– Chegamos! – Escutei a porta batendo e os dois entrando. Namjoon provavelmente estava pendurando os casacos no gancho de entrada. Ouvia tudo da cozinha enquanto terminava de lavar a louça e iniciava os preparativos do almoço. – Trouxemos o almoço ! Vou me trocar e ponho a mesa para almoçarmos. – Ele falou mais uma vez. Sorri e sequei minhas mãos. Antes de virar-me senti uma mãozinha batendo em minha perna. Olhei e era Yeonjun. Filho único de meu marido. O pequeno estava quase fazendo 4 anos e quando o conheci era apenas um bebê de 2 e meio. Sua mãe havia falecido quando conheci Namjoon. O mesmo se dividia entre trabalhar e cuidar do pequeno, fazia de tudo para que não sentisse a falta de Seoyong.
– Oi meu pequeno! Como foi na escola? – Ele pediu que eu o seguisse e sentou no sofá mostrando um cartão. Hoje fora o último dia letivo e Namjoon foi à reunião de pais e mestres. Yeonjun me entregou o cartão e olhou para o pai que agora estava encostado na porta do quarto nos observando.
– A minha mãe virou uma estrelinha no céu? – Ele perguntou antes que eu abrisse o cartão. Eu confirmei e acariciei seus cabelos. Meu relacionamento com Yeonjun era o melhor possível. Eu fazia questão de deixar as fotos de sua mãe espalhadas pela casa para que ele se lembrasse sempre dela mas nunca neguei amor ao pequeno e sempre tentei estar sempre presente. – Já que a minha mamãe virou uma estrelinha no céu, eu pensei que você podia ser a minha mamãe aqui na terra. Você quer ser a minha mamãe? – Meu corpo inteiro ficou tenso. Eu olhei imediatamente para o pai de Yeonjun que sorria e confirmava a fala do garoto. Com os olhos lacrimejando abri o cartão. Era um desenho feito para o dia das mães, esteve guardado na escola durante todo esse tempo. No desenho haviam estrelas no céu e uma delas em especial brilhava mais. Yeonjun sinalizou que era sua mãe. Abaixo das estrelas estávamos eu ele e Namjoon de mãos dadas e uma seta indicava "Papai", "Yeonjun" e "Mamãe que cuida de mim". Não pude conter a emoção. Sempre tive um sentimento inexplicável por aquele menino, mas me contive em respeito à memória de sua mãe. Eu não conseguia responder a sua pergunta e estava estática olhando o desenho. – Eu não quero mais te chamar de Tia. Eu quero que você seja a minha mamãe! Você não quer? – Eu despertei de meu pequeno transe e o abracei, deixei escapar todo meu choro e minha emoção em ouvir tais palavras do pequenino do qual eu ajudo a criar.
– É claro que eu quero ser a sua mãe meu amor! – Beijei sua testa enquanto o tinha deitado em meus braços. Ele me abraçava. Apertava minha roupa com as mãozinhas pequeninas e cheinhas.
– Eu amo você mamãe! – Ele disse me enchendo de uma alegria que eu jamais pensei em sentir.
– E a mamãe ama você muito mais, meu pequeno! – Fechei os olhos enquanto o abraçava. O apertava em meus braços pra que ele nunca mais pudesse sair dali. Remexi-me quando senti o espaço ao meu lado no sofá preenchido.
– E eu amo vocês dois! – Namjoon nos abraçou, completando nosso montinho. O sentimento que preenchia meu coração era algo que eu não podia explicar. Yeonjun não saiu de dentro de mim. Mas dentro de meu coração ele tinha um espaço somente dele, que foi conquistado com muitos sorrisos e abraços ao longo de nossa convivência. E agora mais do que nunca eu estaria ali para o meu pequeno, agradecendo a oportunidade de me permitir sentir a maternidade, mesmo que de uma forma diferente. Olhei para o meu marido que selou meus lábios e sussurrou que me amava. Eu realmente não podia querer mais.
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Sempre Aqui
RomansaLee Nayeong ganha a oportunidade de experimentar a maternidade, mas de uma forma diferente e inusitada. Assim como Kim Namjoon e seu filho, Kim Yeonjun, ganham uma nova chance para o amor. "As vezes eu sonho com ela mamãe. Ela está bonita e cheirosa...