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Cᴏʟᴇ Sᴘʀᴏᴜsᴇ ᴘᴏᴠ's

Coloquei as luvas de couro e peguei o meu capacete.
Tentei passar despercebido por minha mãe, que está lendo alguma revista sobre culinária.

ㅡ Aonde vai, Cole? -Questionou, abaixando a revista e me encarando desconfiada.

ㅡ Eu vou conseguir dinheiro, mãe. -Ela levantou do sofá, já ficando nervosa.

ㅡ Cole, por favor. Eu já pedi para não fazer coisa errada. Nós não temos uma renda financeira tão boa mas você não precisa fazer coisas ilegais! Da última vez a Srta. Jillian quase te colocou atrás das grades! -Exasperou, caminhando até mim com seu lábio inferior trêmulo.

ㅡ Mãe... calma. Eu vou apenas ajudar um amigo a consertar sua moto. -Menti.

ㅡ Vestido assim? Com luvas e botas de couro?

ㅡ Ele mora longe. Apenas isso. Fique tranquila, prometo que não trarei problemas para a senhora.

ㅡ Sabe que eu não me refiro a isso. Você entende como dói ver um filho agindo dessa forma? Se auto-destruindo? Eu sinto o mesmo que você sente! Não me venha com essa de "não trarei problemas para a senhora". Eu não quero que você traga problemas para você! -Alertou angustiada.

ㅡ Eu entendi, mãe. Entendi. Vou ficar bem, ok? Te amo, qualquer coisa pode me ligar. -Beijei sua testa e caminhei até a porta.

ㅡ Eu também te amo. Tome cuidado. -Falou, quase sem voz, suspirei e fechei a porta atrás de mim.
Caminhei até minha moto e coloquei meu capacete.
Essa bela motocicleta era do meu pai, mas quando estava em sua posse, não passava de uma lata velha.
Quando ele morreu, deixou-a para mim, já que Dylan não sabe nem apertar a buzina.
Desde então eu cuido da mesma como cuido de mim. Isso mesmo, eu adoro essa moto.

Lɪʟɪ Rᴇɪɴʜᴀʀᴛ ᴘᴏᴠ's

ㅡ E então, o que me diz?... Vai, Lil. Só posso chamar você para vir comigo. Não posso nem sonhar em chamar as meninas. -A voz do Casey soou pidona do outro lado da linha.

ㅡ Casey, é um racha! Eu nunca fui para um racha antes. Saiba que se eu for presa, a culpa é exclusivamente sua! -Avisei, passando uma última camada de esmalte azul nas minhas unhas longas e bem cuidadas. Eu cuido de mim mesma. Se eu não fizer isso, quem vai fazer?

ㅡ Prometo que nada de ruim vai acontecer. Já acompanhei o Jhon outras vezes. A polícia nem sabe que essas coisas acontecem. Quer dizer... elas sabem, mas... você me entendeu! -Ele desistiu de tentar explicar. Ri suavemente.

ㅡ Ok. Eu vou. Tentarei achar alguma jaqueta de couro que deve estar enfurnada no meu guarda-roupa. -Ele riu sem humor do outro lado, enquanto eu gargalhei com vontade.

ㅡ Engraçadinha. Vai se arrumar logo, em quarenta minutos você aparece aqui na minha casa, certo?

ㅡ Sim, senhor capitão. Até daqui a pouco.

ㅡ Até, sweety! -A chamada foi encerrada e eu sorri.
Casey diz que eu pareço azeda, mas quem me conhece, sabe que eu sou um doce. Por isso esse apelido. Eu ri demais quando ele me falou isso.
...

A calça de couro preta casou bem com a regata bege.
Calcei um tênis branco e pronto, terminei.
Passei um batom vinho e um rímel, depois peguei meu celular e saí apressadamente para ir a casa do Casey.
Decidi ir a pé mesmo.

A casa dele fica em uma rua movimentada, crianças brincando e é bem perto de uma avenida.
Apertei a campainha e o próprio Casey atendeu.

ㅡ Jhon já está chegando, quer entrar... -Uma buzina o interrompeu. ㅡ Ele chegou. Vamos. -O moreno trancou a porta e nós caminhamos até o carro do outro lado da rua.

Lᴏᴠᴇ ɴᴏᴛᴇꜱ ➳ Sprσuѕєhαrt (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora