CAPÍTULO 18

63 10 3
                                    

Observava o sol se pondo começando o amanhecer, pela janela do meu quarto, suspiro arrumando-me para ir a La Push, irei caçar primeiro, dando tempo para acordarem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Observava o sol se pondo começando o amanhecer, pela janela do meu quarto, suspiro arrumando-me para ir a La Push, irei caçar primeiro, dando tempo para acordarem. Os humanos gostam de aproveitar final de semana para dormi um pouco mais do que estão acostumados, apenas não sabia se lobisomens entram nessa categoria. Mesmo assim vou esperar um pouco como já avisei a Billy da minha visita não preciso apressar o que será inevitável. Apenas ele sabe da minha decisão, mesmo assim ainda queria falar pessoalmente, para que entendam meus motivos, suspiro passando a escova no meu cabelo sabendo que Jacob seria o mais difícil de comprieender minhas razões.

Ele está com isso de que sente algo por mim, porém ele gostava da Bella humana e essa pessoa morreu a muito tempo, ainda não percebeu ou prefere assim, ao invés de entender que não sou a mesma de antes, existe tantas coisas que a versão humana de mim jamais faria, que prefiro até esquecer. Parando para pensar, mesmo que não tivesse sido transformada, talvez tivesse algo longo do tempo tornando-me uma vampira de acordo com Santiago. Falando nele, fechei os olhos concentrando no olfato, o único cheiro além do meu, era de um alce a quilômetros daqui, não sentia nada dele que saiu no meio da madrugada indo resolve alguma coisa. Revirei os olhos deixando isso de lado, alguma hora aparece por aqui, estava percebendo que Santiago ficou tanto tempo isolado que não está acostumado a viver com os da mesma espécie, pois passou a maior parte do tempo sendo caçado pelos Volture e seus servos, se tornando um invisível até para o olfato mais aguçado, sem deixar nenhum rastro da sua existência.

Se achava minha vida solitária, nem se compara com a dele, larguei a escova entrando no closet atrás de conjunto de moletom básico para caçar, na volta troco por outra coisa, como a casa inteira estava fechando resolvi sair pela janela do meu quarto, peguei impulso e pulei caindo em pé, olhei em volta resolvendo ir atrás do alce que estava mais perto, não serei tão exigente neste momento, apenas está alimentada era o suficiente, para não senti desconforto na reserva, corri agarrada as árvores procurando minha pressa.

Concentrei fechando os olhos sentindo o vento passar pelo meu rosto, balançando meus cabelos, o cheiro da mata e folhas nova que cresciam, a terra molhada pelo tempo nublado da noite anterior, a casca grossa das árvores, o cheiro de fruto fresco e o principal, um alce macho a poucas distâncias bebendo água numa poça que cresceu, abri os olhos sentindo a adrenalina correndo pelas veias negras do meu corpo, a euforia da caça, para o grande final encher-me com o sangue fresco deste animal que não deu sorte de está por perto.

Agarrei um galho observando a sua distância, já calculando onde preciso está para pega-lo antes que tenha chance de correr, pulei na árvore ao lado e alguns pássaros voaram assustados e isso alertou o animal que parou de beber para olhar em volta e essa é a oportunidade, preparei dando impulso com o tronco da árvore e pulei no animal segurando no seu chifre, percebendo o perigo dele pulava desesperado, mas consegui conte-lo pelas pernas e braços dando um aperto mortal, virei sua cabeça mirando seu pescoço e minhas presas saltaram para sua garganta, era algo muito instintivo, natural não precisava aprender como deixar seus instintos aflorados, um dos motivos de verificar bem se não tem nenhum humano por perto, pois quando estou assim tornava-me uma selvagem, era algo fora do controle, ainda mais quando tive casos no passado onde parei uma caçada para ir atrás do cheiro delicioso do humano idiota que decidiu correr na floresta, depois não fique se pergunta por qual motivo morreu, quem no meio da noite vai correr ainda por cima na floresta, era praticamente a ovelha vindo em direção ao lobo. Suspiro as vezes minha mente voa longe quando estou assim sentindo o sangue correndo pela minha garganta saciando o que era necessário, estava acostumada ao sangue animal que até parecia apetitoso, porém assim como os humanos tende a variar seus cardápios, gosto de fazer o mesmo, quando se trata de animal.

Afastei minhas divagações jogando com delicadeza o animal para longe de mim, olhei toda suja de terra e por sorte prendi meu cabelos, suspiro frustrada, sou mais organizada quando se trata de caçar, mas fazia um tempo que apenas bebia das garrafinhas, fazendo o possível para manter trancado meu lado selvagem, porém precisava encontrar um equilíbrio, pois todo animal furioso que é mantido presso demais, com o tempo, tornasse ferozmente fora de controle. Da minha sede de sangue eu posso cuidar, mais não posso lutar contra minha verdadeira natureza.

Levanto afastando do animal batendo a mão na minha roupa e ergo a testa sentindo um cheiro no ar.

- A quanto tempo está espionando-me Santiago? - Pergunto tirando um lenço do bolso limpando a boca suja de sangue.

- Cheguei a tempo para a diversão - Comenta sorrindo irônico.

- Como vejo você tomando bastante das garrafas de sangue, achei interresante  ve-la caçando ao vivo - Comenta encostando na árvore mais próxima e reviro os olhos.

Ele estava nessa fase de ser meu treinador e observador, de acordo com ele sou uma espécie única, jamais existiriam outros como eu, por isso precisava saber do que sou capaz de fazer e minhas limitações. Tento uma idéia de como desenvolvi-me sendo uma híbrida ou mestiça em todos os casos. Nasci humana, mais não sou assim a muito tempo, em compensação, demonstro ter um extinto maior no lado vampirico, o que não é surpresa desde meus pais biológicos são assim. Não são como os casos onde um dos dois são um vampiro ou humano e assim geram um híbrido metade-humana e vampiro, pode parecer louca, porém existiram, isso se não morrem no parto ou forem mortos pelos Volture.

Por isso, de acordo com as leis naturais o que, o casal Rossetti fizeram era considerado abominável, hediondo, a criação de algo fora do controle deles, que não saberiam se seria um risco para toda a espécie desde humanos aos vampiros. Jamais existiu uma vampira grávida e neste caso se existir não saberiam do que a criança poderia ser capaz de fazer, isso deve deixar os Volture loucos.

Balanco a cabeça afastando os pensamentos deprimentes e antes de pegar o corpo do animal, Santiago ficou na minha frente abaixando.

- Eu me livro do corpo, vai se arrumar para o seu encontro em La Push - Falou jogando o animal no ombro, deu uma piscada e correu em disparada.

Dou impulso para correr pela floresta até em casa, parei em frente a janela pulando para dentro, tirei o sapato sujo, junto com a roupa jogando no cesto. Entrei no banheiro para tirar toda a sujeira e quando senti que estava limpa, enrolei na toalha atrás de um vestido longo e sapatos, optei pelos cabelos soltos e vestimenta mais suave, não preocupei com maquiagem apenas um gloss, terminando sai para a sala, frustrada pela besteira que fiz, fiquei a madrugada inteira sem alimentar-me e por conta da viagem fiquei com poucas garrafinhas que não seriam o suficiente para aplacar minha sede, a única forma foi caçar e isso desperta em mim meu lado mais primitivo e feroz, tentar manter escondido pode acabar trazendo problemas, sabia que precisava volta a caçar, para voltar ao ritmo de antes.

Aperto os ombros arrumando minhas coisas para sair, desço a escada rapidamente parando na sala onde Santiago olhava alguns papéis, aproximei cruzando os braços.

- Esses são os documentos falsos do Cullen, vamos usar nomes e identidades falsificados, assim não chamaremos atenção, pelo que parece o sobrenome Cullen é muito conhecido pelos vampiros - Comentou ele mostrando uma identidade com a foto de Edward, mas o nome era: Frank Miller.

- Gostaria de usar o sobrenome dos meus pais biológicos - Murmurro e o mesmo se virou para mim confuso.

- Se o sobrenome Cullen é conhecido, imagina o Rossetti... - Reviro os olhos rancorosa, porém sabia que ele estava certo.

- Tudo bem, volto mais tarde... - Passo pegando minha chave na mesa de centro com os vários papéis em cima.

- Beleza, boa sorte... os lobisomens não parecem ser fáceis de entende as coisas e ainda mais pela família Black terem a conhecido quando humana - Falou sarcástico e passo para a garagem.

Destravo o carro entrando, parei por um momento com meus pensamentos distantes e suspiro encostando a cabeça no volante.

- Vou precisar de sorte mesmo - Digo a mim mesma.

Pelo pouco que pude perceber o temperamento dos lobisomens são inconstante, ainda mais os adolescentes. Sabia que não seria algo fácil, mas eles mereciam uma justificativa minha, diferente de antes que nem pude despedir. Essa era uma segunda chance para enfim despedi de tudo que está conectado há minha antiga vida humana.

Não sabia se voltaria a reve-los, meses, anos ou séculos poderiam se passar e poderiam não estarem mais vivos. Lobisomens podem até envelhecer devagar, mas no momento que recusassem sua transformação voltariam a envelhecer como qualquer humano como Billy escolheu voltando ao ciclo normal dos humanos.

Nascer
Viver e morrer...

🅑︎🅔︎🅛︎🅛︎🅐︎ 🅥︎🅐︎🅜︎🅟︎🅘︎🅡︎🅐︎ 2 (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora