✟ Capítulo 9: Ajustes Sem Fim ✟

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O amigo ama em todos os momentos;é um irmão na adversidade. 

Provérbios 17:17

É impressionante analisar a diferença entre as reações das pessoas depois do acidente. Muitos amigos e membros da igreja South Park me viram durante aqueles primeiros cinco dias depois de meu acidente. Várias dessas mesmas pessoas me viram depois da vigília de oração que David Gentiles organizou. Enquanto assistiam a cada pequena etapa de minha recuperação, elas regozijavam. Eu achava muito lento tudo o que era relacionado ao meu processo de recuperação. Por isso, vivia em constante depressão. Depois da UTI, fiquei no hospital 105 dias,na primeira internação. Suponho que a depressão derrubaria qualquer pessoa que ficasse confinada por tanto tempo. 

Durante os meses de minha recuperação, a igreja trabalhou duro para me fazer sentir uma pessoa útil. Eles levavam grupos de crianças ao hospital para me ver. Às vezes, alguns comitês marcavam reuniões em meu quarto de hospital — como se eu pudesse tomar qualquer decisão estando ali. Eles sabiam que eu não poderia falar ou fazer muita coisa, mas era uma maneira de me incentivar e dizer que estavam do meu lado. Fizeram tudo o que puderam para me fazer sentir digno e útil

.No entanto, na maior parte do tempo, eu estava deprimido e morrendo de pena de mim mesmo.Ansiava voltar para o céu.

Além da depressão, eu tinha outro problema: não queria que ninguém fizesse nada por mim

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Além da depressão, eu tinha outro problema: não queria que ninguém fizesse nada por mim. Eu sou assim mesmo. 

Certo dia, Jay B. Perkins, um pastor aposentado, foi me visitar. Ele havia trabalhado como pastor de muitas igrejas ao sul do Texas antes da aposentadoria, e tornou-se uma poderosa figura paterna para mim, em termos de ministério. South Park o contratou como pastor interino enquanto estive incapacitado para exercer a função.

Jay me visitava com freqüência. Isso significava dirigir mais de 65 quilômetros de ida e outro tanto de volta. Ele ia me ver sempre, duas ou três vezes na mesma semana. Eu não era a melhor companhia possível, mas, de qualquer maneira, sorria. Eu ficava na cama, com pena de mim por causa da situação. Ele falava coisas agradáveis, sempre tentando encontrar palavras de encorajamento, mas nada que ele dizia ajudava embora não fosse culpa dele. Ninguém seria capaz de me ajudar. Eu não me limitava a ficar em depressão; como descobri depois, eu deprimia as outras pessoas também.

As pessoas que me visitavam tentavam ajudar, e muitas queriam fazer tudo o que pudessem por mim.

 Posso comprar uma revista para você ler? — alguém perguntava.

 Quer tomar um milk-shake? Tem um McDonald 's na entrada do hospital. Também posso comprar um hambúrguer ou outra coisa... 

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