Capítulo 18

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Sabe quando você olha a sua volta e percebe que o chão não está mais ali??.. É, eu realmente estava sem chão.
Hoje é um dos piores dias da minha vida, aonde eu vejo tudo desmoronar encima da minha cabeça e eu não consigo fazer nada, eu não pude fazer absolutamente nada pra tirar ele daquela situação.
E sabe o que é pior?! É que provavelmente a maior ou até mesmo a única culpada por isso tudo sou eu mesma...

Pego o celular do Pietro que eu trouxe comigo e mando mensagem para a família dele, em seguida posto um comunicado sobre a situação dele no status para que todos amigos e pessoas próximas à ele saibam.

Vago pelo corredor daquele enorme hospital completamente sem forças, perdida em meus pensamentos e meus medos. Estou  a quase 5 horas sem notícias do Pietro,  levaram ele para o centro cirúrgico e até agora nada. Depois de tanto me martilizar vou até a recepção ver se a moça me dá alguma notícia dele.

Franciele- Oi! Você pode por favor me informar sobre o quadro de saúde do paciente Pietro Ávila Vilela?!

Recepcionista- Claro!_ ela digita algo no computador e em seguida me olha com um sorriso no rosto_ O estado do mesmo é estável. Já saiu do centro  cirúrgico e foi levado para o quarto.

Franciele- Eu posso ver ele?

Recepcionista- Ainda não.. Ele está sobre efeito de anestesia e dormindo até o momento.

Franciele- Obrigada! Vou ficar aqui e esperar ele acordar_ ela sorriu gentilmente e eu me sentei em uma  daquelas cadeiras nada confortável da recepção.

Depois de passar uma eternidade tomando chá de cadeira resolvo sair para tomar um ar do lado de fora do hospital.
Encaro esse grande céu azul e me pego pensando em um turbilhão de coisas. Hoje a minha vida se resume em medos e incertezas, te garanto que esses dois sentimentos são um dos piores que se pode sentir. O medo nos deixa acuado, sem coragem e com um vazio enorme no peito, já a incerteza nos causa dúvidas e angústias.
A única certeza que eu tenho é de que o Pietro vai sair dessa, porém o meu medo e a minha incerteza é com o que vem depois disso, pois ficou claro que quem machucou o Pietro foi lá exclusivamente pra isso e eu temo que essa pessoa possa voltar a qualquer momento.

Volto para dentro do hospital e me sento novamente, levo a minha atenção a um moço que acabou de chegar e conversa com a moça da recepção.

Franciele- Oi vi que você perguntou pelo Pietro? Eu sou a Franciele, amiga dele..

xxx- Oi.. Prazer! eu sou o Lucca. Eu e o Pietro temos um.._ ele fez gesto com as mãos demostrando dúvidas.

Franciele- Há sim.. Então você é o famoso senhor p.._ aíaí, a minha boca é a minha pior inimiga.

Lucca- O famoso o que??_ pergunta confuso.

Franciele- Nada.. O Piê fala muito bem de você. Vem, senta aqui_ ele se senta do meu lado e começamos a conversar sobre ele e o Pietro.

Ficamos um longo tempo conversando sobre tudo e mais um pouco. O Lucca é simplesmente encantador, ele tem um sorriso e um coração lindo, combina super com o Pietro.
Procurei o médico que realizou a cirurgia do Pietro para saber da real situação dele, o doutor nos informou que o mesmo foi atingido por um único tiro e que a bala se alojou no seu estômago e por ser em um local muito delicado foram necessárias várias horas de cirurgia.
Logo mais a Beatriz chegou e se juntou a nós naquela tédiosa espera na recepção. Dó da minha bixinha, além de ter passado nervoso ainda tem que suportar toda essa demora e desconforto. Ela e o Lucca se deram super bem, eles conversaram bastante e até esqueceram um pouco de mim. Eu acabei me escorando na parede e cochilando um pouquinho, mas logo fui acordada com o Lucca me sacudindo.

PRISIONEIRA DE UM POLICIAL (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora