Porra, o que aconteceu? Ela está pálida
"Oque aconteceu? Quem está falando?" perguntei para a pessoa que estava na linha enquanto guiava Loren para sentar na cama, fiz sinal que ia pegar água pra ela e ela mal reagiu assentindo
"Jesper, tio dela, posso saber quem é você?" uma voz grossa e julgo que tenha língua presa respondeu enquanto eu ia até a cozinha
"Posso saber oque você disse pra Loren?" Revidei
"O pai dela morreu" ele disse
O que?!
Kennedy morreu?!
Mas porque de alguma forma não me senti como eu esperava? Não estou soltando fogos nem nada, talvez seja porque agora estou em outra situação
Kennedy mereceu, Oh se mereceu ele matou meu pai e isso foi o tipo de dor que eu nunca imaginei ser tão forte mas ai é que está: essa é a dor que Loren está experimentado agora e não gosto da ideia de vê-la machucada
"Alo?" o homem disse e eu desliguei
Corri ate o quarto e Loren estava deitada chorando de forma desesperada, sentei na cama ao seu lado afastando os cabelos de seu rosto e puxei seu corpo pra perto do meu, ela deitou a cabeça no meu peito e desabou em lágrimas, abracei ela e beijei o topo de sua cabeça, acariciava suas costas suavemente enquanto ela soluçava, preciso fazer algo preciso acalma-la
"Eu estou aqui e... Eu te amo" sussurrei antes que pudesse me parar, o que?! Eu a amo? Não amo! Amo? Agora minha cabeça está em órbita
"O que?!" ela ergueu a cabeça do meu peito, merda! Como vou retirar o que disse agora?
"Eu... Digo..." minhas palavras foram cortadas com duas mãos geladas segurando meu rosto e selando nossos lábios, senti um gosto salgado por conta das lágrimas mas seu beijo nunca consegue ser ruim, é sempre quente ao mesmo tempo que é doce, existe combinação mais perfeita? Tudo dentro de mim estremeceu e um sorriso rasgou meu rosto, então é isso?
Sou o caralho de um homem completamente apaixonado? Me sinto pateticamente feliz, dane-se eu a quero, ela consegue fazer surgir o melhor de mim, me faz querer ser melhor e estou gostando dessa sensação
P.O.V LOREN
Estou em uma montanha russa de emoções, não sei com o que lidar primeiro
Sabe aquela dor toda? Ainda está aqui, obvio que está, mas nesse momento por frações de segundo tudo a minha volta sumiu, se dissolveu
"Eu estou aqui e... Eu te amo" ele sussurrou e depois fez um som com a respiração como se ele tivesse feito essa revelação pra ele também e meu coração apesar de destroçado conseguiu pulsar mais rápido
"O que?!" tentei controlar minha voz, ele me ama?! E eu? O amo? Bom a única resposta para cada vez que o vejo sentir frio na barriga, minhas mãos suarem, meu corpo se acender com qualquer toque dele e o motivo de eu gostar ate de suas imperfeições é que sim, eu o amo
"Eu... Digo..." ele gaguejou e puxei seu rosto para mim, seus olhos estavam arregalados mas quando fechei o espaço entre nós seus músculos relaxaram e seus olhos fecharam aprofundando nosso beijo que parecia feito de morfina acalmando minha dor, me fazendo esquecer o mundo lá fora a cada toque dos seus lábios nos meus
"Meu pai... Preciso saber dele" me afastei sutilmente continuando com a cabeça em seu peito, as lágrimas continuavam à pairar nos meus olhos, a ficha ainda não caiu eu não consigo acreditar nisso, a morte nunca é esperada sempre achamos que não irá acontecer perto de nós mas no fundo sabemos que todos tem sua hora, o difícil é aceitar
"Certo" ele me entregou meu celular, me deu um beijo na testa e deitou de barriga pra cima na cama, fui para a beirada da cama e disquei o número de Jesper
Jesper disse que queria contar tudo pessoalmente e me entregar algo, implorei para saber como ele morreu mas ele não contou nada fazendo meus nervos ficarem a flor da pele e além de chorar de tristeza chorei de raiva por Jesper fazer esse mistério torturante, então Derek passou o endereço e meu "tio" disse que estaria aqui em dez minutos
"Continue sentada" Derek se levantou e foi ate o armário pegar uma maleta branca com uma cruz vermelha que olhei com curiosidade
"Confia em mim?" ele perguntou secando minhas lágrimas que eu tentava segurar mas ainda escorriam
"Sim" funguei
"Sério?" ele pareceu surpreso
"Sinto que sim"
"Ok..." ele tirou uma espécie de arame da maleta e fiquei apreensiva
"Deixe-me ver" ele passou a mão na minha testa "O bom é que foi um corte pequeno e já está estancado" ele colocou o arame de volta na maleta e soltei o ar que eu segurava fazendo ele dar uma pequena risada
"Vou apenas limpar certo?" ele tirou um fraco transparente com um liquido da mesma coloração e uma gaze, espirrou o liquido no corte que ardeu me fazendo encolher "desculpe" ele murmurou limpando com a gaze
"Obrigada" sorri fraco, já havia parado de chorar mas meu animo havia sumido "E a bala no seu ombro? Posso ver?"
"Certo" ele deu de ombros e tirou a camisa revelando seu peitoral e barriga definidos assim como os braços que já estavam expostos
"Oh meu Deus" me levantei e fiquei a sua frente vendo um buraco de tamanho pequeno aberto em seu ombro porem com quase nada de sangue e eu podia ver uma pequena parte de metal que tornava a imagem mais aterrorizante
"Vou tirar depois" ele sorriu
"Você?!" falei incrédula e a campainha tocou
"Sim, eu, e fica aqui" ele disse pegando sua arma de cima do criado mudo e colocando sua blusa de volta
Amo a forma como ele me protege e me cuida mas não suportaria ver ele se machucar de novo por minha causa, esse pensamento me levou ao meu pai, ele certamente morreu por minha causa, meu olhos começaram a se umedecer novamente, no final é tudo minha culpa por ter aceitado a companhia daquele Mike, me sinto terrível
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Bandit love
RandomDerek Becker faz parte de um grupo de assassinos de aluguel, foi lhe dado o trabalho de vingar a morte de seu pai e mostrar quem manda matando a filha de Kennedy Halford, um grande chefe de uma quadrilha rival, mas Loren Halford é uma garota muito e...