Capítulo 02 - Corrompendo uma Sacerdotisa

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Enquanto seu orbe de luz era muito mais rápido que andar, Sesshoumaru duvidava que a garota gostasse de viajar tão rapidamente.

Não importava, já que não havia chance de que Inuyasha pudesse alcançá-lo, e sem nenhum rastro a seguir no chão, o menino não teria esperança em encontrá-los.

Ele não tinha dúvida de que o meio youkai procuraria fervorosamente pela sacerdotisa, mas se conseguisse localizar os dois, seria tarde demais. Ele se sentiu culpado pelo modo como usara a ignorância dela contra ela? A resposta a essa pergunta foi um simples e retumbante 'não'. Ele era um senhor e, como tal, tinha o direito de aceitar o que quisesse... neste caso, desejava a sacerdotisa. Como tático, ele sabia que nem todas batalhas eram vencidas pela força, e que era imperativo usar qualquer vantagem disponível para alcançar o objetivo final.

E além disso, ele estava certo de que, assim que tudo acabasse, a garota estaria agradecendo de qualquer maneira. Ele era um amante extraordinário, afinal.

Observando as pequenas e discretas marcações de terra que indicavam sua chegada ao local desejado, Sesshoumaru desceu. A clareira estava bem protegida, aninhada num pequeno vale quase inacessível. A caverna localizada no final dela era virtualmente invisível a partir de cima, a grande laje de pedra projetando-se acima de sua abertura criando a ilusão de que era apenas outra formação rochosa.

Kagome, tendo sentido seus pés se fixarem em algo sólido, separou-se de Sesshoumaru e se aventurou a olhar ao redor. A clareira era minúscula e tinha árvores e pedras ao redor deles para criar uma parede de terra. Ela olhou para a caverna.

- Onde estamos? - ela questionou.

Sesshoumaru colocou a mão na parte baixa de suas costas e deu-lhe um pequeno empurrão, guiando-a em direção ao buraco rochoso com passos rápidos e uniformes.

Quase tropeçando no ritmo apressado, a jovem sacerdotisa se arrastou ao lado dele até chegarem à entrada, seu andar foi diminuindo depois de seus primeiros passos dentro. Estava escuro, e pelo que ela podia ver, era relativamente profundo, embora não pudesse adivinhar o quão profundo. Enquanto ela confiava que ele não a levara aqui só para deixá-la se machucar caindo em uma caverna, Kagome gostava de poder ver o que ela estava fazendo. Ela já era muito desajeitada por si só, mas adicionava escuridão à mistura e coisas ruins aconteciam.

- Uhmmm... você não teria uma luz, não é? - ela perguntou ao seu guia.

Ele fez um pequeno zumbido no fundo da garganta, e imediatamente a caverna foi iluminada por um misterioso brilho. Piscando, Kagome olhou ao redor dele para encontrar a fonte, recuando minimamente quando notou que era sua mão desocupada que soltava o brilho sobrenatural. Ela já tinha visto isso antes, antes de ele tentar derreter ela.

Kagome estremeceu, forçando-se a se concentrar em algo diferente da primeira tentativa de Sesshoumaru de matá-la... como o fato de que ela podia ver de novo.

Agora que a caverna não era tão escura, ela podia ver que não era tão abandonada como ela achava que seria. Havia alguns baús grandes ao longo de um lado, e uma pilha amontoada de peles contra o outro. Mais atrás, havia uma espécie de piscina, cercada por estalagmites salientes e vários pedregulhos. Estava bem guardado, considerando o fato de que era basicamente um buraco no chão, e Kagome não pôde deixar de pensar em voz alta.

- É aqui que você mora?

Sesshoumaru enviou-lhe um olhar plano.

- Claro que não, menina tola. Minha fortaleza residi a oeste daqui, nas montanhas.

- Ok, você não precisa ficar com sarcasmo. Não é como se eu já tivesse ouvido você mencionar alguma coisa sobre uma casa, então como eu deveria saber? - Ela falou defensivamente, lábios fazendo beicinho ao olhar condescendente que ele estava concedendo a ela.

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