Capítulo 8 Ressaca de Casamento

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Quando Carina acordou já passava das onze da manhã. Assim que ela abriu os olhos sentiu uma forte dor de cabeça, então ela fechou os olhos novamente na tentativa de amenizar a dor de cabeça, mas não adiantou sua cabeça latejava parecia que ia explodir. Quando ela se sentou na cama percebeu que estava nua e imediatamente puxou a coberta para cobri-la ela correu os olhos no quarto para ter certeza que estava sozinha, mas não estava ela encontrou um homem, de calça jeans e camisa branca sentado na poltrona, com um olhar sério para ela esse homem não era outro se não seu marido.
Carina juntou a coberta no peito como uma forma de proteção.
-Como se sente? Seu olhar estava tão frio que ela sentiu calafrios
Ela pensou. Edgar deve estar muito bravo comigo nunca o vi assim, ela sentiu um pouco de medo deste homem que estava a sua frente, muito diferente do homem doce e gentil que ele vinha sendo nos últimos meses.
-Tirando a dor de cabeça, eu estou bem.
-Essa é a recompensa no fundo de cada garrafa. Apesar do sarcasmo em suas palavras ele ainda continuava sério, e sombrio.
-Eu nunca mais bebo assim. Murmurou ela
Ele se levantou da poltrona e se aproximou dela na cama, olhou em seus olhos quando disse.
-Para o seu próprio bem, eu espero mesmo que você nunca mais beba assim.
O tom ameaçador em sua voz, fez Carina sentir arrepios e o estomago enjoado. Carina reuniu o pouco de coragem que lhe restava para perguntar
-Nós, ...nós fizemos...
Por mais que tentasse ela não conseguia terminar a perguntar, e à medida que pensavam mais no que poderia ter acontecido entre eles seu rosto ficava mais vermelho. Edgar entendeu imediatamente o que ela estava perguntando.
-Acredite em mim, se você tivesse sido minha você saberia. Disse ele com sarcasmo.
Carina ficou ainda mais vermelha com essas palavras.
-Por que eu estou sem roupas?
-Por que você bebeu demais e eu precisei tirar seu vestido para que você pudesse dormir, como não achei sua mala e você não estava em condições de me dizer onde estava, coloquei você na cama assim.
Carina corou novamente em pensar que ele a viu nua. Ela se apressou em se levantar enrolada na coberta.
-Preciso me vestir.
-Não, antes você vai me dizer por que fez isso?
-Eu só exagerei um pouco, não sou acostumada a beber, acabei ficando bêbada rápido, nada demais. Mentiu. Ela tinha a intenção de jogar na cara dele a verdade, mas ela não queria fazer isso enrolada em uma coberta, ela se sentia vulnerável assim.
-Não minta para mim!! Gritou ele.
-Não estou mentindo, eu preciso me vestir. Disse isso e se virou para o banheiro ela sabia que não tinha roupa no quarto, mas tinha a intenção de pegar um roupão do hotel.
-Não se preocupe, ontem à noite enquanto tirava sua roupa pude ter uma visão completa, então não se apegue a roupa e me responda o que eu perguntei. Disse ele severamente.
Carina corou novamente com as palavras de Edgar.
-Você tirou proveito do meu estado de embriaguez!
-Quando você bebe até perder a consciência é um risco que se corre, sorte sua que eu sou seu marido. Disse ele amargamente.
-Você é um bastardo infeliz!! Gritou ela
- Eu devo ser mesmo já que passei metade da minha noite de núpcias cuidando da minha esposa bêbada e a outra metade com um copo de uísque. Eu já estou perdendo minha paciência, me diga por que você fez isso, por que bebeu tanto?
No início sua foz tinha um tom de sarcasmo, mas no final ele estava gritando severamente com ela.
-Eu já disse exagerei na bebida, não foi nada demais. Mentiu ela novamente, ele tinha um olhar assustador que fazia correr um arrepio na espinha.
Edgar a agarrou pelo pulso e disse num tom ameaçador.
-Se você tivesse me dito isso ontem à noite, eu teria acreditado, porque confesso que eu mesmo estava pensando que era isso mais depois de observa-la dormindo até as duas da manhã, me dei conta que não podia ser coincidência que minha esposa estive desmaia de bêbada e a bagagem dela não estivesse em nosso quarto, hoje de manhã soube que suas malas continuam no quarto que você ocupou antes do casamento, então me diga por que?
-Você está imaginado coisas só esqueci de mandar trazer as coisas para esse quarto. Ai! você está me machucando me solta!
Enquanto ela falava Edgar começou a aperta cada vez com mais força seu pulso, e mesmo depois de pedir ele não soltou nem afrouxou o aperto.
- Acha que eu sou idiota eu sei que você pediu a camareira para deixar sua bagagem naquele quarto, você já tinha tudo planeja, você não tinha a intenção de passar a noite aqui comigo, então por que se casou? Me diz?  Ele apertou ainda mais o pulso dela
-Me solta você está me machucando. Ela tentou se libertar, mas sem sucesso.
- Não vou soltar até você me dizer a verdade. Ele disse olhando-a nos olhos.
Sem escolha Carina começou a dizer a verdade.
-Eu já sei de tudo, eu sei que você fez um acordo com minha mãe, eu sei que você me comprou como se eu fosse um objeto, eu sei! Disse ela chorando e gritando ao mesmo tempo.
Edgar ficou confuso, ele não estava entendo nada do que ela estava falando.
-De que diabos você está falando?
-Você não queria que eu te disse a verdade, então por que não para de fingir e diz a verdade também, diz que você salvou a empresa do meu pai em troca de se casar comigo diz, mas se você pensa que vai dormir comigo você está muito enganado, eu me casei como o combinado, já sou sua esposa não espera mais nada de mim. Com lagrimas nos olhos ela deu um sorriso amargo.
Quando ele ouviu o que Carina disse mil coisas passaram por sua cabeça, Hortência chorando em seu escritório, Lucia insistindo no casamento, todos o enganaram, o fizeram de idiota, a raiva crescia dentro dele.
-Se você pensa assim de mim por que aceitou se casar, se acha que eu te comprei por que aceitou se vender? Ele tinha tanta raiva nas palavras que Carina estremeceu.
-Como se você não soubesse a resposta, como se não soubesse que eu não tive escolha. Chorou ela.
-Como não teve escolha, você aceitou se casar poderia ter dito que não era uma escolha não acha? Disse ele com mais raiva.
- Para de fingir você sabe que eu não podia. Ela balançou a cabeça em negativa.
- É melhor você me contar tudo desde o começo e eu vou pensar se vou ter misericórdia de você. Ele a ameaçou.
-Você conhece essa história melhor que eu!
-Quero ouvir de você fale!
Sem escolha ela começou a contar tudo desde o começo que sua mãe sempre quis casa-los, mas com os problemas da empresa de Paulo, a mãe começou pressioná-la, depois que o pai adoeceu as coisas ficaram ainda pior, Hortência usava a saúde de Paulo para fazer pressão psicológica nela, quando Lucia falou com ele tinha concordado com o casamento Hortência não deu paz a ela até que ela aceitasse, falou de como ela se sentiu culpada no jantar de noivado por achar que estava enganando-o.
-Se você se sentia assim por que mesmo assim continuou com essa farsa?
- quando você me levou para jantar pela primeira vez e me falou da casa que comprou e me beijou, eu decidi que tinha que romper com o noivado, mas minha mãe me disse que você já tinha feito sua parte, que já tinha pago muito dinheiro para salvar a empresa de meu pai e que se eu não me casasse você tomaria tudo do meu pai e que se meu pai perdesse tudo o coração dele não iria aguentar, que ele iria morrer e a culpa seria minha, ela disse que você já tinha feito sua parte e que eu não tinha escolha a não ser cumprir a minha. Disse Carina entre soluços.
Edgar começou a pensar que talvez Carina pudesse ser uma vítima de Hortência assim como ele, mas e Lucia será que ela sabia de tudo isso, ele precisava investigar antes de tomar uma decisão. Mas ao mesmo tempo ele se sentia enganado por essas mulheres e quando ele pensava isso a raiva crescia dentro dele.
Então dominado por sua raiva ele soltou o pulso dela e a agarrou pela cintura e a jogou na cama, e subiu em cima dela.
-Eu paguei muito dinheiro por você então eu quero o serviço completo. Disse sarcasticamente
-Você está me chamando de prostituta? Ela gritou com os olhos arregalados.
-Você se vendeu não foi?
Quando ele disse isso Carina deu um tapa na cara dele com toda a força que ela conseguiu reunir.
Edgar não esperava o tapa então foi pegou de surpresa e não conseguiu desviar antes dela acertá-lo. Com raiva ele a beijou, mas esse beijo não foi como antes, não era gentil, era grosseiro, exigente, era um beijo de raiva, por mais que Carina tentasse se soltar ela não conseguiu se mover um centímetro ele era muito forte.
Quando ele soltou sua boca seus lábios desceram para o pescoço de Carina e para seu ombro.
-Não, por favor não faça isso, não me obrigue. Implorou Carina.
Ele parou de beija e ficou cara a cara com ela.
-Parar, eu não paguei um preço tão alto para tela somente de enfeite. Depois de dizer isso ele voltou a beijar seu corpo, ele desdeu o pescoço e estava a caminho dos seios dela.
Carina continuo de debatendo embaixo dele, e implorando para que ele não a tocasse.
Ele parou se levantou e olho para ela.
-Para a sua sorte não vou força-la “hoje”, mas não poderá fugir para sempre. Eu preciso trabalhar vou mandar trazer suas coisas para o quarto. Ele caminhou em direção a morta quando ele estava prestes a abri-la ele se virou para Carina e disse.
- Nem pense em colocar um pé para fora deste quarto, ficara um segurança na porta se você tentar fugir ele terá minha permissão para usar a força para impedi-la. Dito isso ele abriu aporta e sai do quarto deixando Carina sozinha.
Assim que ele bateu à porta quando saiu, Carina levantou correndo e foi ao banheiro, vestiu um roupão, foi até pia e jogou água fria no rosto, em uma tentativa de se acalmar. Quando ela olhou no espelho percebeu que seu pescoço está vermelho.
-Maldito, espero que não fique marcado.
Mas ficou, mais tarde quando ela deixou o hotel precisou passar maquiagem no pescoço para cobrir as machas rochas que se formaram.
Ela saiu do banheiro e entrou em uma sala que tinha ao lado do quarto na sala tinha uma mesa pequena e uma geladeira do lado direito e um sofá de três lugares e uma televisão do lado esquerdo. Ela sentou no sofá e ficou pensando em tudo o que tinha acontecido momentos atrás, ‘como ele pode se fazer de inocente deste jeito, fazê-la contar toda a história para ele, história que ele melhor que ela conhecia’. Quanto mais ela pensava menos ela entendia.
Quando Edgar saiu do quarto ele desceu para o bar para se acalmar, pediu um copo de uísque e ligou para Moises.
-Bom-dia senhor Edgar. Disse Moises ao atender o telefone.
- Quero que você faça uma investigação completa da família da minha esposa, aparentemente minha esposa, minha sogra e talvez minha mãe tenha armado para ela se casar comigo, em troca de ajudar a empresa do pai dela, e agora ela me acusa de tela comprado, quero chegar à verdade disto.
- Sim senhor, iniciarei agora mesmo.
-Nem preciso lembra-lo de manter discrição, e peça para alguém mudar a bagagem da minha esposa de quarto. Antes que Moises pudesse responder ele encerrou a chamada.
‘Deus me livre de passar na frente deste homem hoje’ pensou Moises ao desligar o telefone.
Edgar ficou sentado no bar do hotel por aproximadamente uma hora, pensando em tudo que tinha acontecido desde o noivado até aquela manhã, e tudo o que Carina lhe disse, seria ela uma vítima também? Essa dúvida o atormentava, então ele decidiu que não tomaria nem uma atitude até descobrir a verdade.
Quando ele voltou para o quarto, encontrou Carina sentada no sofá de roupão ainda. Parecia que ela está chorando. As machas roxas começavam a parecer no pescoço dela, ele tinha feito isso de propósito para se vingar pelo tapa.
-Pescoço bonito.
-Imbecil! por que fez isso, como vou sair na rua agora!
- Isso foi só um pouquinho do que a espera. Disse ele ameaçando-a.
Carina arregalou os olhos e corou novamente pela ameaça e insinuação de Edgar.
-Tinha a intenção de passar o dia com você no hotel, mas tendo em vista tudo o que aconteceu não faz sentido continuarmos aqui, vista-se e arrume suas coisas saímos em trinta minutos.
Como Carina precisava se maquiar para ir embora graças as marque que ele deixou nela, ela não teria tempo de tomar banho, então apenas trocou de roupa fez a maquiagem e arrumou as malas.
Carina deixou o hotel com Edgar vestindo um vestido azul claro de corte reto, sapato de salto preto e com um óculo escuro por causa da ressaca.
Chegando à casa que Edgar comprou para eles, assim que Carina passou pela porta foi recebida por uma senhora que deveria ter uns quarenta anos, de pele clara e cale escuro, usava um uniformo como todos os empregados na casa de Lucia, calça e camiseta preta.
-Está é Aurora ela tomara contada casa, na cozinha esta margarida ela será responsável pelas refeições. Disse Edgar para Carina.
Após cumprimentar Aurora Carina pediu que a ajudasse com as malas, enquanto aurora arrumava as coisas no closet Carina decidiu tomar um banho para tentar relaxar e ver se conseguia se sentir melhor da ressaca.
Edgar foi direto para a biblioteca para resolver algumas coisas entes de viajar. Já fazia uma hora que estava trabalhando resolver ir para a cozinha para pegar água, quando passava pela escada encontrou Carina que desci as escadas descalça, com um short curto de malha e uma camiseta de alças finas, ele ficou tão atordoado ao vê-la que parou onde estava e ficou observando enquanto ela passava por ele, embora tivesse visto ela sem roupa a noite, vê-la nestes trajes mexeu com ele.
Carina passou por ele sem dizer uma para palavra e foi para a cozinha.
Quando Carina sumiu na cozinha Edgar se virou e voltou para a biblioteca, sem conseguir tirar a imagem dela de sua cabeça, só quando estava de volta em sua que se lembrou que ele tinha ido buscar água e que nem mesmo chegou à cozinha.
Ele se levantou e caminhou até a cozinha, balando a cabeça e pensado “o que está acontecendo comigo”, assim que passou pela porta da cozinha viu Carina debruçada na bancada conversando com Margarida sobre o almoço, sua boca ficou ainda mais seca.
Quando Carina viu Edgar na porta ela endireitou a postura, e ficou com uma expressão séria.
Edgar vez um sinal com a cabeça para margarida deixá-los sozinhos, assim que margarida saiu da cozinha, ele se aproximou de Carina a pegou pela cintura e a beijou nos lábios.
Carina tentou resistir no início, mas não conseguiu Edgar era mais forte que ela, então ela o beijou de volta. No início o beijo de Edgar era selvagem, forçado, mas depois se tornou cheio de paixão e desejo, ele segurava Carina tão apertada contra o corpo dele que ela podia sentir o efeito daquele beijo no corpo de Edgar. Foi só quando os dois já estavam sem folego que ele a soltou.
Carina tentou sair correndo, mas ele passou os braços um de cada lado de seu corpo e segurou na bancada deixado ela presa entre ele. Ele ficou cara a cara com ela e disse seriamente.
-Eu ia levar você comigo na viagem, mas devido as circunstâncias atuais, é melhor que você fique, e use este tempo para ir se acostumando a ideia de que você agora é minha esposa e que não a terei apenas de enfeito, você terá que cumprir com suas obrigações para comigo.
Após dizer isso ele a soltou foi até a geladeira pegou uma garrafa de água e voltou para a biblioteca. Carina ficou ali parada sem conseguir esboçar uma única reação ao que ele acabou de dizer.
Quando estava de volta a biblioteca, ele começou a pensar no efeito que Carina tinha sobre ele. Pensou nas mulheres com quem já tinha saído e como nem uma dessas mulheres o fez sentir, mas nada era parecido com o desejo que ele sentia por Carina, ele não acreditava que estava apaixonado por ela, ele acha que era só desejo mesmo, mas era tão forte que ele nunca tinha sentido antes, quando ele olhava para ela, tudo o que ele queria era fazer amor com ela, ele começou a se perguntar se seria por que ela o rejeitava.
Durante o almoço ele comeram em silencio. Quando Carina ia se levar da mesa ele disse.
-Espere!
Carina parou e olhou para ele.
- Vou viajar esta noite, como disse não vou leva-la, comigo por questões obvias, deixarei dois seguranças que iram vigia-la noite e dia, então não tente nem uma gracinha, você não tem permissão para ir em boates ou casas de show, festas somente se minha ou sua família estiver presente caso contrário não, me encarregarei dos gastos da casa não precisa se preocupar com isso.
Carina ficou raiva, e disse em tom severo.
-Iram me vigiar! acha que eu sou sua propriedade, e quem você pensa que é para se achar no direito de me dar permissão, você acha que eu preciso da sua permissão para fazer alguma coisa?
-Gostaria de lembra-la que sou seu marido, e que devido as circunstâncias do nosso casamento sim você me pertence, em relação aos seguranças, agora você é minha esposa, nossa foto estampou todos os jornais esta manhã, sendo assim meus inimigos são seus inimigos, e claro eles sabem até onde você pode ir e se você tentar ultrapassar a linha eles te imperaram de qualquer forma nem que tenham que amarra-la.
Ele não tinha inimigos, o perigo seria os criminosos, mas ele usou essas palavras de propósito para assusta-la.
Carina arregalou os olhos para Edgar, mas não teve tempo de dizer nada por que Aurora entrou na sala de jantar.
-Desculpem incomodá-los, mas os dois seguranças novos acabaram de chegar.
-Mande-os para a biblioteca já vamos para lá.
-Sim, senhor.
-Vamos vou apresentar os seus guarda costas. Dizendo isso ele pegou Carina pelo braço e a levou para a biblioteca.
Entrado na biblioteca tinha dois homens em pé, deveriam ter quase dois metros cada um, e vestiam roupa social preta, com fone de ouvido somente na orelha esquerda, parecia coisa de filme. Assim que Edgar e Carina entraram eles caminharam até eles e se apresentaram.
-Boa Tarde! Sou Alex e esse é meu companheiro, David, nós ficaremos encarregados da sua segurança senhora.
-Boa tarde! Disse David.
-Minha segurança! Disse Carina com sarcasmo, virou as costas de saiu da biblioteca.
Edgar ficou para passar instruções aso seguranças.
Por volta de sete horas da noite Edgar entrou no quarto onde Carina estava, ela percebeu que ele tinha acabado de tomar banho, ainda estava com o cabelo molhado, exalava cheiro de xampu e sabonete, estava vestido com seu habitual terno preto e camisa branca.
Carina estava deita da cama conversando com seus amigos por mensagem se levantou assim que ele entrou.
-Estou saindo para o aeroporto, volto dentro de seis meses, se for possível voltarei antes.
- Não tenha pressa, e boa viagem. Disse ela com sarcasmo na voz, depois se virou para ir ao banheiro, mas Edgar a agarrou pelo pulso e ao puxou para ele, segurando em sua cintura e apertando o corpo dela contra o dele.
-Não é assim que você se despede de seu marido que vai passar, meses fora de casa.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa os lábios dele estavam nos dela, ele a beijou com desejo, no início ela tentou rejeita-lo, mas não conseguiu então acabou correspondendo, na verdade ela estava começando a gostar desse beijo, mais uma vez ela sentiu o corpo dele reagindo ao beijo.
-Sorte sua que eu tenho um avião para pegar, não se esqueça do que falei mais cedo, não terei uma esposa de enfeite. Dizendo isso ele saiu do quarto e a deixou ali parada feito uma estátua, com a respiração pesada.

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