Na manhã seguinte, todos sorriam e falavam alegremente.
Ninguém sabia do ocorrido na noite anterior, ninguém se lembraria de alguma coisa.— Vamos buscar os presentes nas meias!
Judi sorriu para os netos em forma de confirmação para buscarem as meias na lareira.
Todos correram, menos Ana e Luiz, que com passos lentos se entreolhavam. Não fora um sonho, ambos sabiam.
Na meia de Ana, a boneca que tanto desejara durante todo ano estava impecavelmente embrulhada. A menina não pôde conter um sorriso.
Quando Luiz pegou sua meia, um arrepio tomou conta de seu corpo.— Abra — sussurrou a irmã.
Então ele abriu, e pequenos pedaços de carvão se chocaram com o movimento. Ele sabia o que eram aqueles carvões.
Ossos de crianças.
Entre eles havia um pequenino pedaço de papel branco manchado de preto.— Tudo bem, querido, tem presentes em baixo da árvore. Pelo ao menos Père não veio ao seu encontro.
Judi sorriu e piscou para o menino que esforçou para sorrir de volta.
Pegou o pedaço de papel e o abriu lentamente, olhando a caligrafia feia e escrita com má vontade:"No próximo ano, ela não irá te salvar"
Não era apenas um sonho, não era uma história, Père, a Sombra do Noel, era real.
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A sombra do Noel
Short StorySeja bonzinho e ganhe presentes. Seja mau e tenha seus ossos transformados em carvão. 🏅Destaque em Contos no mês de Novembro de 2021 🥇1º lugar no Concurso de Contos BN 🥇1º lugar no concurso A Seleção 🥈2º lugar no concurso Golden Butterfly 🥈2º...