Capítulo 15

1.5K 161 500
                                    

Draco ficou com o papel, pegou na mão de Harry e dirigiu-se de volta à escola.

Harry disse que podia esperar por ele em casa, mas Draco obviamente não deixou.

Sabia que provavelmente Lucios não os vigiava, era mais provável que alguém contratado estivesse a fazê-lo. E deixar Harry sozinho deixou de ser uma opção.

Não queria que Harry se magoa-se.
Lucios era capaz de fazer qualquer coisa para que Draco sofresse. Nem que fosse preciso magoar quem ele ama-se na sua frente.

E ele decidiu. Assim que tivesse provas válidas iria finalmente à polícia.

Chegaram à escola e Draco foi até a sala de Snape que ainda lá estava

Harry ficou à espera à porta da sala.

- Ora, ora... O que o menino faz a estas horas aqui?- perguntou Snape assim que viu Draco entrar.

- O senhor! O senhor contactou com o meu pai! Contou-lhe tudo!- exclamou Draco com uma enorme irritação na voz.

- Lamento informar, mas não faço ideia do que estás a falar.

- Claro que faz! O professor era o único que sabia de tudo.- disse Draco dando o papel a Snape

Snape olhou atentamente para o papel. Tinha uma expressão séria e analisava o pedaço branco com muito cuidado

- Posso saber, mas posso garantir que não contei nada a ninguém, nem ao teu pai. Acredites ou não, não faço questão de fazer com que voltes para casa.

- Então, se não fui o senhor, quem acha que foi?- perguntou Draco ainda um pouco desconfiado

- Como é que queres que eu saiba?- perguntou Snape- Não falo com o teu pai à anos, mas posso garantir que alguém contratado por ele deve estar a vigiá-lo.

- Certo...- disse Draco que suspirou- Tenho de descobrir quem é...

Snape suspirou também

- Ouve, eu peço que tenhas muito cuidado. Eu sei do que o teu pai é capaz.- disse Snape num murmúrio

- Então, o senhor sabe...- começou Draco a perguntar

- Das agressões?... Sei, sei sim. E lamento muito nunca ter feito nada- lamentou Snape

- Porque lamenta? Não era a sua obrigação fazer nada- disse Draco quase num sussurro

- Tinha sim... Sabes, eu e o teu pai conhecemo-nos desde jovens, e ele desde de sempre que gostava de bater em alguém e intimidar. Era idiota, mas eu não tinha força o suficiente para o enfrentar. Mais tarde ele casou-se e teve te. E era da minha obrigação pois, quando nasceste os teus pais pediram-me para ser teu padrinho. Então, eu não sou só teu Professor.

Draco não disse nada. Estava a processar a grande informação que acabara de receber.
Tinha um padrinho.

- Eu soube que ele te batia, quando tinha uns 5 anos. Tinhas o olho negro e o Lucios disse me que tinhas caído. Mas eu não acreditei. Tu estavas tão assustado que soube logo o que tinha acontecido.
Mas fui covarde. Saí da cidade e acabámos por não nos voltar a ver.
Peço desculpa por não ter feito nada para ajudar.

- Tudo bem... Eu também nunca fui forte o suficiente para falar com alguém ou fugir mais cedo.- confessou Draco

- Promete me que tens cuidado. Tu e o Sr.Potter.

Draco suspirou fundo

- Parece que a minha vida virou um filme ou um livro. Céus!- exclamou Draco

Duas almas quebradas (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora