Aviso de gatilho: agressão, homofobia.
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Mansão Kim; Distrito de Gangnam, Seul - 19h32, 20/02/2021
- Kim Seokjin! Se você sair por essa porta, não se atreva a voltar nunca mais! - gritou o homem se apoiando na parede - Você está me ouvindo? Ao cruzar essa porta, você não é mais meu filho!
Seokjin se virou para olhar seu pai e estava disposto a continuar a discussão, mas quando percebeu as lágrimas grossas descendo pelo rosto de sua mãe, seu coração apertou e começou a andar na direção da mulher, o que deixou seu pai com a esperança de que ele desistiria daquela estúpida de sair de casa.
A senhora Kim pensou o mesmo que o marido e seus olhos se iluminaram, mas quando seu filho a abraçou e sussurrou um fraco "eu te amo, mãe" em seu ouvido, ela percebeu ser uma despedida.
- Por favor, não faz isso, eu vou falar com seu pai e vai ficar tudo bem! - disse segurando os braços de seu filho com força - Só fica comigo, tá bom? Eu vou te preparar um chazinho e o bolinho que você ama, espera só um pouquinho. - continuou, abaixando as mãos para agarrar as de Jin e beijá-las - Eu também te amo, meu filho. Não vai embora, por favor. - sussurrou caindo no chão de joelhos, já que por estar segurando seu filho com tanta força para impedi-lo der ir, não sobrava quase nenhuma para manter-se em pé.
- Isso é ridículo. Olha o que você está fazendo com sua mãe! - O senhor Kim se apressou em abaixar-se na altura da esposa e abraçá-la de lado, enquanto a mesma implorava baixinho, segurando as mãos de seu filho, para o mesmo não ir embora.
Seokjin se abaixou e deu um beijo na testa de sua mãe e outro na testa de seu pai, para em seguida desvencilhar-se do toque da mulher e, sem dizer nenhuma outra palavra, foi em direção à porta da mansão sem olhar para trás.
[...]
Casa dos Kim; Distrito de Yongsan, Seul - 22h17, 25/02/2021
- Kim Namjoon, seu desgraçado! - no momento que essas palavras foram proferidas, a garrafa que havia sido arremessada em sua direção, quebrou com vários pedaços na parede ao seu lado.
Namjoon, que acabara de voltar de seu trabalho de meio período, assim que fechou a porta, a primeira coisa de recebeu foi uma garrafa sendo lancada em sua direção e ao percebê-la se jogou para o lado, o que fez trombar com o armário de sapatos da entrada e cair no chão com o impacto e com o susto.
- Joon, por favor, diz onde você colocou? - a mãe de Namjoon correu para o seu lado e se abaixou a sua altura, cortando os pés com os pedacinhos de vidro espalhados pelo caminho, mas ela não se incomodou com isso, proteger seu filho de mais um acesso de raiva de seu marido era sua prioridade.
Namjoon olhou para sua mãe que estava chorando e coberta com marcas roxas, olhando desesperada para si, implorando por algo que ele nem sequer sabia que se tratava. Vendo a pessoa que mais amava o mundo naquele estado por aparentemente sua culpa, simplesmente ele não conseguiu mais aguentar e começou a chorar.
Chorar por sua mãe, por si mesmo, pela situação que acontecia quase que rotineiramente, por não aguentar mais ser feito de saco de pancada.
- E-eu n-não sei, eu não m-mexi em nada - respondeu abaixando a cabeça e segurou mais forte em sua mãe buscando proteção, pois ele sabia que aquilo só acabaria com ele sangrando.
Seu padrasto ao ouvir aquilo, só ficou mais irritado e foi em sua direção, empurrando sua esposa para o lado que caiu no chão e erguendo Namjoon pela gola de sua camiseta.
- Para de chorar, virou mulherzinha agora? - questionou balançando o garoto com violência, vendo que suas palavras e o medo de apanhar fez as lagrimas dele descer com mais intensidade, resolveu ignorar isso e perguntar o que realmente importava - Você vai me falar agora onde colocou meu dinheiro ou você pagar muito caro por isso. - ameaçou jogando-o no chão novamente e limpando suas mãos em sua camisa.
Namjoon se encheu de coragem por um momento e levantou do chão, apertando os punhos e erguendo a cabeça para manter contato visual, rebatendo em seguida - Eu não p-peguei nada, talvez você tenha gastado tudo em b-bebidas. - embora tenha gaguejado um pouco e ainda lagrimas estejam escorrendo por seu rosto, ele se sentiu orgulhoso por responder e não abaixado a cabeça como sempre, porém se arrependeu no mesmo instante ao ver a reação do homem em sua frente.
Namkyu que estava no chão, paralisada de medo no momento que Hajun a empurrou, ao ver seu filho enfrentando seu marido, seu coração se apertou e um gritou desesperado veio do fundo de sua garganta, sabendo como aquilo terminaria - Hajun, por favor...- implorou se arrastando para perto deles, pois devido aos vidros em seus pés e o machucados recentes a deixavam incapaz de se manter em pé.
Hajun a ignorou e desferiu um soco em Namjoon - Ah, agora você pensa que pode me enfrentar, seu viadinho do caralho? - Outro soco - Se eu digo que você pegou meu dinheiro - Mais um soco - Então você pegou, entendeu? - Namjoon foi jogado no chão com brutalidade - Parece que você esqueceu quem manda aqui, né? - Um chute da barriga - Então vamos relembrar. - Hajun começou a arrastar seu enteado pelo cabelo, jogando no primeiro comodo que encontrou e fechando a porta em um baque, logo em seguida a trancando.
Namkyu apenas ficou no chão chorando inconsolavelmente e desesperadamente por seu filho, se sentindo impotente por não poder defender Namjoon e por não ter força suficiente para lutar contra seu agressor.
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Enfim, esse foi o primeiro capítulo. Um pouco pesado, né?
Comentem o que vocês gostaram ou que não gostaram e o que supõem que vai acontecer daqui em diante.
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Até o próximo!
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Hidden Island
Romansa[Jikook] ⋆ [Namjin] ⋆ [Taegi] Romance | drama | tentativa de comédia • essa obra é recomendada para maiores de 15 anos, devido à temática sensível que envolve a trama dos personagens, podendo ser um gatilho para o leitor. Hidden Island é uma histó...