Cap3

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P.O.V Hoseok

Sinto o olhar de todos, menos de Baek, sobre mim. Me controlo para não revirar os olhos e sorrio simpático.

— Oi pai, também estávamos com saudades de você - Sorri novamente.- E aliás,  parabéns! Está ficando velho em.

— Ah obrigado meu filho!

— Parabéns tio Kwang! - Baek correu todo animado até meu pai e o abraçou com vontade.- Amanhã podemos disputar no ping-pong pra ver se você ainda está em forma!

— É claro querido, e fique sabendo que não deixarei você ganhar uma sequer - Sorriu.

— Bem, eu vou banhar. Você vem Baek?

— Ah não, depois eu vou.

— Ok, até mais tarde família - Virei as costas sem esperar algum deles falar algo.

Subi as escadas um pouco rápido e andei pelo corredor onde as fotos da família estão empiduradas nas paredes brancas, passo meus dedos pelos quadros e sorrio ao lembrar de cada momento. Meu sorriso desaparece quando vejo a foto do meu ex namorado junto a mim na parede - Isso só pode ser brincadeira - Tiro o quadro da parede e fico observando por alguns minutos.

Me assusto quando a voz doce de minha mãe se faz presente no ambiente, largo o quadro na mesinha e volto a minha postura normal.

— Eu sei que ainda o ama meu filho - Sorriu de lado e eu franzi a testa - Pode fingir que odeia ele, mas eu sei que ama tanto ele que seu coração chega a doer quando lembra dele.

— A dor é uma consequência do amor mãe, mas não vou ser fraco, depois daquele término - Suspirei ao lembrar da noite - Passei a não confiar em alfas como ele.

— Algumas pessoas falam que quem confia, tem uma vida boa e feliz. Veja eu e seu pai, confiamos um no outro e por isso estamos juntos à vinte e dois anos.

— Desculpa, mas eu não confio no que "algumas pessoas" falam - Fiz aspas com os dedos e minha mãe me olhou séria - Sabem o que eu passei, então deveriam parar de falar que eu deveria confiar nele. Talvez ele tenha uma esposa ou até filhos, mas isso não importa, eu e ele não temos mais nada.

— Vocês eram jovens meu filho, jovens fazem coisas sem pensar. Agem por impulso e em muitas das vezes não possuem certa maturidade o suficiente para dizer "desculpa eu errei" ou "Eu prometo não errar mais".

— Eu também era jovem e nem por isso eu fui na casa dele as nove horas da noite no dia do nosso aniversário de 3 anos de namoro dizer terminar com ele, e dizer coisas que eu teria certeza de que o machucaria, jogar a aliança no chão e virar as costas e sair mesmo depois de ouvir  um "Se sair por essa porta nunca mais voltei a me procurar" - Limpei as lágrimas que caiam sem parar - E sobre promessas, ele quebrou todas elas no dia em que me deixou.

— Filho eu não....

— Tá tudo bem mãe, só preciso banhar e fazer como você sempre faz depois de brigar com o papai, fingir que nada aconteceu e sorrir.

Me virei e caminhei para o meu quarto, deixei a porta entreaberta para quando o Baek quiser entrar eu não precisar abrir, vi minhas roupas todas arrumadas no closet e agradeci aos deuses por não ter que arrumar.

Entrei no banheiro e me despi, pus a roupa suja na cesta de roupas sujas e entrei no box, liguei o chuveiro com a água morna e encostei minha esta na parede gelada. Começo a chorar desesperadamente e tiro a gilete do barbeador, penso um pouco e enfim começo a fazer cortes em meu braços, cortes fundos e outros rasos.

Depois de aliviar a dor que estava sentindo, saio do chuveiro e visto um roupão, vou até o closet e pego um pijama branco com desenhos de flores sorridentes e coloridas.

Pego meu celular e deito na cama, lembro que na noite passada não liguei para o senhor Sang-hun e decido ligar para ele.

Aperto no contato dele e ligo, depois de chamar duas vezes ele antendeu.

— Alô?

— Alô senhor Sang-Hun, eu liguei para saber como você está - Minha voz saiu chorosa.

— Eu estou bem, sua voz está chorosa minha criança. O que aconteceu?

— A mi-minha mãe ela - Não consegui responder e voltei a chorar.

— Oh, não chore minha criança....Já sei do que se trata, é sobre aquele alfa né?

— É...Eu amava tanto ele....

— Eu sei que amava - Deu uma pausa e logo voltou a falar - Você se cortou filho?

— S-sim, eu fui fraco.

— Você não foi fraco, mas lhe aconselho a não fazer isso novamente, sabe que têm a mim e ao Baek, também somos sua família e vê-lo se machucar também nos machuca.

— Me desculpe senhor Sang-Hun....

— Está tudo bem ....Bom, agora preciso desligar, chegou a hora de minha cirurgia.

— Ok, vai dar tudo certo.

— Vai sim...

Desliguei a chamada e deixei o celular ao meu lado na cama, voltei a chorar até pegar no sono.

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Possessive Alfa • SopeOnde histórias criam vida. Descubra agora