-Assombrar pessoas não faz o menor sentido, como podem se satisfazer vendo os olhos arregalados, os arrepios e o sentimento de medo que causam a elas? - Questionava Patrick - Isso é doentio, apenas loucos fazem isso.- Talvez nem todos sejam loucos - Falou Azra - só estão nesse plano tempo suficiente para se entediarem, isso já é o suficiente para enlouquecer qualquer um.
Enquanto passavam por alguns vivos notaram que só ao ficar perto de um eles já tremem de medo, embora não possam vê-los, os vivos os sentem, muitos preferem não acreditar na existência de fantasmas mas acreditam em um Deus.
Azra, com um pequeno sorriso nascendo na lateral da boca, se aproximou dos vivos, os viu tremer ainda mais de frio, então parou e voltou aonde estava seu amigo.
Azra não tinha uma aparência muito velha, ela deveria ter de 20 a 27 anos quando morreu, sempre usa um moletom verde estampado com um alien na frente, tinha uma mecha do cabelo pintada de verde, por sinal uma cor muito bonita, acho que provavelmente era sua cor favorita, sempre era vista com um cachecol azul claro, usava também uma calça jeans azul claro junto com um all star amarelo.
- Às vezes você me faz tremer até eu com esse seu olhar estranho - Falou Patrick.
- Pode me chamar de assustadora mas não pode negar que eu tenho estilo cara - Respondeu Azra um pouco orgulhosa.
- Exibida - Falou Patrick dando em seguida uma risada.
Então voltaram a caminhar, um, dois, três, apertaram mais o passo.
- Estamos atrasados - Falou Patrick.
- Não acho que eles vão se importar MT com a hora - Falou Azra.
Um, dois, três, apertaram o passo mais uma vez.
Chegaram em uma ponte que atravessava um rio quase congelado graças ao inverno e o frio da noite.
Continuaram com o mesmo passo rápido, Azra cantava uma pequena melodia enquanto caminhava, Patrick porém observava o rio, a placas de aço na ponte, as pedras próximas ao rio, e a floresta gigante escondendo mil segredos.
Após passarem da ponte então andaram mais alguns minutos até chegarem a um cemitério, na grande placa acima da entrada do cemitério estava escrito com palavras quase que desgastadas pelo tempo "Cemitério Green Gold", o portão da entrada junto com os muros tinham ambos um estilo meio gótico meio dark academia.
Os dois fantasmas que no momento observavam as letras escritas na placa acima da entrada então se olharam, meio apreensivos, mas logo adentraram o cemitério afinal, de que eles teriam medo? Eles já estão mortos.
𝙵𝚒𝚖 𝚍𝚘 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘
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𝐁𝐨𝐫𝐛𝐨𝐥𝐞𝐭𝐚𝐬, 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚𝐬 𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐚𝐬𝐬𝐨́𝐢𝐬
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