No Bater De Asas

009

Mais um capítulo. Espero que possam gostar.

(Desculpe qualquer erro).

Abraço Da Uzuu Neko-chan :3

☔

Jimin abriu os olhos quando o reflexo da luz no teto de sua casa lhe incomodou. Olhou em volta e suspirou exausto, nunca tinha se sentido tão mal assim desde que se conhecia por gente. Tentou se levantar, mas seu corpo estava pesado o fazendo voltar a deitar-se, sentindo suas vistas rodarem. Resmungou nauseado e fechou os olhos respirando vagarosamente para tentar diminuir a vertigem.

Quando finalmente se viu um pouco melhor, sentou-se na cama e levou a mão ao peito, sentindo aquela dor continua mais fraca, sabendo que logo voltaria a sentir uma nova onda de dor. Forçou seu corpo a se levantar e caminhou até a pia de sua cozinha, olhando para o espelho que estava pregado na madeira do tronco da árvore que tinha feito sua casa. Se assustou quando notou o estado que se encontrava.

Seu rosto estava pálido, olheiras escuras e olhos profundos. Fez uma careta e tentou ajeitar seu cabelo cinza um pouco, mas desistiu se sentindo exausto apenas de fazer aquilo. Toda sua vontade havia sido drenada para fora de seu corpo e tudo o que restava era a exaustão psicológica, física e emocional.

Sem contar das constantes onda de dores que lhe forçava a pensar no quanto queria que aquilo acabasse logo, que a próxima onda de dor fosse a última. Sentiu seus olhos arderem quando se lembrou de sua querida amiga a qual viveu esse inferno até não suportar mais, entendendo agora como ela estava sofrendo durante todos aqueles dias. Soluçou apoiando-se na pia e baixando os olhos.

— Nós não merecemos isso... – Sussurrou ele enquanto notava as gotas de suas lagrimas pingarem dentro da bacia da pia e correrem. Grunhiu levando a mão ao peito quando uma nova onda veio e deu um passo para trás se desequilibrando e caindo no chão em seguida. Se encolheu no chão e soluçou novamente enquanto as lagrimas aumentavam mais, na mesma intensidade que a dor voltava. – Eu não quero morrer...Tae...

~X~

Os dias passaram desde a última vez que o Park pisou no mundo dos humanos pela última vez. Jeon JungKook sentia saudades. Ele havia gostado da fada das chuvas, mesmo que ele o tenha trazido muitos momentos de medo por conta de tantas chuvas, ainda havia gostado dele e gostaria de conversar com ele sobre o mundo das fadas mais uma vez. Entretanto ele sabia bem como aquele mundo onde ele viva fazia mal ao Park, não sabia exatamente o que aconteceu para ele odiar tanto aquele mundo, mas sabia bem como humanos podiam ser cruéis, então não ficou surpreso por saber que odiava esse mundo, ele também odiaria.

De qualquer forma, desde que aprendeu sobre a existências das fadas e seres fantásticos como ele, sentia falta da magia que sempre acompanhava o Park e até mesmo o Kim. Mesmo que seu amigo negava a possibilidade de ainda ser uma fada, Jeon enxergava a verdade, enxergava o que o Kim se negava ver, ele estava voltando a ter a magia o acompanhando.

Por vários pequenos momentos JungKook notou mudanças ao redor do Kim. Coisas extremamente sutis, mas que para Jeon, que observava muito bem as coisas, sabia que não podia ser coisa de sua cabeça deslumbrada. Kim Taehyung ainda havia magia em seu corpo, e não demoraria para ele mesmo perceber isso.

Naquele momento estava terminando de fechar seu estúdio de tatuagens e digitava com dedos velozes no celular enquanto caminhava pelas ruas. Estava bastante estressado, novamente seu fornecedor lhe causou problemas com troca de mercadorias e isso o emputecia demais. Não entendia o motivo de sempre cometerem erros desse tipo se ele faz os pedidos claros e objetivos, não havia motivos para errar.

— Eu não quero saber porra! Quero meu dinheiro de volta ou você vai se ver com meu advogado! – Exclamou gravando um áudio quando perdeu o resto de paciência que ainda sobrava em seu corpo. – Você tem até amanhã para devolver meu dinheiro! E esqueça de me ver fazer algum pedido para você novamente! – Concluiu bufando e levantando os olhos do celular para a rua. Já era complicado manter um estúdio daqueles, ainda mais num país onde não era bem visto pessoas com tatuagem, ainda que muitos possuíam. Ter que lidar com incompetências ainda por cima era demais.