Capítulo 30

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Boa Leitura! 

Mas, bem no fundo, ainda existe aquela esperança boba.

Gian Lucas. 

Eric/Rei 

Eu estava pronto para sair desse inferno e nunca mais voltar, eu já estava a par de todo o plano e assim que saísse daqui teria que ajudar Olavo a tomar o CDD. Esses meses que passei trancafiado aqui foram o suficiente para lembrar o inferno que passei durante anos trancado por um crime que não tinha cometido. Agora eu cometi e estou aqui porque realmente fiz o que me acusaram, mas dessa vez não vou ficar aqui esperando minha sentença. Eu quero minha vida de volta, minha mulher, meus filhos e minha nova razão de viver que está na barriga da mulher que eu amo. 

-Ta tudo no esquema? - pergunta Alex se aproximando de mim. 

-Hoje a gente cai fora daqui pra nunca mais voltar. - dou uma tragada no meu cigarro.

-Não vejo a hora... Ainda não acredito como fomos parar aqui... 

-A maldita da minha mãe de sangue... Tá morta a praga. - olho pra ele. - Sabe que agora a gente vai ter que ficar na moita né? Perdemos quase tudo que tínhamos, sorte que eu sou precavido e tenho uma boa grana. 

-Somos! - ele ri. 

[...]

Duas e vite da tarde, vários carros de policia, homens armados levando três traficantes de alto escalão para o tribunal. Estávamos os três no mesmo camburão algemados, mas com um sorriso no rosto sabendo o que estava prestes a acontecer. Em nossa frente estavam três policias e um deles foi o que me pego. 

-Porque está com esse sorrisinho no rosto? Pensa que vai escapar dessa? Pois deixa eu te contar um segredo... - ele aproxima seu rosto do meu. - Não vai. - ele ri. - Vai passar o resto da sua vida miserável da cadeia e sabe o que vou fazer? Vou achar sua mulherzinha a advogada e vou dar um trato nela. 

-Até que é gostosinha ela. - fala o outro. 

-Posso te contar um segredinho? - pergunto. 

-Vou te dar essa colher de chá, manda! - responde. 

-Eu vou te matar. - ele fecha o sorriso na hora. - Eu vou estourar sua cabeça com três tiros e ninguém vai poder fazer nada pra te salvar. Eu posso estar algemado aqui, sem uma arma, mas eu continuo sendo o tão temido e poderoso Rei. Você tem família né? - ele arregala os olhos. - Eu mato eles se pensar em encostar suas mãos na minha mulher.

Ele não tem chance de falar, pois o camburão é atacado e sem pensar eu, Alex e Levi atacamos os três que estavam na parte de trás conosco. Do lado de fora já se pode ouvir tiros, carros derrapando e gritos. 

-ESTÃO TENTO RESGATAR O CHEFÃO, REFORÇOS MANDE REFORÇOS...

A porta do camburão é estourada e como prometi antes de sair dou três tiros do maldito que estava falando da minha mulher. 

-Porra! - grita Manga me abraçando. - Vamos embora. 

Eu pego minha metralhadora e atravesso nas costas, mas antes de chegarmos até os carros outra chuva de tiros começa a ser disparado e agora a essa altura estamos numa avenida que virou um campo de guerra. Não que aqui no Rio seja alguma novidade. 

De longe vejo meu pai metralhando um policial, tem muitas homens nossas e poucos deles, por hora, por isso nos apressamos em entrar nos carros. Assim que arrancamos sinto uma ardência no braço e vejo que levei um tiro de raspão. Porra! 

O Rei Do Seu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora