Desafio: Se vocês gostarem mais deste meu final alternativo para "Vale Tudo", terão que ler um livro meu:
Cesar, diante do debochado Carvana, pergunta, desenxabido:
— Onde fica o toalete.
— Toalete? — Carvana gargalha. — O que vem a ser isso?
— O banheiro.
— Ah, o banheiro. — Carvana ri mais uma vez. — Por ali, meu jovem.
Vendo Cesar afastar-se, e enquanto Olavo o entretém, Carvana murmura:
— Esses almofadinhas...
Cesar então caminha pelo estábulo, procurando outra coisa. Melhor: por alguém!
— Maria de Fátima!
— Cesar! Até que enfim.
Fátima corre e lhe dá um demorado beijo. Depois desabafa:
— Nossa, que saudades eu estava dessa sua boca!
— Eu também, Fátima. E então? Mais um para a gente depenar?
— Claro, meu anjo!
E nisso seu pensamento retorna ao Copacabana Palace. Odete está a sua frente, na mira do revólver que um dia ela viu Celina manusear. Na arma, ainda havia as digitais da dondoca.
— Ninguém atira em Odete Roitman, meu amor.
— Ah, não? — E a bala cruza velozmente o ar.
Odete choca-se contra a parede, alvejada em cheio. Seu corpo desliza e escorrega rumo ao chão. É possível agora ver o rastro de sangue e a bala cravada na parede, depois de certeira atravessar o abdome da ricaça.
— Quem mente, rouba! Quem rouba, mata! — repete Maria de Fátima, o bordão preferido de sua mãe.
Deposita a arma sobre a mesa e sai, rapidamente. Seu plano: incriminar Celina, que dali a pouco estará vindo falar com a irmã.
— Nada como alguém infiltrado no front inimigo... — ri.
Segue...