Complicações

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Oii gente, tudo bem?
Então, aqui estou eu com uma short-fic aleatória que brotou na minha cabeça quando eu estava ouvindo a música True Love da Pink!
Eu acho que a história vai ter 7 capítulos mais ou menos e pretendo ir postando um por semana.
Gosto muito de ler comentários então sintam-se a vontade para fazer críticas estruturais, gramaticais e etc ou só comentar mesmo.
Espero que gostem e boa leitura!

❤️💚

Complicada

A situação de Harry estava complicada, para se dizer o mínimo. Esperava que tal tipo de coisa não acontecesse. Mas é claro que aconteceu, ele era Harry Potter afinal.

É claro que nunca pensou que a vida seria fácil e sem complicações. Desde que se conhece por gente sabe disso, porém esperava que assim fosse.

Entretanto, aquela esperança não se concretizou. Muito pelo contrário. Sua vida, desde que nasceu, não tem sido comum e muito menos simples.

Por exemplo tem um episódio de quando ainda era muito pequeno. Na idade de 1 ano, mais ou menos, James, seu pai, foi brincar de jogar o bebê para cima e acabou acertando o teto com a cabeça de Harry, já que não percebeu que a distância era menor do que o normal. Claro que mesmo depois de já saber que a criança estava bem, continuou desesperado: a reação de Lily ao descobrir o dava calafrios.

Até hoje a ruiva usa tal episódio em certas discussões para dizer que James não cresce, tendo total apoio do filho, que ainda tem uma pequena cicatriz na testa em forma de raio. Por que esse formato? Um mistério.

Ou quando tinha 12 anos, que quase morreu sufocado de tanta farinha na cara porque Sirius, seu padrinho, se juntou a James com o intuito de fazer uma pegadinha assim que acordou e saiu do quarto.

Também teve que participar do torneio Tribruxo, tendo apenas 14 anos enquanto os outros competidores tinham 17, por causa de uma pegadinha de Zacharias Smith. O motivo deste feito? Zacharias, por algum motivo que ninguém lembra, tem uma aversão a Harry e seus amigos e queria sua revanche. Foi uma surpresa na verdade, Potter e seus amigos esperavam que fosse tudo obra dos sonserinos.

Pelo menos Dumbledore tirou uma boa quantidade de pontos da Lufa-Lufa e deu, a ele, suspensão por um mês ao descobrir a pegadinha. Por sorte não aconteceu nada de mais no torneio e Harry venceu-o, dando o dinheiro recebido aos gêmeos Weasley, família muito amiga dos Potter, para abrir uma loja de pegadinhas.

É, sua vida sempre foi cheia de inconvenientes por causa de diversas coisas, mas principalmente seu pai e padrinho, que tinham idade mental de adolescentes ou menos. Mas isso a fazia diferente e divertida, além de que era engraçado ver sua mãe e Moony ralhando com os dois, ainda mais por não ser com ele.

Porém, dessa vez era diferente. Estava tudo tão do avesso que Harry já estava quase arrancando os cabelos, já tão bagunçados, por não saber o que fazer. Ele era a visão do desespero em pessoa. Além de não saber se contava e pedia ajuda para seus amigos, Ron e Hermione, já que tinha medo da reação deles.

Mas o que pode ser tão ruim a ponto de ser um segredo dos melhores amigos de infância de Harry? Simples, ele estava apaixonado por um garoto.

Entretanto, não era um simples garoto. Se fosse apenas isso, Potter poderia estar voando de felicidade. Afinal, os melhores amigos de seus pais, Remus e Sirius, namoravam desde os seus 16 anos e ele mesmo já tinha se assumido demissexual - um choque para Sirius que achava que ele seria o maior pegador de sua geração como o pai e ele mesmo - que não se importa com gênero.

O real problema? Tal garoto era, não apenas de uma família rica, puro-sangue e preconceituosa, mas também a pessoa que vivia importunando Harry e seus amigos e dizia aos quatro ventos que o odiava. Além de tal família ser "inimiga" da sua por conta de todas as zoações de James para com o pai de tal garoto, sempre  o humilhando ou fazendo pegadinhas ao se encontrarem no ministério.

A situação podia até ser engraçada se não fosse trágica.

Ainda mais porque até poucos dias atrás achava que o odiava.

E por isso que era tão complicado.

Como ele podia estar apaixonado por alguém que odeia? Ou pior, que o odeia?

Essa é a pergunta que vem rondando sua cabeça desde o fatídico dia dos namorados. Por alguma ironia, tudo aconteceu na aula de poções na qual o professor, Severus Snape, é melhor amigo de sua mãe e odeia seu pai, ou seja, qualquer coisa que fazia naquela aula terminaria em alguma detenção, já que tal ódio se estendeu a ele, além de sua mãe sempre ficar sabendo de tudo, como o bom linguarudo que Snape era.

Assim, a aula de poções nunca foi muito normal para Harry. Porém, aquele dia em especial extrapolou os limites. Por alguma razão, o morcegão resolveu apresentar a poção Amortentia aos alunos do sexto ano. Coincidência com o dia dos namorados? Ninguém sabe.

A aula correu como sempre, ou seja, muitos pontos perdidos da Grifinória e pegadinhas dos sonserinos. Porém, faltando mais ou menos 15 minutos para o fim da aula, assim que Snape terminou de explicar as propriedades da poção e suas características, foi pedindo para que todos a cheirassem e dissessem o que sentiam.

Harry esperava que tivesse algo relacionado a Ginny. Afinal, já havia sentido vontade de fazer alguma coisa com a garota.

Entretanto, não foi isso que aconteceu.

Ao cheirar a poção, Harry sentiu cheiro de resina de vassoura, maçã verde e gel de cabelo.

Ao falar tais palavras levantou a sobrancelha com cara de interrogação. Era tudo tão familiar, mas de onde?

Como o vento que passa pelo rosto e some, como se nunca tivesse aparecido, se lembrou de algo. Sua cabeça o mostrou uma memória de quando tinha 12 anos, seu primeiro jogo de Quadribol contra a Sonserina daquele ano. A partir daí, todos os jogos contra a casa eram mais interessantes e empolgantes que os outros, esses se tornando os mais esperados, aumentando sua fixação por quadribol.

Outra memória que apareceu foi de quando estava a caminho da aula de Trato das Criaturas Mágicas, junto aos seus amigos, e passou por um grupo de sonserinos, sentindo um cheiro muito forte de maçã verde.

"Isso significa que eu estou apaixonado por um sonserino?" - Pensou Harry - "mas quem?"

Foi neste momento que o sinal para o fim da aula pode ser ouvido e nosso garoto cicatriz foi atingido por um empurrão, por ainda estar parado no meio da sala. E adivinha? O cheiro que sentiu foi de gel de cabelo.

- Não fique parado igual uma estátua no meio do caminho Potter! Não sabe que passarinhos podem fazer um ninho nisso que você chama de cabelo?! - Disse Draco Malfoy, passando a mão por seu cabelo loiro quase branco e sem um fio solto, por conta do gel, enquanto ia em direção à porta.

Porém parou no meio do caminho ao não ouvir a esperada resposta do moreno. Ao invés disso, Potter continuou parado com os olhos arregalados por trás dos óculos e a boca aberta.

- O que foi? Perdeu seu último neurônio? - disse o loiro, estranhando a falta de ação e saindo da sala, fazendo seus amigos sonserinos rirem ao seguí-lo.

É, foi nesse momento que Harry se viu na situação mais complicada que já se viu.

Pois foi quando se percebeu apaixonado por Draco Malfoy.

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