Coffe and Bakugou

Cap 1

Amarro meu cabelo pela octogésima nona vez mas os fios brancos envoltos dos castanhos insistiam em cair do meu coque feito com um lápis

- Ochaco-chan tem algum prendedor de cabelo? - desisto do meu cabelo e volto a colocar a blusa social azul no tom sub-zero 

- aqui - minha amiga de cabelos castanhos me entrega uma piranha transparente - só tenho essa - ela ri quando vê meu olhar de desgosto

- valeu - prendo meu cabelo com a presilha (piranha, vou deixar presilha pq n thankei kkkkkkkk) 

Termino de colocar a calça jeans preta e prendo só uma parte da camisa dentro da calça, coloco meus tenis vermelhos e puxo minha amiga que estava enrolada colocando a camisa dentro da calça, saímos do trocador e pegamos nosso avental junto com nossos nomes

- você pegou o meu Haru-chan - Ochaco revira os olhos me mostrando o meu nome no avental "Kana Harumi" - você ta estranha hoje - ela resmunga quando eu jogo o avental ela e pego o meu

- Me sinto muito bem hoje, e nada estranha - digo bem alto passando o avental pela minha cabeça - droga hoje ta cheio

As pessoas entram no café e se acomodam tanto no balcão quanto nas mesas dentro e fora do estabelecimento 

- Kana, atenda a mesa 8 - o dono da loja Tanjurou Tobita pede olhando para Ochaco - Uraraka faça os cafés que estão nesse pedido - ele me entrega os pedidos - qualquer outro problema me chamem - com sua bengala ele sai com o nariz empinado 

- Olha que somos bem diferentes - digo rindo pra minha amiga que revira os olhos

- imagina se não tivesse nossos nomes no avental? Cabeça branca aqui no café - ela aponta pro meu cabelo rindo

- Cara redonda na mesa oito - aponto e ela fica vermelha quando sai massageando as bochechas e resmungando um "nem são tão gordas assim"

Me viro pra maquinas começando a preparar os cafés e a atender as pessoas no balcão.

Vejo pelo canto do olho que ja são 19:30, e dou graças aos céus que meu expediente ja esta acabando. Tanjurou esta no escritorio dele arrumando a papelada, Kinoko Komori a baixinha de cabelos parecendo um cogumelo fofo ja saiu junto com Juzo Honenuki o menino de cabelos cinzas e sorriso psicopata, mas ele é um fofo.

Ochaco vem correndo em minha direção segurando o bloquinho de notas como se sua vida dependesse daquilo 

- por favor eu te imploro, atende aquele cara lá, por favor, ele me da medo - ela geme baixinho apertando o bloquinho de notas

- tudo bem, qual cara é esse? - pergunto e ela aponta discretamente para um menino de blusa de frio vermelha encarando o celular - me dá o bloquinho - estendo a mão e passo pelo balcão pegando o bloquinho e indo até o cara assustador

Me aproximo e vejo uma de suas mãos enfaixadas segurando o celular, seu rosto estava machucado, sua boca com um corte recente assim como sua bochecha levemente inchada, seu cabelo estava escondido com o boné e a touca vermelha da blusa, a blusa estava com alguns rasgos e muito suja, seus olhos vermelhos continuam no celular enquanto muda de musica, sua mão sem a faixa, mas vermelha e com sangue pisado (sangue seco, sangue velho) limpa o nariz que escorria o liquido vermelho escarlate 

- Boa noite senhor gostaria de pedir algo? - pergunto e nada, canso de esperar sua atenção pra mim - boa noite - chamo novamente - senhor? - me inclino um pouco sobre a mesa dele - ignorada com sucesso - digo a para eu mesma 

volto pro balcão e encaro o nosso cliente todo machucado e remendado, pego alguns band-aids e um café, sem cafeina com açúcar na medida certa. Ignoro a Ochaco confusa que se escondia atras do balcão. Vou até a mesa dele novamente depositando a xícara de café em cima de um pratinho bem próximo as suas mãos segurando o celular, coloco os band-aids ao lado da xícara, pelo canto do olho vejo ele encarando o café e os curativos em cima da mesa

- eu não pedi isso - Sua voz grave, rouca e raivosa ecoou pela primeira vez 

- o café é por conta da casa - digo me virando, sem me dar ao trabalho de ver sua reação

- não quero caridade - ele rosnou e bateu a mão enfaixada que segurava o celular na mesa

- se fosse caridade eu jogaria na sua cabeça, pelo simples fato de você ter me ignorado - me viro vendo seus olhos vermelhos querendo perfurar minha cabeça - agora, por favor, peça o que irá querer agora, ou termina essa xícara e vai embora, meu expediente ta acabando e eu não quero fazer hora extra - dou um sorriso, o mais falso possível e o deixo ali.

Volto pro balcão sentindo seus olhos perfurando minha nuca 

- você quer morrer?? - Ochaco pergunta branca como papel - ele é um delinquente, perigoso - ela sussurra - ah, um novo cliente. Porque eles tem que chegar justo na hora de fechar? 

- porque o café sempre fecha as 22:00, mas o Mizushima não pode vir hoje, por isso vamos fechar cedo - Respondo dando de ombros, quando ela volta me entrega o pedido, faço e entrego pra ela - pronto - dou um sorriso

Começamos a limpar o café pra fechar, quando vejo a xícara do remendado, me aproximo vendo a xícara vazia, não consigo evitar um sorriso, vejo que não tem mais band-aids na mesa e só a embalagem de um deles, mostrando que foi rasgado quando aberto. 

Saímos do café deixando Tanjurou no seu escritório, saio da loja colocando meu boné escondendo meu cabelo. Deixo Ochaco no apartamento dela e vou pegar pro ponto de onibus esperando o bonito aparecer, vejo 3 homens se aproximando do ponto de onibus e coloco minha touca pra esconder meu rosto

- aquele desgraçado vai me pagar - um deles gritou dando um soco numa arvore

- loirinho de merda - o outro resmungou

pelo canto do olho vejo os três num estado muito pior que o cliente remendado, seguro a respiração num momento de divertimento em pensar que foi ele que fez isso 

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Oiê gentexxx, espero que gostem desse cap.
Eu peguei a imagem da mídia no Pinterest então todos os direitos são do dono, porém eu fiz umas modificações nela pra se adaptar um pouquinho no contexto, espero que gostem da história

Imagem original 👆

Minha adaptação 👆