Se Hana falasse que não sabia o que era amor estaria mentindo, mas se falasse que sabia o que era amar também estaria mentindo. Amor e amar são coisas diferente, que passam desapercebidamente por nossa vida conturbada, e não foi diferente com Hana e...
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— Eu não sabia que tínhamos que ter alguma faculdade para ser estagiário — Murmurei para Jungkook que riu.
— Isso é quase uma obrigação — ouvi seu gargalhar através da linha de ligação. — Mas não são em todos os lugares... aonde você foi.
— Ah, eu fui na Samsung, na Park 's Tech, New World..
— Hanie se bebeu antes de sair ? — Questionou indignado — Você quer um serviço básico e vai nas empresas reconhecidas mundialmente ? Já pensou em uma cafeteria, uma lojinha no shopping.
— Lojinha do shopping ? E eu tenho cara de vendedora agora ? — olhei incrédula para frente, e desviei de uma criança.
— E depois diz que não tem problema em trabalhar — consigo imaginar ele balançar a cabeça de um lado para o outro — Hanie, a partir do momento em que você se sujeita a trabalhar enquanto estuda, não tem essa de 'tenho cara'.
— Aish.. vou passar em alguma cafeteria por aqui então.
∘Pov's Ra-ra∘
Eu estava entediada, aquela reunião era entediante, depois teria mais outra, depois papeladas, e por fim minha faculdade.. Eu estava viajando em meu mundinho, que até meus dedos se transformaram em personagens.
— Senhorita Kim, você irá investir nisso ? — meu olhar subiu para os olhos do moreno que me encarava sugestivo.
Mordi os lábios e olhei para o advogado ao meu lado que sabia mais coisas do que eu, já que prestou atenção.
— Poderia nos dar licença — Pediu.
O homem que apresentava a proposta saiu da sala, e o advogado virou minha cadeira de rodinhas para ele, nos deixando frente a frente.
— Já é a terceira vez que a senhorita faz isso — Suspira se ajeitando na cadeira — entrar nesse mundinho — Gira o indicador na frente do meu rosto — e só sai quando alguém te chama.
— Minho, eu já te disse para parar de me chamar de senhorita —Revirei os olhos — Agora, eu só não consigo me concentrar — Cruzei os braços. — Eles são entediantes.
— Ra-ra, pode até ser entediante, mas você tem que prestar atenção. — Sorriu fraco e suspirou alto — O homem que veio aqui, ele se chama Mario, sua proposta é criar robôs que ajudem na limpeza de casa — Se ajeitou — Na minha opinião fazer negócio com eles seria um tiro no pé, ele não tem uma base boa na divisão dos lucros — Apontou para uma folha na mesa. — Se alguém sair da empresa eles correm risco de falir — me olhou — Está vendo —Se aproximou assim que peguei os papeis — Eles separaram tudo igualmente, sendo que o correto, é alguém ter mais de cinquenta por cento dos lucros, alguém de confiança e o resto no máximo dez por cento.
Eu olhava o papel, não entendia muita coisa, mas o que Minho disse tinha coerência, levando em consideração que se alguém saísse após terem lucrado algo a pessoa sairia com trinta por cento de tudo, e ainda o CEO da empresa teria que pagar algumas coisa a mais, resultando em um quase falimento.
— Pedimos para eles voltarem quando tiverem uma melhor divisão ? — questionei.
— Não somos tutores deles, só pedimos para eles voltarem quando a empresa crescer — Sorriu.
Assenti.
∘Pov's Hana∘
Um trovão ecoou, o tempo havia fechado.
— Aish, não — bufei cansada, peguei o celular que só tinha nove por cento de bateria — Não deveria ter conversado muito com o Jungkook.
Comecei a correr pela calçada, já era tarde, umas sete da noite, tudo estava fechando. Aonde iria ? Eu estava faminta, e com frio, fiz um biquinho parando na frente de uma cafeteria fechada.
— Aish, Jungkookie atende — Pedia enquanto o telefone tocava.
— Ya ! garota — Um senhor me chamou — Entre aqui.
Ele apontava para a porta da cafeteria, fiquei receoso mas fui até ele.
∘∘
— Ah, então quer dizer que você está procurando emprego — balançava a cabeça enquanto me ouvia atentamente — Entendi, a propósito meu nome é Kim Seon-ho.
— Prazer, meu nome é Hana, Kim Hana — Ri tímida.
— Estamos precisando de uma balconista, senhorita Kim — Sorriu olhando para o balcão — essa cafeteria é uma coisa de família... minha esposa cuidava do caixa e do balcão, mas ela faleceu há um mês — olhou para baixo — você parece ser alguém de confiança.
— O senhor confia em mim ? —Franzi o cenho.
—Sim, aprendi com uma certa pessoa a identificar alguém de bem — Sorriu nostálgico — Pode começar amanhã ?
—Claro, com todo prazer — sorri — Eu posso usar seu telefone, é que o meu descarregou e eu preciso de uma carona para casa.
— Eu posso te levar se quiser — Sorriu — Ou chamar um táxi, você escolhe.
— Obrigada senhor Kim, basta chamar um táxi, não quero dar trabalho — Sorri de volta.
— Então tá bom, volte com cuidado, você pode vim depois da sua aula — desligou o celular— Seu táxi chegará em um instante.
