capítulo 4 Leilão

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O dia do baile chegou, Hortência cuido pessoalmente do vestido, cabelo e maquiagem de Carina ela queria que a filha estivesse deslumbrante, achava que era uma ótima oportunidade de Edgar interessar por ela já que ela seria sua acompanhante.
Como combinado Edgar chegou à casa de Carina as dezoito horas em ponto. Foi Hortência quem o recebeu na porta.
-Olá Edgar como vai, entre fique à vontade vou chamar Carina ela já deve estar pronta.
-Obrigado tia Hortência.
Hortência subiu as escadas e foi chamar Carina que ainda estava no quarto. Ela abriu a porta do quarto dizendo:
-Edgar está lá embaixo te esperando vamos?
Carina bufou.
-Eu tenho mesmo que ir? Esse cara é um chato? Disse fazendo beicinho.
-Já conversamos sobre isso varia vezes, para de se comportar como criança e seja gentil com Edgar. Disse com uma cara séria.
Sem outra opção Carina foi para a sala de estar se encontrar com Edgar. Quando ela apareceu na porta e Edgar olhou para ela, ele quase ficou de queixo caído, ela estava em um vestido longo azul safira, de um ombro, justo na parte de cima mostrando suas curvas e mais solto da cintura para baixo, a cor do vestido realçava bem se tom de pele claro e cabelos loiro que estava parcialmente preso na parte de cima e caia em cachos nas costas, sua maquiagem leve realçava ainda mais sua beleza. Hortência ficou muito feliz, faltava dar pulos de alegria ao ver a reação de Edgar, pois era exatamente o que ela queria. Carina percebendo a reação de Edgar não perdeu a chance de tirar sarro.
-Quer um lenço para secar a baba Edgar, acho que está escorrendo. Disse sorrindo
Edgar se recompôs e pigarreou para limpar a garganta.
-Não é necessário. Disse com um sorriso sem graça por ter sido pego.
-Carina seja boazinha. Já falamos sobre isso. Disse Hortência, severamente.
-Só estava brincado mamãe, Edgar não se chateou não é mesmo? Disse fingindo inocência e olhando para Edgar.
-Não se preocupe tia Hortência, não me aborreci, foi só uma brincadeira como disse Carina.
Edgar caminhou até Carina estendeu o braço e dizendo.
– Vamos?
Carina pegou o braço dele e caminharam em direção a porta para o carro de Edgar, que estava na entrada da casa.
Vendo eles saírem Hortência disse.
-Nos vemos lá, até logo.
Eles assentiram e entraram no carro. Dentro do carro os dois não rocaram uma palavra.
Carina para se livrar do silencio desconfortável pegou o celular e mandou uma mensagem no grupo dos amigos que dizia ‘a caminho do leilão com o senhor arrogância’. Os meninos não se manifestaram no inicio, já as meninas ficaram super empolgadas.
Jessica: Ele é lindo queria que me levasse também.
Julia: Você devia tentar dar uns beijinhos nele. E colocou uma carinha com olhos de coração e outra cobrindo a boca.
Carina revirou os olhos para os comentários das amigas.
Carina: Traidoras!! E mandou uma Carinha zangada.
Os garotos resolveram se manifestar para colocar fim naquela conversa melosa.
Nicolas: Meninas por favor tem homens no grupo, parem de ficar babando no senhor perfeição. Depois mandou uma carinha cobrindo o olho.
Diego apenas mandou uma carinha de nojo no grupo.
Carina resolveu guardar o celular, já que não tinha apoio das amigas para falar mal de Edgar.
Edgar por outro lado estava pensando em Carina, e como ela estava deslumbrante era a primeira vez que ele a via tão bem arrumada, quando Carina nasceu ele já tinha dez anos então se lembrava bem, conforme o tempo foi passando Carina cresceu e ele amadureceu, mas ele nunca deixou de ver Carina como uma menina, mas hoje quando ela entrou na sala, ele viu a mulher que ela se tornou, Edgar estava se perguntando porque ele nunca tinha reparado em sua beleza, seria por que ela sempre se vestia como uma menina travessa de calça jeans e tênis ou por que eles sempre estavam implicando um com o outro.
-Carina, você está deslumbrante hoje.
-O que? Não me diga que se apaixonou. Disse com sarcasmo.
-Você não pode receber um elogio e dizer simplesmente obrigado. Disse secamente.
Depois disso nem dos dois disse mais nada até chegarem no local do evento.
Quando chegaram a porta do salão de festa aviam vários reportes locais na entrada fotografando a chegada dos convidados e depois fariam a cobertura do evento.
Edgar saiu do carro e caminhou em direção a porta do passageiro para ajudar Carina a sair do carro, neste momento já foram bombardeados de fotos, e todos perguntando se estava namorando. Os dois seguiram em direção a entrada sem responder aos repórteres, pararam na entrada para uma foto, e depois adentraram o evento.
La dentro Carina soltou um suspiro de alivio, Edgar percebeu que ela estava desconfortável, e se ofereceu para pegar uma bebida, logo ele voltou com uma taça de vinho branco e entregou a Carina.
-Quem é você? E o que você fez com o verdadeiro Edgar? Disse com sarcasmo.
-Rá, rá, rá. Olha vamos passar a noite toda na companhia um do outro e tenho certeza que hora que começar o baile, ceremos convidados a fazer a abertura, sendo assim acho que podemos tentar ter uma noite agradável na companhia um do outro, e não ficar tentando sabotar o outro o que você acha?
Carina sentiu a sinceridade de suas palavras.
-Sem piadas ou brincarias de mal gostou?
-Palavra de escoteiro! Disse Edgar sorrindo e colocando dois dedos na testa como se estivesse batendo continência.
-Certo, temos um acordo, mas na primeira gracinha no acordo acaba.  Ameaçou Carina.
Edgar assentiu deu o braço para Carina e caminhou entre os convidados, parando para cumprimentar as algumas pessoas, toda vez que ele parava para conversar com um conhecido ou sócio ele apresentava Carina como sua acompanhante, de maneira muito educada.
E assim noite seguiu, quando o leilão início Carina e Edgar foram juntos ao salão de leilão, foram leiloados alguns quadros e joias doadas ao evento, também foi leiloado uma semana em um spa na costa do Sauipe Bahia.
Carina ficou admirada com a quantidade arrecada no leilão já que o valor mais baixo foi de uma obra que custou dez mil dólares. Ela nunca tinha participado deste evento, embora a família de Edgar o organizasse todos os anos.
Após o fim do leilão algumas garotas subiram ao palco para leiloar a sua primeira dança, Carina não iria participar do leilão. mas sabendo que ela se sentiria constrangida e para sacanear Tabata a convidou.
Quando Tabata já estava no palco ela pediu o microfone por um momento.
- Boa-noite a todos, gostaria de agradecer a presença de vocês, e pedir que dê as boas-vindas a Carina que está participando deste evento pela primeira vez, e também gostaria de convidá-la a subir no palco e leiloar sua primeira dança. Disse sorrindo e entregou o microfone novamente ao apresentador.
Neste momento houve uma salva de palmas e assovios direcionados a Carina, que ficou muito envergonhada. Carina sentia o rosto quente e vermelho de vergonha, e sem poder recusar o convite teve que subir ao palco.
Quando Carina ficou ao lado e Tabata no palco ela cochichou baixinho para que somente Carina pudesse ouvir.
-Isso é por você falar mal do meu irmão, não sei porque mamãe pediu para ele trazer você de acompanhante.
-Espera que o seu está guardado.
O leilão da primeira dança começou, Carina estava tão nervosa que nem prestou atenção no nome da primeira garota, só ouviu quando o leiloeiro disse vendida por quinhentos reais. Carina pensou nossos quinhentos reais por apenas uma dança, isso é um absurdo.
O Leilão prosseguiu ao todo foram dez garotas que leiloaram sua primeira dança, Tabata foi a penúltima a ser leiloada por setecentos reais a dança, quem a arrematou foi um sócio de Edgar, o nome dele é Pedro aparenta ter pouco mais de quarenta anos. Carina sabia o nome dele porque mais cedo enquanto Edgar caminhava com ela pelo evento, tinha lhe apresentado. Assim que o leiloeiro disse vendido Tabata desceu do palco e ficou ao lado de Pedro na primeira fila ao lado esquerdo do palco, ela estava curiosa para saber com qual valor Carina seria arrematada ela não acreditava que seria um lance maior que o dela, nem uma das outras garotas tinha consegui um lance maior.
O leilão de Carina início.
-Agora para finalizar o leilão Carina uma jovem, bonita e encantadora ira vender sua dança, para quem pagar mais que comecem os lances!! Disse o apresentador.
-Pago dez reais. Um rapaz grito quando Carina olho não era outro senão Gustavo, que fez um lance baixo para se vingar dela pelo ocorrido na casa de show.
Tabata, adorou ficou com um sorriso de orelha a orelha.
-Quinhentos reais. Gritou Edgar
Carina assim como os demais convidados ficaram de boca aberta. Quando viu Edgar fazer um lance.
-seiscentos Reais. Um outro rapaz que Carina não conhecia falou.
-setecentos Reais. Disse Edgar
-oitocentos Reais. O mesmo rapaz voltou a oferecer.
Quando isso aconteceu Tabata ficou de cara feia devido ao lance ser maior que o dela.
-Dou mil reais. Disse Edgar.
O outro rapaz levantou a mão em sinal de derrota.
-Dou-lhe uma dou-lhe duas dou-lhe três, vendida a primeira dança de Carina por mil reais a este jovem cavaleiro. Disse o apresentador apontando para Edgar.
Edgar caminhou até a lateral do palco e estendeu a mão para ajudá-la a sair do palco.
Quando passaram por Tabata ela estava roxa de raiva pelo irmão tela arrematado e por mil dólares para completar. Carina olhou para ela e sorriu com cara de deboche para provoca-la.
Todos os participantes caminharam em direção a pista de dança para iniciar o baile.
Carina e Edgar, estavam no centro, do salão quando a música começou a tocar, Edgar começou a conduzi-la na dança elegantemente, Carina estava nervosa por ter que dançar pois ela não era muito boa nisso, mas com Edgar parecia muito fácil acompanhar o ritmo da música.
-Por que você fez isso? Não esperava.
-Fiz o que?
Edgar ficou confuso, ele acreditava que estava sem uma boa companhia para ela não quela noite, a que ela poderia estar se referindo.
-Deu os lances para arrematar a dança.
-Você queria ser arrematada por dez reais? Perguntou parecendo confuso.
-Claro que não. Mas quando o outro garoto começou a dar lances você não precisa continuar, por que você continuou?
-Não é obvio eu queria ter a primeira dança com você. E depois prometi a minha mãe que cuidaria de você esta noite.
Carina ficou um pouco constrangida com as palavras de Edgar, e acabou ficando com as bochechas rosadas. Eles continuaram dançando e conversando animadamente por mais um tempo mesmo quando a primeira música acabou e várias pessoas trocaram de seus pares ele continuaram a dançar um com o outro.
Isso causou inveja em muitas mulheres presentes na festa, mais principalmente em Madalena, que sempre foi apaixonada por ele, ela não conseguia tirar os olhos dos dois a noite toda.
Madalena em uma tentativa desesperada de chamar a atenção de Edgar, caminhou até eles no meio da pista e disse em um tom meloso.
-Carina, querida para de monopolizar Edgar, e me empreste ele para uma dança.
olhado para Edgar ela disse.
-Vamos dançar uma música? Disse balançando os cílios para ele.
Edgar a muito tempo já sabia do interesse de Madalena nele, mas ele nunca se interessou por ela, ele também não gostava do fato dela sempre ficar arrumando desculpas para chamar sua atenção.
-Obrigada pela oferta, mas estamos bem Madalena. Disse pegando Carina pela mão voltaram a dançar deixando Madalena plantada no meio da pista de dança.
Madalena ficou vermelha de vergonha por ter sido rejeitada e deixa sozinha na pista, ela ficou furiosa e amaldiçoou e culpou Carina pelo que houve, ela acreditava que se não fosse por ela, Edgar teria dançado com ela naquela noite.
A noite seguiu após baile foi servido um jantar, para os convidados, no horário do jantar Edgar caminho até os lugares onde estavam marcados com seus nomes próximo deles estavam os pais de Edgar e Carina e também Tabata com as amigas que não tiravam os olhos da mesa de Carina e Edgar. Foi servido uma salada de entrada e como prato principal risoto, legumes cozidos e uma carne bovina a molho madeira, Carina se esbaldou no jantar pois a comida estava maravilhosa, Edgar ficou admirado em vela comer já que as mulheres com quem ele saiu sempre comeram como um passarinho.
Após o jantar Carina pediu licença para Edgar para ir ao banheiro, Tabata e as amigas como não paravam de olha-la viram quando Carina saiu da mesa e caminhou até o banheiro, então foram logo em seguida atrás dela quando entram Carina estava retocando o batom.
-Não fica se achando não só porque Edgar te trouxe como acompanhante. Disse Madalena com desprezo assim que passou pela porta do banheiro.
-E você está morrendo de inveja por que foi deixada plantada na pista de dança. Disse virando para Madalena com um sorriso de escarnio.
Madalena ficou vermelha de raiva, mas que respondeu foi Tabata.
-Você adorou isso não foi, mas não seja boba meu irmão só trouxe você porque mamãe pediu, se não fosse isso nem aqui você estaria.
-No princípio sim, mas sabe de uma coisa seu irmão está adorando minha companhia, ele até disse que estou deslumbrante esta noite.
-Não seja ridícula ele só estava sendo educado. Falou Eva com desprezo e inveja
-Você acha que é a primeira que ele traz a um evento social, mas não é. E assim como as outras, depois de uma noite ele nunca mais liga, ele só quer se divertir com você, como fez com outras. Falou Madalena com tom de zombaria.
-Entendi você acha que sou uma vagabunda como você que dorme com qualquer um que a chame para sair, mas pode ficar tranquila não sou assim, meus sentimentos estão protegidos.
Madalena ficou roxa de raiva, e Tabata e Eva ficaram de queixo caído com o comentário de Carina. Madalena foi em direção a Carina e disse.
-Você me chamou de vagabunda? E levantou a mão para dar um tapa na cara de Carina, que foi mais rápida e segurou sua mão antes que ela conseguisse acerta-la.
Carina segurou sua mão com a mão esquerda e lhe deu um tapa com a mão direita que deixou a marca de seus dedos estampados no rosto de Madalena.
-Nunca mais se atreva a tentar me bater, porque na próxima não vou revidar só com um tapa. Disse dando as costas para elas e saindo do banheiro.
As garotas ficaram tão atordoadas com o que aconteceu, pois elas não esperavam que Carina tivesse a coragem de bater em Madalena, que não esboçaram reação ao ver Carina sair e continuaram paradas como estatuas de queixo caído.
Assim que Carina saiu do banheiro Edgar percebeu que algo estava errado, ela estava com o rosto sério, bem diferente de momentos antes.
-Aconteceu alguma coisa? Algum problema?
Mas assim que Edgar falou isso viu a irmã e as amigas saindo do banheiro feminino e Madalena estava com o rosto vermelho, ele já começou a imaginar o que poderia ter acontecido.
- Não foi nada, acho que já estou cansada poderia me levar para casa?
-Não estrague sua noite por causa delas não vale apena. Disse tentando convencê-la a ficar mais tempo no evento, a verdade é que ele estava se divertindo muito com ela naquela noite e ele não queria deixa ir embora ainda.
Neste momento Lucia se aproximou deles e com uma aparecia bastante preocupada e disse a Carina.
-Me acompanhe, preciso falar com você.
Lucia saiu andando seguida por Carina e Edgar, Carina começou pensado será que já foram se queixar com Lucia pelo tapa que dei em Madalena, será que estou encrencada? Varia coisa passaram por sua cabeça enquanto caminhavam até uma sala reservada do salão. Chegando na sala, após eles entrarem Lucia fechou a porta e olhou para Carina com uma expressão séria e preocupada e com tristeza no olhar como se quisesse chorar.
-Carina, seu pai passou mal, sua mãe e ele foram levados para o hospital, acho que deveria ir até lá ver o que houve.
Carina sentiu como se o mundo fosse tirado de seus pés. Lagrimas correram por suas bochechas.
-Carina eu te acompanho até o hospital. Mãe, para qual hospital ele foram? Disse Edgar.
-Foram para o são Carlos, isso acompanhe Carina e me mantenha informada sobre a saúde de Paulo, assim que puder irei para lá.
Neste momento como se Carina sai de um transe ela se virou em direção a porta e saiu correndo, Edgar a seguiu. Ela andou o mais rápido que consegui para atravessar o são abarrotado de pessoa para chegar à saída quando estava no meio do salão Madalena parou na frente dela com raiva.
-Não pense que vou deixar aquele tapa barato, vai ter troco, você não perde por espe...
Antes que ela pudesse terminar de falar Carina a empurrou para o lado com tanta força que ela se desequilibrou e caiu no chão, ficando com o rosto completamente vermelho de vergonha.
Mas Carina nem percebeu isso pois assim que atirou do caminho segui em direção a porta quase correndo. Quando estava do lado de fora Edgar pediu para o manobrista buscar o carro, enquanto esperavam Edgar abraçou Carina e disse.
-Fique calma, tenho certeza que vai ficar tudo bem.
O carro chegou e ele abriu à porta de trás para Carina, e caminho dando a volta no carro para entrar do outro lado no banco de trás com Carina. O motorista de Edgar entrou no carro e seguiram para o hospital.

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