Flex (TobiIzu)

II

Olá, fãs do Izu Top kkkk
Tudo bem com vocês?
Trouxe a parte 2, provavelmente o próximo capítulo vai ser o último com o tão aguardado smut, mas até lá, fiquem com o gay panic do Tobirama.

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    Izuna olhou sobre o ombro para ter certeza de que Tobirama estava na cozinha fazendo coisas de carnívoros e voltou para a tela do notebook estalando os dedos, juntando foco, força e fé ao procurar um guia prático e metodológico de como transformar um top em flex em menos de uma semana nas buscas do Google.

    Precisava se adiantar antes que ele viesse da cozinha, tinha pouco mais de alguns minutos para concluir tudo e se livrar das evidências antes que o medroso encontrasse qualquer coisa e dissesse que ele estava obcecado com isso. Não, não estava. Era apenas um caso de vida ou morte.

    De acordo com o Wikihow, tudo se resumia à conversa e debate, mas o que fazer quando seu marido não é do tipo influenciável e tem a cabeça mais dura que um iceberg? Pensou em falar com Hashirama, pedir uns conselhos de cunhado, mas Tobirama detestava que os assuntos de casa fossem parar em roda de conversa alheia, o que quer dizer, que só poderia contar com sua própria astúcia.

    Ou seja, estava lascado.

    Izuna se encostou na cadeira nova de gamer e soltou o fôlego, cada vez mais desesperançoso. Consultando sua lista mental e todas as alternativas testadas não deram certo. Andar pelado não deu em nada, chantagem emocional menos ainda. Conversar também não. Talvez devesse apelar de verdade e conseguir um diagnóstico de doença terminal.

    Até que não era uma péssima ideia.
Resolveu ligar para o Itachi, se ele ajudou Sasuke com seu projeto de subversão, iria ajudá-lo também.

    Na cozinha, as mensagens não paravam de chegar. Com as mãos sujas de tempero, Tobirama não podia ler nada, mas de qualquer forma, não estava interessado. Não sabia nem porque ainda estava no grupo, aqueles imbecis só sabiam falar besteira.

    Depois que deixou o filé no forno, ele lavou as mãos pela milésima vez e deu uma olhada no grupo, estreitando as sobrancelhas ao se deparar com o teor da conversa.

    "Kkshi: vc não pode falar nada. Tua esposa te come com cintaralho.
   
    Minato: e o que vocês têm a ver com isso?
  
    Itachi: é verdade. Homem que é homem dá o cu.
  
    Hashirama: se o Itachi tá dizendo, é verdade.
   
    Shisui: 👁👄👁
  
     Kkshi: melhor do que ele ir procurar cu na rua.
   
    Hashirama: @Tobirama abre teu olho.
  
    Tobirama bloqueou a tela e jogou o celular na bancada. Foi para o quarto investigar como aquilo foi parar no grupo, mas assim que chegou no corredor, perto da porta, ouviu uma voz triste, desalentosa, de quem perdera a coisa mais importante da sua vida.

    — Eu só queria comer ele de ladinho, Itachi. Não, não... — Izuna deu uma risada perversa. — Eu sei, deve ser alguma coisa envolvendo o orgulho, não sei. Ele nunca foi passivo, tem receio... Eu não! Só tem graça se for ele. Por que será Itachi? É claro que não. Não. Meu Deus, foi assim que você convenceu o Shisui? Coitado. Você é cruel.

    Tobirama cruzou os braços inspirando fundo. Aquilo não estava cheirando bem, assim como aquele fedor de alho em seus dedos. Resolveu se manifestar antes que a coisa piorasse.

    — Izuna! — Chamou parando na porta como quem não queria nada, olhando fixamente para ele, que entrou em pânico abaixando a tela do notebook e o encarando tão sério, que parecia que iria morrer. Tobirama sabia o que se passava na cabeça dele, mas não iria começar uma briga por causa dos idiotas. — Tô indo tomar banho, não quer vir junto?