Capítulo 10 - Family Dinner

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- Você quer tomar banho comigo? – Raúl pergunta tirando a sua camisa. Estamos no vestiário da academia na parte dos chuveiros. Estamos sozinhos aparentemente.

- Alguém pode entrar. – Respondo dando mais uma olhada na porta.

- Ninguém vai entrar aqui, callaíto. – Ele diz abaixando a bermuda e ficando apenas de cueca. Corro meus olhos por seu corpo escultural. Deus o que eu não sou capaz de fazer por ele. – Vamos, confia em mim.

Pego a sua mão. Ele me beija delicadamente em meu rosto. Espera pacientemente que eu tire meus sapatos, meias, calça. Ele então tira a sua cueca e por Deus, o que é isso? Com muita relutância e vergonha retiro a minha cueca, mas continuo com a camisa.

- Você vai tomar banho de camisa? – Ele pergunta e eu balanço a cabeça afirmativamente. – Tudo bem, meu bem.

Ele segura na minha mão novamente e me leva até um dos chuveiros. Não há portas, apenas uma pequena parede divide um chuveiro do outro. Ele abre o chuveiro e água quente começa a cair em nós dois fazendo a minha camisa grudar em minha pele.

Raúl me olha como um predador minutos antes de dar o bote final e certeiro em sua presa. A água cai em seu rosto, mas nem isso o faz piscar. Ele respira pesadamente e apesar do seu corpo está totalmente desnudo, não consigo tirar meus olhos dos seus. É como se houvesse um magnetismo, um campo magnético, uma gravidade só nossa.

Antes que eu possa me dar conta, Raúl avança contra mim. A presa foi emboscada. A fera conseguiu captura-la. Ele me beija, me encurralando contra a parede. Sinto todo o seu corpo contra o meu. Sinto suas coxas encostadas à minha, seu membro encostado no meu, o seu tronco colado na minha camisa molhada, seus braços me apertando contra o seu corpo e a parede, minhas mãos passeiam por suas costas, sua bunda macia e firme. Na minha boca sua língua trabalha incansavelmente passeando por todos os espaços possíveis.

Seus lábios passam para o meu pescoço mordendo, beijando e chupando. Sinto seu membro ficando duro. Sinto que eu estou ficando duro.

- já chega, já chega, já chega. – Digo o empurrando para longe de mim. Seus olhos ardem em brasa. Agora nossas respirações estão altas e pesadas.

Raúl cola o seu corpo contra a parede. Posso ver cada centímetro da sua pele dourada, suas tatuagens, seu membro em riste, seus músculos contraindo lutando contra sua própria vontade, seu próprio desejo.

- Eu não vou te machucar, River, confia em mim. – O chuveiro continua aberto, a água continua caindo. Ele estende a mão para que eu agarre, para que eu me entregue.

Acordo. Um pouco antes de o meu despertador de fato tocar. Mais uma segunda-feira. Estou suado, meu cabelo está grudado na minha testa. Que merda de sonhos são esses que eu venho tendo? Então é isso que acontece quando um adolescente cheio de hormônios começa a namorar? Até mesmo os mais quietos.

Epa! Eu falei namorar? Você está namorando ninguém, pelo amor de Deus. Pelo menos não ainda, eu acho. No sábado, Marie e eu tivemos uma longa conversa no meio de uma longa seção de skin care e muito sorvete e muita pizza. Ela veio mais uma vez com a palestra sobre me permitir e etc. Mas nada fica muito claro para mim. Por que eu tinha que nascer tão confuso e inseguro?

Meu despertador toca e o desligo rapidamente. Não quero sair da cama. Quero me levantar apenas quando for adulto e tiver maturidade emocional o suficiente para tomar alguma atitude razoavelmente correta para a minha vida amorosa que não seria mais afetada pelo bullying.

loveGoode livro 1 | Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora