Escrevo por necessidade política e existencial. Independente. Sem editor e sem molde literário. Não busco lógica editorial nem mercado - busco o abismo luminoso do meu processo: minha expressão vívida da caosmossensibilidade e pós-anarquia. Meus textos erram, se perdem, tropeçam em línguas latinas que brinco e aprendo por amor, e por isso vivem. Cada erro é uma centelha. Cada tradução equivocada é uma metamorfose. O que posto não é produto, é respiração. Escrevo porque amo o gesto de escrever, o ato de ver o pensamento se encarnar em palavra, em qualquer idioma latino que me convoque. Porque o devir-idiomático-latino é a flama negra da minha vida literária.
Traduzo com poucos recursos - não para alcançar a perfeição, mas para errar com beleza. Sei que erro muito, e é assim que aprendo. Não domino, experimento. Errar é meu método. Traduzir mal é meu modo de aprender bem. Aprendo no tropeço das palavras estrangeiras, e nelas encontro o prazer do caminho, não do destino. Cada falha é uma dobra no aprendizado, uma oportunidade de criar um novo idioma dentro de mim.
Não me interessam as normas, nem o polimento. Foda-se se escrevo mal ou bem. Isso não me importa. Leiam ou não leiam, critiquem ou ignorem - o que escrevo não busca agradar. Não se ajoelha. A beleza que busco é a do inacabado, do fragmento.
De mim emanam Élodie de Montparnasse, o niilismo sensual; Vittoria Farnese, o eco renascentista e vitalista; Rodrigo Álvares, a veia filosófica e telúrica; Aurelia Silens, o silêncio que pensa; Marilú Arcoverde, o sertão e nordeste urbano em flor e chaga; Joílson da Luz, o corpo em transe; Bernat de Laurenç, o trovador do caos criativo, revolucionário; Anca Drăgănescu, a vertigem mística e profana. Todos são fractais do meu corpo sem órgãos, Ayo Nwankwo Sankara - meu rizoma em devir, multiplicidade que escreve-se a si mesma.
Publico aqui no Wattpad por amor. Escrevo por insurgência contra o comércio. Cada texto é um gesto anárquico de polifonia existencial.
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