capítulo 5

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𝕼𝖚𝖆𝖙𝖔𝖗𝖟𝖊 𝖉𝖊 𝖏𝖚𝖓𝖍𝖔,𝖋𝖊𝖎𝖗𝖆

Ontem quando fui até sala de segurança rezei para que ninguém estivesse lá, e parece que realmente funcionou, não havia ninguém, que Deus me perdoe por isso mas, literalmente furtei a fita do final de semana. Eu não posso deixar que alguém veja aquilo.

Meu dia começou calmo e tranquilo, Noah chegou cedo mas não havia falado comigo, nem por um segundo e sequer me olhou. Apenas escutei uma discussão sua com alguém, que me  pareceu ser pelo celular pois ninguém havia saído de sua sala até o momento.

Eu saí para almoçar mais cedo com Sabina. Nós ficamos muito próximas recentemente e eu estava gostando disso.. durante o almoço ela me pediu para ir em uma festa de inauguração de uma boate perto do Hudson Yards.

Eu não estou com ânimo algum pra ir em nenhuma festa, eu só queria deitar e dormir um pouco. Mas Sabina me importunou tanto que decidi aceitar.

Voltei para a empresa após o almoço e ao chegar na recepção observei que Noah estava parado na frente da minha mesa. Seus olhos nebulosos se fixaram nos meus saltos e subiram de forma misteriosamente lenta pelo meu corpo chegando em meu rosto sem pressa alguma, aqueles olhos juniper fitaram os meus por breves segundos antes de desviá-los com desespero de mim.

Ele nunca me olha nos olhos, é tão grotesco, será que é tão difícil assim olhar nos olhos de alguém?

Noah: quero todos esses documentos terminados ainda hoje - seu tom de voz grave e rouco finalmente toca meus ouvidos e o vejo apontar para uma pilha de papeis e planilhas, logo após esse discurso rude, ele se vira e sai andando, marchando rumo a sua sala.

- O quê? Senhor... eu vou passar a noite inteira fazendo isso! - minha indignação é evidente no meu tom de voz.

Noah: Não me importa a hora que vai sair daqui esta noite, eu quero que termine isso hoje.

- Mas senhor.. - ele se vira para mim, fuzilando-me com aqueles olhos escurecidos demais para qualquer um saber que estava com raiva.

Noah: a senhorita por acaso tem algum problema de audição?

A raiva me consumia gradativamente e a minha vontade era de xingar e amaldiçoá-lo até a sua quinta geração, ele é tão arrogante e medíocre,  mas infelizmente, ele continua sendo o filho da puta do meu chefe e eu era obrigada a obedecê-lo, pelo bem da minha vida financeira.

- Não senhor, não tenho. - sigo de cabeça erguida até a minha mesa e me sento cruzando as pernas, espero até ouvir a porta se fechar e apoio meus cotovelos na mesa antes de enfiar meu rosto entre minhas mãos.

Que babaca imbecil!

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Horas já se passaram e eu permaneço no mesmo lugar. Pelo menos estou no último documento - finalmente - e estou quase acabando. Noah ainda não saiu da empresa e só resta nós dois.. de novo.

Isso já está me deixando irritada e principalmente sobrecarregada, todos os dias é ?a mesma história, ele continua me fazendo permanecer aqui até tarde, qual o problema dele? Já está passando dos limites. Não é meu horário de trabalho! Isso está virando escravidão, eu não vou receber por fazer hora extra.

Me levanto com aquela pilha de papéis e levo até a porta dele que estava destrancada, bato na porta e por incrível que pareça ele ainda decide não me responder. Entro na sala devagar e fecho a porta logo atrás de mim. A sala estava completamente escura, eu só conseguia ver a sombra de uma figura forte e bruta parada em frente a janela - que pouco iluminava aquela sala.

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⏰ Última atualização: Jan 24 ⏰

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𝑇ℎ𝑒 𝐵𝑜𝑠𝑠 𝑂𝑓 𝑇𝑟𝑖𝑒𝑣𝑒𝑟 ⁂ 𝑛𝑜𝑎𝑙𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora