[Ponto de Vista: Hoseok]
Faziam exatas três semanas que eu estava longe de casa. Três semanas apenas com minha mãe e meu pai, sem ver meu namorado e meus amigos. Estava sendo difícil me acostumar com a vida tão longe de onde nasci. Eu me acostumei a viver sozinho, então passar todos os dias com meus pais estava sendo no mínimo diferente, mas eu estava gostando, não vou mentir. Meus pais me davam atenção durante vinte e quatro horas, todos os dias, e eu me sentia o filho mais mimado do mundo. Eu já tinha deixado de acreditar que algum dia viveríamos como qualquer família normal novamente, mas agora estava feliz que eles estavam trabalhando para que tudo voltasse ao normal e nós tivéssemos uma convivência saudável de novo.
— Filho, o almoço está quase pronto! — ouço meu pai me chamar e sorrio.
— Já vou! — respondo e levanto rápido da cama, descendo as escadas e encontrando minha mãe arrumando a mesa. — Bom dia, mãe! — dou um beijo na bochecha dela e ela sorri, passando a mão nos meus cabelos.
— Pode sentar, meu amor. Seu pai já está terminando o almoço, né amor? — meu pai confirma da cozinha e eu sorrio, me sentando na mesa. — Como o meu menininho está se saindo? Nós te deixamos sozinho por muito tempo, não é? Nos perdoe, por favor. É que nossa vida é tão corrida... — ela diz. Perdi as contas de quantas vezes ela se desculpou enquanto estive aqui.
— Tá tudo bem, mãe. — sorrio. — Eu aprendi a me virar sozinho e tenho pessoas que sempre me ajudam. Não precisa se preocupar. — ela sorri, parecendo relaxar um pouco.
— Está gostando da faculdade? — me pergunta, enquanto esperamos meu pai.
— Oh, estou sim! Só achei que era impossível ter mais pressão e responsabilidades que no ensino médio. — digo e ela ri.
— Eu sei, é realmente o caos! Só me diga que você não está sobrevivendo a base de café. — eu gargalhei.
— Não! Não estou. Acho que agora que encontrei minha alma gêmea me sinto muito mais relaxado, principalmente quando estou com ele. — ela sorriu.
— Por falar nele, como está o... Jimin? — assenti.
— Acho que está bem. Ele me liga com menos frequência agora. Diz que se sente cansado, mas que está tudo bem. Estou respeitando isso, embora esteja com saudade de ouvir a voz dele. — eu digo, suspirando. Vejo meu pai chegar com a comida e se sentar na mesa, fazendo todos se servirem.
— Está com saudades dele? — ele pergunta. Assinto.
— Muita. Mas está tudo bem, em uma semana eu vou estar de volta e vou poder vê-lo todos os dias, como sempre fazia. — os dois sorriram.
— Dá pra ver de longe o quanto você o ama. Você sempre se empolga quando fala dele. — minha mãe riu e eu corei.
— Ah, eu o amo muito. — sorri apenas em me lembrar dele. — No começo tive medo de não me apaixonar por ele, mas hoje eu sei que ele é a pessoa certa e acho que eu não poderia estar mais feliz.
— Foi exatamente assim comigo e sua mãe. — meu pai diz, rindo. — Na verdade nossa história de amor foi uma tragédia porque nos conhecemos bêbados na festa de um amigo. — eu gargalhei.
— Céus! — digo, já me preparando para ouvir a mesma história pela centésima vez.
— Não foi muito romântico acordar com um desconhecido fedendo a álcool, e pior ainda foi descobrir que esse maluco era a minha alma gêmea. — minha mãe diz, fazendo meu pai gargalhar.
— Eu queria muito poder lembrar desse dia com clareza, mas passei metade dele bêbado. Não sei se confio nas versões contadas pelas outras pessoas.
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Hey Soulmate! | JiHope
FanfictionNum universo onde todos os humanos usam anéis para encontrar suas almas gêmeas, nem todos concluem essa missão com sucesso. Muitos desistem pelo caminho, e frustrados alegam que tal hábito não passa de uma bobagem e é uma lenda. Jimin é um deles. Ca...