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Marcinha entra no consultório da psicóloga Meury que tinha um letreiro bem escrito numa placa metálica.

—Bom dia Marcinha , sua mãe me contou por cima o seu caso mas vamos esquecer essa parte , começaremos do início de tudo. — A psicóloga pega seu caderno de anotações.

Marcinha se senta no divã , por ela isso tudo era uma perda de tempo nunca imaginou precisa fazer terapia só porque queria saber cada passo que seu ex namorado Felipe dava no caso virou ex devido seu gosto de saber os passos dele onde ia, teve uma vez que ela ligou para ele de manhã cedo pedindo para ele bater uma foto do quarto só para constar que ele estava sozinho o nível de confiança dela ia da escala zero só chegava a nove quando estavam próximos e dez se não tivesse nenhuma garota por perto.

—Doutora eu nem devia estar aqui só vim por insistência de meus pais eles não vêem que eu amo com intensidade. — Marcinha suspira frustada.

—Pode me chamar de Meury, Marcinha você ainda está com seu namorado ?

—Nada , ele me deixou disse que precisava de um tempo mas esse negócio de tempo é só uma desculpa esfarrapada pra ele me trair.

A psicóloga riu por dentro.

—Como assim Marcinha , se vocês terminaram não existe traição não tem lógica isso.

—Mas eu amo ele nunca lhe trairia.

—Eu sei mas se tu fica com outro garoto não vai ser traição.

—Claro que não. — Marcinha olha para os livros da estante.

—Você se sentiria como se o Felipe não quisesse voltar mais.

—Meury não fale isso nem por um decreto acho que morreria.

—Não se morre por amor.

—Doutora você não tá me ajudando falando isso se sua intenção foi essa passou foi longe.

—Me chame de Meury querida.

—Eu vou lhe chamar de doutora quando estiver estressada e eu vou embora essa terapia está tirando as forças de lutar pelo Felipe.

—Ainda falta meia hora Marcinha e se você sair a consulta vai ser paga por uma hora fique ciente.

—Eu estou ciente que o Felipe ainda vai ser meu e tchau.

Marcinha saiu do consultório aborrecida com vontade de não aparecer mais naquele lugar mas seus pais não deixariam ela fazer isso tinha apenas 16 anos.
Ela entra no ônibus coletivo e passa em frente a Praia de Ipanema da janela via o povo no final da tarde jogando vôlei e os velhinhos fazendo caminhada ela queria estar com o Felipe mas seu ciúme exagerado tinha minado seu relacionamento.

Vem a noite , Bianca vai para a aula de sapateado ainda faltava dez minutos para começar a aula , Rafael estudava um livro sentado no chão ela se aproximou dele que estava concentrado , ele notou que ela queria dizer algo.

—Fala Bianca o que tens a dizer ?

Bianca riu.

—Tá tão na cara assim que quero dizer algo.

—Seu silêncio está mais expresso do que se tu me dissesse.

—Quero saber o que a gente tá tendo ? — Ela suspira e toca no braço dele.

—Bianca eu prefiro que a gente tenha só um lance não estou preparado pra relacionamento no momento mas se você não quiser eu vou entender sua vontade.

—Relaxa Rafael eu sou moderna agora só não vai me contar de seus outros casos por favor.

—Tá certo devíamos marcar um cinema pra qualquer dia o que acha ? — Rafael sorri.

Que brisa foi essaOnde histórias criam vida. Descubra agora