Capítulo: 22 ➡ Eu me sinto inútil

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Carol Biazin POV

Minha cabeça estava doendo muito quando eu abri os meus olhos, uma luz forte quase me faz perder a visão, corri rapidamente os meus olhos pelo lugar após me acostumar com a claridade e me deparei com alguns aparelhos, alguns não, muitos aparelhos ligados ao meu corpo,  eu só podia estar num hospital, merda, o acidente, eu sofri uma porra de um acidente, eu me lembro de bater contra um caminhão, depois acho que apaguei e quer saber, essas merdas estão me incomodando.

Dayane  começou a puxar os fios dos aparelhos que se prendiam em seu corpo, mas falhou, estava muito fraca, então desistiu e ficou parada na cama com os olhos abertos esperando alguém ir até ali, estava com sede e fome.

Não muito tempo depois o doutor Thomas, médico que acompanhou o caso de Dayane desde que ela deu entrada no hospital, entrou no leito e assustou-se ao ver a mulher com os olhos abertos, rapidamente o médico se aproximu da Dayane e falou.

- Dayane, meu Deus, eu..... Você não sabe como eu estou feliz, você saiu do estado de coma, Deus ouviu as minhas preces. – O médico disse com um grande sorriso no rosto.

– Eu vou te fazer umas perguntas ok, em seguida vou avisar para a sua família e volto para te examinar, tudo bem?? – Pergunta e Dayane balança a cabeça Como você se chama?? –Pergunta o médico.

- Dayane Lins . – Dayane responde com a voz em um tom baixo.

- Que dia nasceu??

- 22 de junho de 1997.

- Quantos anos você tem??

- Se eu sei contar direito, eu tenho vinte e cinco anos. –  respondeu.
(Auto: Idade foi eu que coloquei pra ela se mais velha que a mani ok).

- Você é casada??

- Não, mas vou reconquistar a minha ex-mulher. – Agora sorria.

- Tem filhos??

- Sim, tenho um menininho lindo, o nome dele é Liam, e a mãe dele se chama Carol , ela é o amor da minha vida doutor.

- Essa menina parece gostar muito de você, eu vou deixar você descansar um pouco, vou avisar a sua família que você acordou e preparar um quarto para você ficar, e continuar com os exames, preciso saber se você ficou com alguma sequela do acidente. – Disse o médico e Dayane assustou-se.

Depois que o médico...

A deixou, não demorou muito e três enfermeiros foram até o leito da UTI em que Dayane estava, a tiraram dos aparelhos, deixando apenas o balão de oxigênio para auxilia-la na respiração e a levaram para o quarto.

Depois de alimentada o médico voltou para examinar Dayane, começou pela cabeça e foi descendo, mexeu nos braços, mas quando chegou nas pernas a coisa mudou.

- Dayane, você está sentindo o meu toque?? – Perguntou o médico.

- Que toque?? O que está fazendo?? – Dayane estava deitada na cama e não via direito o que o médico estava fazendo.

- Eu estou mexendo nas suas pernas Dayane, não consegue sentir, eu estou apertando os seus pés. – O médico disse já com o semblante preocupado.

- Não, eu não consigo sentir, doutor eu não sinto nada, NÃO SINTO NADA! – Dayane se desesperou e seus olhos lagrimaram.

- Se acalma por favor, calma, olha o seu acidente era quase uma certeza que deixaria sequelas, sinto muito Dayane, mas você está temporariamente paralitica. – Disse o médico e Dayane começou a chorar compulsivamente.

- EU NÃO POSSO FICAR SEM ANDAR DOUTOR, NÃO POSSO, DIZ QUE ISSO É UM PESADELO POR FAVOR, DIZ QUE EU VOU PODER ME LEVANTAR DESSA CAMA E ANDAR NORMALMENTE. – Dayane não podia se alterar, então o médico aplicou uma doze minúscula de calmante em seu soro, não iria dopa-la, apenas a deixaria mais relaxada.

- Pode ser que seja temporário Dayane, logo você começará uma fisioterapia.

- Chama a minha mãe e o meu pai por favor.

O médico assentiu e saiu do quarto deixando Dayane chorando, ao chegar na sala de espera explicou todo o quadro e o estado da mesma, alegando a paralisia, o que desesperou a família Lins  e a família kordei, além de Vic e Cella.

- Isso será para sempre doutor, minha menina não poderá nunca mais andar?? – Fernando perguntava desamparado.

- Não sabemos ainda senhor Lins, mas creio eu que não, vou encaminha-la para a fisioterapia na semana que vem, quanto antes começarmos melhor é, e ai vamos ter uma resposta definitiva.

- Eu quero ver a minha Dayane, onde ela está?? – Carol pergunta chorando.

- Só hoje eu vou liberar a entrada de todos vocês, mas só hoje, ela está fraca e em choque com a noticia, podem ir o quarto dela é no segundo andar, numero noventa e três.

O médico mal disse e Carol já saiu as pressas rumo ao quarto onde Dayane estava, quando o achou respirou fundo tentando engolir o choro e abriu a porta, ali encontrou a moren chorando baixinho.

- Meu Deus, Dayane, eu.... Eu eu estou tão feliz por você ter acordado. - disse e se encaixou nos braços de Dayane.

- Eu ainda vou dar muito trabalho Carol , não posso morrer e deixar você de mãos beijadas para aquele projeto de homem, e muito menos deixar outro alguém criar o nosso filho, eu estou aqui e agora é de vez. – Day dizia ainda chorando. – Carol , eu... Eu estou aleijada, eu não posso mais andar.

Logo o resto do pessoal entrou no quarto, Diana e Fernando correram para abraçar a filha assim se entregaram o choro junto com a mesma.

- Hoje é o dia mais feliz das nossas vidas Dayane, eu estou explodindo de felicidade minha filha, eu orei muito para Deus não tirar você de mim. – Disse Diana abraçada com a filha.

- Eu não posso mais andar mãe, eu... Eu sou uma inútil, eu não vou mais poder brincar de correr com o meu filho, eu.... Eu vou passar o resto da minha vida em uma cadeira de rodas.

- Dayane escuta, o médico disse que isso é temporário e que na semana que vem você irá começar a fazer a fisioterapia. – Disse Enrique.

Depois de algumas horas ali os familiares saíram do quarto deixando apenas Carol  e Dayane, a mesma estava quase dormindo enquanto normani acarinhava seu rosto, uma enfermeira deu banho em Dayane e lhe trouxe o jantar.

- Carol , eu queria saber se você vai virar as costas pra mim, tipo, me rejeitar agora que eu não posso mais andar?? – Dayane falava baixinho.

- Eu jamais te abandonaria em uma situação dessas. – Carol  disse.

- Eu estou me sentindo um nada Carol . – disse com os olhos fechados.

– Carol , você se importa se eu cochilar um pouco?? Minha cabeça ainda dói.

- Durma tranquila, quando você acordar eu estarei aqui do seu lado. – Carol  disse e beijou o rosto de Dayane.

DAYROL •DIVIDIDA• ᵍⁱᵖOnde histórias criam vida. Descubra agora