Lᴏᴠᴇ ɴᴏᴛᴇꜱ ➳ Sprσuѕєhαrt (EM REVISÃO)

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Lili Reinhart pov's

Cole fora embora hoje de manhã.
Sua mãe telefonou para ele sem parar, preocupada e querendo saber onde o mesmo passou a noite.
Eu disse a ele que podia dizer que dormiu aqui.
Mas a Sra. Ketlyn queria vê-lo pessoalmente. Ter certeza que ele não se machucou.

Cole nem mesmo quis tomar café da manhã, saiu em silêncio.
E isso reforçou meu pensamento de que o que ele falou ontem, foi apenas por estar bêbado.
Cheguei até mesmo a chorar um pouco depois que ele foi embora. Imaginar que algo o faça mal, me deixa desesperada.
E eu não posso fazer nada. A minha parte eu já fiz, que é pelo menos tentar o fazer mudar de idéia. Mas perece que não consegui.

Escutei uma movimentação na parte de baixo da casa e franzi meu cenho.
A risada da minha mãe ecoou até meu quarto e então eu soube que ela e Will já haviam chegado. Pensei que só voltariam amanhã. Mas tanto faz.

Já estava quase na hora do almoço, então resolvi descer, para quem sabe, comer algo com eles.

Parei na porta da sala, franzindo o cenho ao ver um garoto com mais ou menos a minha idade no sofá.

ㅡ Lili, querida. Esse é o Joey, filho da Margô, lembra dela? ㅡNego com a cabeça. ㅡ Ah, tudo bem, depois eu te apresento ela mais uma vez.

ㅡ Certo, mas o que ele faz aqui? ㅡPerguntei, sem soar grossa. Ou pelo menos acho que não soei.

ㅡ Ele e Cole vão fazer o ensaio juntos. Pelo menos é o que a agência quer. Sabe, dois adolescentes bonitos e paqueradores, que irão fazer as meninas se apaixonarem na marca. Mas primeiro temos que conversar com os dois. Por isso Joey está aqui.

ㅡ É um prazer te conhecer, Lili. ㅡEle vem até mim e sem nem mesmo pedir, pega minha mão e a beija. Faço uma careta, mas não me afasto. Não sou tão mal-educada.

ㅡ Oi, Joey.

ㅡ Lili, eu vou ajudar o Will a desfazer a sua mochila, e vou desfazer a minha também. É algo rápido, faz companhia ao Joey. A diarista já está aqui e preparando o almoço. Não demoro. ㅡCantou a última parte, enquanto subia as escadas.
Caminhei até o sofá e sentei ao lado do loiro.

ㅡ E aí, Joey... onde mora?

ㅡ Em Chelsea. Com a minha mãe e o meu pai. ㅡApoiei meu cotovelo no encosto do sofá e suspirei, sem saber o que falar com esse cara.
Ele usa colete social de lã e gel no cabelo. Não acho que temos muitas coisas em comum.

ㅡ Curte sair para festas? ㅡNem sei porquê perguntei isso se não vou chamá-lo para uma.

ㅡ Não muito... Prefiro ir jogar golfe com meu pai.

ㅡ Ah, entendo. Muita adrenalina, não é? ㅡTentei não soar zombeteira, mas não podia perder essa.

ㅡ Sim. Mas e você? Gosta sempre de ser sarcástica? ㅡAlfinetou.

ㅡ Não. Só às vezes, sabe? Com frequência nos domingos.

ㅡ Sei... ㅡJoey murmurou, aproximando-se. Franzi o cenho e tentei me afastar, mas me dei conta de que o braço do sofá não deixa, estava prestes a levantar quando uma voz grave e mal humorada fez Joey se afastar e eu firmei meus pés no chão, levantando do sofá e vendo Cole nos observar.

ㅡ Onde está sua mãe? ㅡQuestinou simplesmente, os braços cruzados e o rosto sério.
Merda de garoto difícil.

ㅡ Estou aqui, queridos. Já podemos conversar, mas antes vamos almoçar, não é? Você também, Cole.

ㅡ Desculpe, Sra. Louiza, mas não posso almoçar aqui. Podemos ir logo para a conversa? ㅡCole protestou.

ㅡ Por que não, querido? Sua presença é tão boa. ㅡMinha mãe insistiu, e eu apenas me concentrei nele. Nos sinais que seu corpo me dá.
Ombros tensos, punhos cerrados, maxilar tão trincado que posso ver os ossinhos, sem contar o olhar que mostra mais do que ele gostaria. Cole está irritado com algo.

ㅡ Não tenho tempo. Topei passar aqui porquê pensei que fosse algo rápido, mas preciso encontrar uma pessoa. ㅡArqueei minha sobrancelha, mordendo minha língua para não perguntar quem é essa pessoa.
Bufei e virei para frente, desviando meu olhar dele.

ㅡ Ah, então vamos pular logo para a conversa. Venham comigo. ㅡEles acompanharam minha mãe para o escritório da casa, me deixando sozinha ali.
E me fazendo pensar no que não deveria. Cole realmente vai encontrar alguém? E esse alguém é uma garota?
Ele já me trocou?

Suspirei exausta e fui ver se a diarista não precisa de ajuda.
Bem, espero que ela precise, pois será uma ajuda mútua já que necessito de algo para me distrair.

Cole Sprouse pov's

Quando pisei na sala e vi aquele cara quase em cima da Lili, meu corpo todo entrou em alerta.
Meu punho cerrou automaticamente, como se eu fosse um robô programado para socar o rosto do idiota.

Não iria encontrar ninguém, porra nenhuma.
Só não iria suportar passar muito tempo perto deles, e não estrangular o tal Joey.

Sra. Louiza explicou que iríamos trabalhar juntos, e isso me enfureceu, mas apenas aceitei. Vou conseguir uma grana preta com isso, e tudo vai para as economias que estou guardando para a minha mãe e o seu sonho de ter um restaurante.

Então, nem louco irei reclamar de algo. Sou capaz de suportar trabalhar com engomadinhos arrogantes como ele, pela felicidade da Dona Ketlyn.

Assinamos alguns papéis e eu fui embora, não sem antes perceber a forma como Joey ficou entusiasmado ao saber que os ensaios seriam aqui. Falou em alto e bom som: ㅡ "Uau. Isso é maravilhoso. A companhia da sua filha é ótima, Louiza."

Percebi a tensão na sala após essa frase.
Eu estava quase fumaçando de raiva, Sra. Louiza ficou sem graça pois claramente sabia do meu rolo com Lili e o babaca-mor Joey, estava gostando daquilo.

Nem me conhece e já quer provocar.

Lili não se encontrava mais na sala quando fui embora.
Pensei muito nas coisas de ontem para hoje. Pensei muito nela e no que me disse.

E porra, foi muito difícil. No final soube que ela sempre esteve certa.
Eu iria me afastar de toda essa merda que eu andei fazendo, acontece que... fiz uma grande burrada ao aceitar vender a porra dessas drogas.

Essa carga pesada de cocaína não caiu do céu nas mãos do Jhon, alguém mandou ele se encarregar de vender junto com seu grupinho, e normalmente esse alguém é perigoso e não brinca em serviço.

Nunca fui de me importar com essas coisas. Já joguei tanta merda no ventilador, isso vai ser apenas mais uma.

...