligente, você vai me ouvir, e libertar Narcissa e Draco. Você pode pensar que eu perdi minha noção por testemunhar por eles e deixe-me dizer a você, eu decido minhas próprias decisões e nenhum de vocês tem uma palavra a dizer contra isso. Mesmo se você enviá-los para Azkaban, eu vou encontrar uma maneira de libertá-los. Eu vou. Guarde minhas palavras, Ministro.

— Bom dia. — Harry se endireitou e olhou para Draco e sua mãe que parecia atordoada antes de sorrir, devolvendo a varinha de Draco para ele. — Estou dando a Draco a escolha de viver sua vida, Narcissa. De alguma forma, eu entendi a impotência que ele tinha em sua própria casa.

Com isso, Harry foi embora. Abalado pela fúria de Harry Potter, o Ministro concedeu sua liberdade. Draco sorriu um pequeno sorriso com a memória. Ele percebeu naquele dia que havia se apaixonado por Harry. Isso não o surpreendeu muito, provavelmente porque ele estava apaixonado por ele há anos. Desde Madame Malkin.

Os lindos olhos verdes de Harry foram a primeira coisa que o atraiu. Se Harry tivesse aceitado sua amizade, talvez ele pudesse ter salvado Draco de todas aquelas misérias. Draco pensou em seus pais enquanto conjurava uma flor de narciso. Seu pai enlouqueceu depois de ser mandado para a prisão. Há 2 meses recebeu a notícia do falecimento de seu pai. Suicídio, era o que diziam. A incapacidade de manter a sanidade afetou sua mente e levou o homem à morte.

Sua mãe ficou perturbada, perturbada demais por também o ter deixado. Doença de coração partido. Sofreu tanto que faleceu durante o sono, não muito tempo depois da morte de seu pai.

Ambas as mortes fizeram Draco mergulhar em depressão. Merlin sabe quantos cortes havia em seu braço esquerdo acima da Marca Negra. Harry o salvou de ficar em uma prisão até a morte, mas ele não estava ali para salvar Draco novamente. Draco colocou a flor cuidadosamente no chão antes de se levantar trêmulo. Ele parou na beirada com um sorriso triste, lágrimas queimando seus olhos.

— Adeus, raio de sol. — Ele falou suavemente. — Eu não posso mais viver assim.

— Draco? — A voz horrorizada de Harry chamou por ele por trás. — O-o que você está fazendo? Afaste-se da beirada. — Disse ele. Surpreso, Draco se virou rápido demais e perdeu o equilíbrio. Ele sentiu como se o tempo diminuísse enquanto ele caía de costas no ar. O rosto apavorado de Harry se gravou em seu cérebro.

O moreno imediatamente correu para frente e agarrou o braço de Draco. 

— Draco! — Ele gritou em meio às lágrimas. — Espere! Vou te puxar! — Draco olhou enquanto o lindo rosto de Harry se contorcia com determinação para salvá-lo.

— Harry. — Ele murmurou. Harry segurou seu braço com força, não querendo deixá-lo ir, Draco percebeu. — Está tudo bem, Harry. Você pode me deixar ir. — Ele sussurrou. — Nós vamos ficar bem. Nós dois.

As lágrimas de Harry pingaram nas bochechas de Draco.

— Apenas me deixe ir.

— Não. — Harry engasgou. — Eu me recuso. Me recuso a perder você, seu idiota! Já perdi muita gente e não quero adicionar você à lista! — Draco notou que o aperto estava começando a enfraquecer. Ele sorriu apesar da situação.

— Harry, amor, raio de sol, vai ficar tudo bem. Tudo vai ficar bem, Harry. Você apenas tem que me deixar ir. Então, você será feliz.

— Eu não posso ser feliz em um mundo sem você! — Harry retrucou enquanto tentava ao máximo puxar Draco para cima. — Eu não posso viver em um mundo sem Draco Malfoy! Nada será o mesmo se você não estiver aqui! Droga, Draco!

— Harry. — Draco sentiu uma dor no fundo de seu coração. — Foi você quem me deixou ir no início. Não eu. Portanto, você pode me deixar ir agora. Não vai fazer diferença. — Disse ele. Harry parecia ter sido esfaqueado no peito repetidas vezes.

— Isso foi um erro, Draco. Esse foi o maior erro que já cometi em toda a minha vida. Poderíamos ser felizes. Você estaria feliz como eu e eu tolamente o deixei ir porque estava com medo. Eu estava com medo de nós e do ritmo com quem estávamos indo. Sinto muito, Draco. — Harry soluçou com o coração apertado. — Eu te machuquei, deixei você se destruir, quebrei minha promessa, mas por favor. Por favor, deixe-me concertar isso. Draco, preciso de você de volta na minha vida. Não posso deixar você ir! — Draco sentiu suas próprias lágrimas escorrendo pelo rosto, misturadas com as de Harry. Ele não podia ficar. Ele simplesmente não podia.

— Sinto muito, Harry. Eu te amo tanto, mas não posso mais viver assim. Serei para sempre seu como fui desde que nos conhecemos na casa de Madame Malkin. Você tem que me libertar, raio de sol. Você tem que me deixar ir. Um dia nos encontraremos novamente, meu amor. Um dia. — Draco sussurrou entrecortadamente enquanto apontava sua varinha para Harry, que arregalou os olhos ao perceber que estava sem varinha. Idiota desgraçado, Draco pensou com ternura.

— Obliviate. — Ele sussurrou.

As mãos de Harry afrouxaram.

O ar correu em seus ouvidos. A última coisa que ouviu foi um estalo alto e nauseante antes de tudo escurecer.

𝐃𝐑𝐀𝐑𝐑𝐘 ━━━━━ ✦ IMAGINESOnde histórias criam vida. Descubra agora