Um Milagre No Natal

A despedida?

2 horas antes do Natal 

-Tente de novo, por favor, é a única coisa que eu te peço! - eu implorava. 

-Senhor já fizemos três exames, não faço milagres, desculpe minha insensibilidade, mas sua filha não passa dessa noite - ele fala desesperado tentando me explicar. 

-Mas Doutor, eu creio que minha filha vai ser salva, no nome de Jesus -o doutor dá uma risada nasal -O que foi? 

-Senhor Smith, você vai me desculpar, mas ninguém pode salvar sua filhinha, muito menos esse seu Jesus, que na verdade nem existe - reviro meus olhos. 

-Você vai ver, se minha filha viver e porque Jesus a curou, e se ela morrer eu ainda vou confiar nesse Jesus, pois sei que Ele vive e está no céu com o seu pai- o doutor revirou os olhos ,e quando ele ia se pronunciar, chamaram ele e ele saiu  correndo. 

Mesmo não conhecendo muito bem Jesus, tenho certeza absoluta que Ele  não merece ser menosprezado, principalmente porque pelo que eu ouvi falar Ele já foi muito menosprezado quando estava aqui na terra, mesmo fazendo o maior gesto de amor, nos seres humanos somos muitos egoístas, não sei como não conheci Jesus antes. 

-Senhor Alexandre?- olho pra trás e era meu assistente.

O que ele estava fazendo aqui?-Como está sua filha?-pergunta parecendo preocupado. 

-Olá, Jared. O que faz aqui? 

-Bom eu te liguei, mas o senhor não me atendeu -ele fala mostrando o seu celular -e eu queria saber se estava tudo bem, então eu vim no hospital que havia te trazido a alguns dias atrás, e queria saber como estava sua menina? - abaixo a cabeça. 

-Bom Jared, ela está em um estado de morte, mas eu creio que Deus possa salva-la - eu falo e vejo seus olhos encherem de lágrimas. 

-Acredite nele, Ele vai salva-la, deixe-me te dar uma palavra que o próprio Jesus disse: eu sou a ressurreição e a  vida, quem crê em mim ainda que esteja morto viverá e todo aquele que vive, e crê em mim nunca morrerá. Crê tu isso? - ele sorri - João 11:25 e 26 - Jared coloca sua mão em meu ombro - Se você crê e for da vontade de Deus,  ela vai ser curada! 

-Obrigado pela palavra de consolo, agora estou mais tranquilo  -falo e começamos andar - vem vou te levar até onde minha filha esta! -ele assente e começamos a anda.

Enquanto eu andava via um monte de médicos e enfermeiras indo para onde íamos, quando cheguei no quarto não tinha ninguém ao não ser minha sogra. 

- Alexandre - ela nota nossa presença - o coração dela parou de novo,  eles estão levando ela pra sala  de emergência - fala minha sogra aos prantos. 

Sem falar nada, saio correndo, não sabia pra onde estava indo, eu entrei em uma sala, mas foi a errada,  pedi desculpas e saí correndo na intenção de achar a sala onde tinham levado minha filha. Corri bastante até que entrei em um quarto que não conhecia. 

-Boa noite - falei olhando o meu relógio - me chamo Alexandre, sabe onde posso encontrar a sala de emergência? 

-Boa noite, não, não sei! - ainda não tinha visto o homem que estava de costas pra mim olhando para lua, que por sinal estava linda. 

-Ah sim, muito obrigado, vou tentar achar minha filha!

Eu estava prestes a sair, mas eu parei assim que ele começou a falar.

-Sabe, agora fiquei interessado, o que aconteceu com sua filha? - pensei antes de responder. 

-Ela tem uma doença, que pode matar ela de uma hora para outra, eu acabei de receber a notícia de que o seu coração parou pela segunda vez!-abaixei minha cabeça ao lembrar disso. 

-Não entendo, Alexandre. Se confia em Jesus por que dúvida que sua filha possa estar viva nesse momento? - levantei minha cabeça com um pouquinho de esperança que ainda me restava. 

-Obrigada pelas palavras, eu acho que tenho que ir - de novo saí correndo, mas agora com um sentimento diferente, não mais com pensamentos de ver minha filha morta. E sim com sentimentos de que o Senhor Deus vai salvar minha pequena filha.

Saí correndo até bater com uma pessoa, era o doutor de minha filha. Assim que ajudo ele a se levantar, ele me parece me reconhecer.

-Senhor Smith, meus pêsames, sua filha era um doce - ao ouvir essas palavras que vieram como flechas, lágrimas saíram dos meus olhos - venha vou te levar pra ver sua filha, eu sinto muito mesmo -ele fala e começamos a andar até a sala - aqui está, tem 20 minutos pra se despedir - eu entro no lugar.

E lá estava minha filha, fui até a cadeira ao seu lado e sentei-me lá. Vinte minutos é muito pouco pra me despedir dela!